OEA convoca reunião extraordinária para debater incerteza eleitoral na Venezuela
Sessão do Conselho Permanente acontece na quarta, 21, depois de pedido feito por 12 países membros do órgão
Agência de Notícias
Publicado em 30 de julho de 2024 às 06h57.
A Organização dos Estados Americanos (OEA), com sede emWashington (EUA), convocou uma reunião extraordinária para debater o resultado da eleição presidencial do último domingo na Venezuela, que foi questionado pela oposição e por vários países.
A sessão do Conselho Permanente, que será realizada na quarta-feira, 31, foi convocada a pedido de 12 países membros, incluindo todos os governos latino-americanos que receberam nesta segunda-feira ordem do presidente venezuelano, Nicolás Maduro , de retirar seus diplomatas de Caracas.
A OEA não fez comentários sobre as eleições em meio à rejeição da comunidade internacional e da oposição venezuelana ao resultado apresentado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que creditou a vitória a Maduro por margem apertada.
O governo venezuelano exigiu queArgentina,Chile,Costa Rica,Peru,Panamá,RepúblicaDominicanaeUruguairetirem “imediatamente” seus representantes diplomáticos do território venezuelano, em represália por terem expressado preocupação com o desenrolar do pleito.
Segundo o CNE, Maduro, que está no poder desde 2013, teve 51,2% dos votos, mesmo percentual que o órgão divulgou na noite de domingo, quando 80% das cédulas haviam sido contabilizadas e mais de 2 milhões de votos ainda não tinham sido apurados.
Edmundo González Urrutia , candidato da principal coalizão de oposição, obteve 44,2% dos votos, de acordo com o primeiro e único relatório do CNE, que não especificou para quais candidatos foram destinados os 2.394.268 votos não computados.
Vários países do continente, inclusive os Estados Unidos, já exigiram que o governo venezuelano divulgue as atas de votação e que seja realizada uma recontagem “transparente”.