OEA pede ação urgente para novas eleições na Bolívia após renúncia de Evo
Pronunciamento foi feito pelo secretário-geral da OEA, Luis Almagro, quase 24 horas após Morales comunicar a renúncia
EFE
Publicado em 11 de novembro de 2019 às 15h53.
Washington — A Organização dos Estados Americanos (OEA) pediu nesta segunda-feira (11), ao Congresso da Bolívia uma reunião emergencial para "assegurar o funcionamento institucional" e um novo processo eleitoral no país, após a renúncia de Evo Morales à presidência em meio às revoltas desde as eleições de 20 de outubro.
O pronunciamento foi feito pelo secretário-geral da OEA, Luis Almagro, quase 24 horas após Morales comunicar a renúncia, no domingo passado.
"A Secretaria-Geral solicita que, de forma urgente, se reúna a Assembleia Legislativa Plurinacional da Bolívia para o efeito de assegurar o funcionamento institucional e nomear novas autoridades eleitorais que garantam um novo processo eleitoral", disse em comunicado.
Almagro ainda pediu "a pacificação e o respeito ao estado de direito" e rechaçou qualquer "saída inconstitucional" para a crise boliviana.
A OEA também exigiu que a Justiça siga investigando "até as últimas consequências" as "responsabilidades existentes" relacionadas às irregularidades denunciadas pela própria organização internacional nas eleições presidenciais de 20 de outubro.
Morales renunciou após pedido dos militares e depois que uma auditoria da OEA sobre as eleições revelou supostas irregularidades no processo eleitoral no qual foi reeleito. Antes de renunciar, o agora ex-presidente havia aceitado a realização de novas eleições e a renovação total do órgão eleitoral boliviano.
Evo Morales, cujo paradeiro exato é desconhecido, denunciou no domingo uma ordem de captura contra ele, após o plano ter sido anunciado por líderes da oposição que organizam protestos contra o governo, acusação que foi negada pela polícia.
A polícia prendeu no domingo a presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, María Eugenia Choque, e seu ex-vice-presidente, Antonio Costas, assim como 25 presidentes e membros de diferentes tribunais eleitorais departamentais.