Onda de atentados contra xiitas deixa 59 mortos no Iraque
Esta é a onda de ataques mais violenta desde 5 de janeiro, quando atentados similares mataram 68 pessoas em Bagdá e Nassiriya (sul)
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2014 às 14h39.
Bagdá - Uma série de atentados com bomba deixou nesta quarta-feira ao menos 59 mortos e 200 feridos no Iraque , no momento em que a comunidade xiita se prepara para recordar a morte de um dos principais imãs de sua religião.
Esta é a onda de ataques mais violenta desde 5 de janeiro, quando atentados similares mataram 68 pessoas em Bagdá e Nassiriya (sul).
Os extremistas sunitas, que consideram os peregrinos xiitas como hereges, multiplicam seus ataques principalmente durante as festas religiosas, que geralmente reúnem multidões de fiéis no país.
Foram registrados 40 ataques na manhã desta quarta-feira em Bagdá, Hilla, Kerbala, Azizia, Balad, Baaquba (centro do país), Kirkuk e Mossul (norte).
Dezoito atentados foram cometidos com carros-bomba e 17 com bombas. Cinco ataques com homens armados também aconteceram.
O atentado mais violento aconteceu na cidade de Hilla, a 95 km de Bagdá, onde as explosões de dois carros-bomba provocaram as mortes de 19 pessoas e deixaram 38 feridos.
Em Bagdá, onde pelo menos uma dezena de ataques foram cometidos em vários bairros, 19 pessoas morreram e 40 ficaram feridas.
Os atentados coincidem com a preparação em Bagdá da celebração do aniversário da morte de Mussa al-Kazem, o sétimo dos 12 imãs venerados pelos xiitas duodecimanos, a maior tendência da religião xiita.
Um carro-bomba explodiu no bairro xiita de Kazamiya, no norte da capital, onde eram organizadas cerimônias em homenagem ao imã, enterrado em um mausoléu no mesmo local.
A bomba, que explodiu em uma área residencial pobre, destruiu completamente o microônibus que a transportava. A explosão causou entre 4 e 7 mortos, segundo responsáveis locais.
"A explosão aconteceu às 5h00 (23h00 no horário de Brasília). Todo mundo dormia. No momento eu não conseguia ver nada por causa da fumaça e da poeira. Depois vi três corpos, duas crianças e uma senhora, eles estavam mortos", testemunhou Abdul Zahra Abdul Sada, 57 anos, habitante.
"Eu moro longe do local da explosão, mas ela foi tão forte que destruiu o telhado da minha casa. Eu puxei as crianças dos escombros do telhado", disse à AFP Saad Hussein, 35 anos.
Carros-bomba também explodiram no bairro xiita de Nahrawan, no extremo sul de Bagdá, e em Karrada, uma zona mista do centro da capital, onde muitos peregrinos xiitas se reuniram para participar das cerimônias.
Perto de Baaquba, capital da instável província de Diyala (centro), dez bombas explodiram em diferentes partes da cidade, matando dez pessoas e ferindo 49.
Pelo menos duas pessoas foram mortas pela explosão de três carros-bomba em Kirkuk, segundo autoridades de segurança e médicas.
Cobrindo esta série de ataques, um jornalista da AFP, Marwan Ibrahim, foi gravemente ferido por um carro-bomba.
Marwan Ibrahim, 34 anos, que é jornalista e fotógrafo da AFP desde 2003, ficou ferido quando se dirigia para o local de um atentado. Ele sofreu queimaduras e contusões diversas, sangramento e surdez no ouvido direito.
A violência no Iraque diminuiu nos últimos anos, mas permanece quase que diariamente: 132 pessoas morreram em ataques durante o mês de maio, de acordo com estatísticas oficiais.
Bagdá - Uma série de atentados com bomba deixou nesta quarta-feira ao menos 59 mortos e 200 feridos no Iraque , no momento em que a comunidade xiita se prepara para recordar a morte de um dos principais imãs de sua religião.
Esta é a onda de ataques mais violenta desde 5 de janeiro, quando atentados similares mataram 68 pessoas em Bagdá e Nassiriya (sul).
Os extremistas sunitas, que consideram os peregrinos xiitas como hereges, multiplicam seus ataques principalmente durante as festas religiosas, que geralmente reúnem multidões de fiéis no país.
Foram registrados 40 ataques na manhã desta quarta-feira em Bagdá, Hilla, Kerbala, Azizia, Balad, Baaquba (centro do país), Kirkuk e Mossul (norte).
Dezoito atentados foram cometidos com carros-bomba e 17 com bombas. Cinco ataques com homens armados também aconteceram.
O atentado mais violento aconteceu na cidade de Hilla, a 95 km de Bagdá, onde as explosões de dois carros-bomba provocaram as mortes de 19 pessoas e deixaram 38 feridos.
Em Bagdá, onde pelo menos uma dezena de ataques foram cometidos em vários bairros, 19 pessoas morreram e 40 ficaram feridas.
Os atentados coincidem com a preparação em Bagdá da celebração do aniversário da morte de Mussa al-Kazem, o sétimo dos 12 imãs venerados pelos xiitas duodecimanos, a maior tendência da religião xiita.
Um carro-bomba explodiu no bairro xiita de Kazamiya, no norte da capital, onde eram organizadas cerimônias em homenagem ao imã, enterrado em um mausoléu no mesmo local.
A bomba, que explodiu em uma área residencial pobre, destruiu completamente o microônibus que a transportava. A explosão causou entre 4 e 7 mortos, segundo responsáveis locais.
"A explosão aconteceu às 5h00 (23h00 no horário de Brasília). Todo mundo dormia. No momento eu não conseguia ver nada por causa da fumaça e da poeira. Depois vi três corpos, duas crianças e uma senhora, eles estavam mortos", testemunhou Abdul Zahra Abdul Sada, 57 anos, habitante.
"Eu moro longe do local da explosão, mas ela foi tão forte que destruiu o telhado da minha casa. Eu puxei as crianças dos escombros do telhado", disse à AFP Saad Hussein, 35 anos.
Carros-bomba também explodiram no bairro xiita de Nahrawan, no extremo sul de Bagdá, e em Karrada, uma zona mista do centro da capital, onde muitos peregrinos xiitas se reuniram para participar das cerimônias.
Perto de Baaquba, capital da instável província de Diyala (centro), dez bombas explodiram em diferentes partes da cidade, matando dez pessoas e ferindo 49.
Pelo menos duas pessoas foram mortas pela explosão de três carros-bomba em Kirkuk, segundo autoridades de segurança e médicas.
Cobrindo esta série de ataques, um jornalista da AFP, Marwan Ibrahim, foi gravemente ferido por um carro-bomba.
Marwan Ibrahim, 34 anos, que é jornalista e fotógrafo da AFP desde 2003, ficou ferido quando se dirigia para o local de um atentado. Ele sofreu queimaduras e contusões diversas, sangramento e surdez no ouvido direito.
A violência no Iraque diminuiu nos últimos anos, mas permanece quase que diariamente: 132 pessoas morreram em ataques durante o mês de maio, de acordo com estatísticas oficiais.