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Odebrecht assegura que não cometeu nenhum ato ilícito na Bolívia

A empreiteira brasileira é investigada sobre supostas irregularidades na contratação de uma estrada de 75 milhões de dólares finalizada em 2009

Odebrecht: em abril o presidente boliviano pediu que a empreiteira fosse investigada por corrupção (Nacho Doce/Reuters)
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AFP

Publicado em 17 de maio de 2018 às 14h50.

A empreiteira Odebrecht assegurou nesta quinta-feira (17) que não cometeu nenhum ato "ilícito" na Bolívia, a cujas autoridades ofereceu sua completa colaboração para investigar denúncias sobre supostas irregularidades na contratação de obras viais.

A Odebrecht, por meio de sua sucursal em La Paz, enviou um comunicado no qual "oferece sua total colaboração às autoridades competentes a cargo do processo de investigação iniciado na Bolívia", em referência às apurações realizadas pelo Congresso das atividades da empreiteira.

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Em abril, o presidente Evo Morales solicitou ao Congresso investigar se houve "atos de corrupção e manipulação" da Odebrecht durante os governos que o antecederam, depois que a empresa foi envolvida nas investigações da Lava Jato no Brasil e a imprensa local denunciou o pagamento de subornos a ex-funcionários bolivianos.

Na Bolívia "não aconteceu irregularidade ou crime algum", disse a Odebretcht, sustentando esta afirmação em relatórios sobre a sua colaboração com as investigações das autoridades brasileiras e americanas.

A empreiteira é mencionada na construção da estrada El Carmen-Arroyo Concepción, de 108 quilômetros, no leste da Bolívia e a um custo de 75 milhões de dólares, arrematada em 2005 pelo governo do ex-presidente Eduardo Rodríguez Veltzé, atual delegado no Tribunal de Haia, no julgamento marítimo com o Chile.

A via foi finalizada em 2009, durante o primeiro mandato de Evo Morales.

Nesse contexto, disse que atualmente fornece na Bolívia assessoramento técnico e outros serviços "dentro do mais estrito âmbito de legitimidade e formalidade, cumprindo sua nova política de ética, integridade e transparência".

A companhia afirmou que assumiu o compromisso ante seus acionistas, investidores, autoridades governamentais "de não repetir os crimes e olhar para frente, para o futuro".

A comissão do Parlamento boliviano vem investigando a concessão de contratos à empresa estrangeira e ainda não tem uma data para terminar seu trabalho.

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