Ocupe Wall Street clama vitória, embora seu futuro seja uma incógnita
O manifestantes celebraram os dois meses de vida do movimento apesar do desmantelamento de seu acampamento original
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2011 às 17h32.
Nova York - O Ocupe Wall Street comemorou nesta sexta-feira como um "dia histórico" a forte mobilização da véspera em Nova York, a maior do movimento desde o seu nascimento há dois meses, embora seu futuro seja uma incógnita após o desmantelamento de seu acampamento original.
Segundo os organizadores, que citam dados da Polícia que não foram publicados, 32.500 pessoas se reuniram na quinta-feira na Foley Square, sul de Manhattan, e a partir desse ponto realizaram uma passeata para cruzar a Ponte do Brooklyn sem interromper o tráfego.
Independentemente dos números exatos, a mobilização da véspera foi sem dúvida maior do que o último grande ato do Ocupe Wall Street (OWS), realizado no dia 5 de outubro, quando cerca de 10.000 pessoas participaram também na Foley Square com o apoio dos sindicatos.
A pacífica demonstração de força, que contou com o apoio de sindicatos e estudantes, ocorreu depois de uma ação mais enérgica pela manhã, quando cerca de mil manifestantes bloquearam o acesso à Bolsa nova-iorquina, provocando incidentes que terminaram com sete policiais e dez ativistas feridos e mais de 250 detidos.
Mas não só Nova York se mobilizou. De acordo com o OWS, "pelo menos 30 cidades do país e do mundo inteiro" participaram do "Dia de Ação Global" para comemorar os dois meses do movimento que denuncia as desigualdades sociais e a cobiça e a corrupção de Wall Street.
Los Angeles (Califórnia, oeste), Portland (Oregon, oeste), Washington e Oakland (Califórnia, oeste) são algumas das cidades onde na quinta-feira foram registradas manifestações anti-Wall Street.
"Acho que foi um êxito, com um grande número de pessoas envolvidas. Foi um longo dia que terminou bem com a marcha pela ponte, uma extraordinária passeata", disse nesta sexta-feira à AFP um dos encarregados do contato com a imprensa do OWS, Bill Dobbs, referindo-se à mobilização em Nova York.
O dia de ação do OWS estava na capa dos principais jornais nova-iorquinos, à exceção do direitista New York Post, que critica fortemente o movimento e que, desta vez, preferiu deixar o assunto para suas páginas internas.
O Daily News, em troca, exibiu em sua capa a foto de um manifestante com o rosto ensanguentado e com o título "Por chorar forte demais!". A foto principal da capa do New York Times também foi dedicada aos incidentes, com um policial atacando a multidão.
Mas, passada a euforia pelo apoio recebido, o movimento deve voltar a se perguntar sobre seu futuro.
Razões não faltam depois do desalojamento na terça-feira de seu acampamento original em Nova York, em uma operação policial que se somou a outras semelhantes em cidades dos Estados Unidos onde o OWS havia fincado sua bandeira.
"O trabalho não para porque destruíram tudo na Liberty Square", outro nome dado ao Parque Zucotti, onde o OWS acampava no sul de Manhattan, ressaltou Dobbs.
O movimento deve "repensar sua estratégia como fez o tempo todo" sobre "como construir um movimento mais amplo, como conceder às pessoas as ferramentas para ter impacto nas políticas governamentais e como se organizar".
Resta ver também a repercussão na opinião pública do dia de ação. A última pesquisa, publicado na quarta-feira pelo instituto Public Policy Polling, afirmaba que a opinião pública americana parecia se inclinar contra o OWS, com 45% dos pesquisados contrários as suas reivindicações e 33% a favor.
Nova York - O Ocupe Wall Street comemorou nesta sexta-feira como um "dia histórico" a forte mobilização da véspera em Nova York, a maior do movimento desde o seu nascimento há dois meses, embora seu futuro seja uma incógnita após o desmantelamento de seu acampamento original.
Segundo os organizadores, que citam dados da Polícia que não foram publicados, 32.500 pessoas se reuniram na quinta-feira na Foley Square, sul de Manhattan, e a partir desse ponto realizaram uma passeata para cruzar a Ponte do Brooklyn sem interromper o tráfego.
Independentemente dos números exatos, a mobilização da véspera foi sem dúvida maior do que o último grande ato do Ocupe Wall Street (OWS), realizado no dia 5 de outubro, quando cerca de 10.000 pessoas participaram também na Foley Square com o apoio dos sindicatos.
A pacífica demonstração de força, que contou com o apoio de sindicatos e estudantes, ocorreu depois de uma ação mais enérgica pela manhã, quando cerca de mil manifestantes bloquearam o acesso à Bolsa nova-iorquina, provocando incidentes que terminaram com sete policiais e dez ativistas feridos e mais de 250 detidos.
Mas não só Nova York se mobilizou. De acordo com o OWS, "pelo menos 30 cidades do país e do mundo inteiro" participaram do "Dia de Ação Global" para comemorar os dois meses do movimento que denuncia as desigualdades sociais e a cobiça e a corrupção de Wall Street.
Los Angeles (Califórnia, oeste), Portland (Oregon, oeste), Washington e Oakland (Califórnia, oeste) são algumas das cidades onde na quinta-feira foram registradas manifestações anti-Wall Street.
"Acho que foi um êxito, com um grande número de pessoas envolvidas. Foi um longo dia que terminou bem com a marcha pela ponte, uma extraordinária passeata", disse nesta sexta-feira à AFP um dos encarregados do contato com a imprensa do OWS, Bill Dobbs, referindo-se à mobilização em Nova York.
O dia de ação do OWS estava na capa dos principais jornais nova-iorquinos, à exceção do direitista New York Post, que critica fortemente o movimento e que, desta vez, preferiu deixar o assunto para suas páginas internas.
O Daily News, em troca, exibiu em sua capa a foto de um manifestante com o rosto ensanguentado e com o título "Por chorar forte demais!". A foto principal da capa do New York Times também foi dedicada aos incidentes, com um policial atacando a multidão.
Mas, passada a euforia pelo apoio recebido, o movimento deve voltar a se perguntar sobre seu futuro.
Razões não faltam depois do desalojamento na terça-feira de seu acampamento original em Nova York, em uma operação policial que se somou a outras semelhantes em cidades dos Estados Unidos onde o OWS havia fincado sua bandeira.
"O trabalho não para porque destruíram tudo na Liberty Square", outro nome dado ao Parque Zucotti, onde o OWS acampava no sul de Manhattan, ressaltou Dobbs.
O movimento deve "repensar sua estratégia como fez o tempo todo" sobre "como construir um movimento mais amplo, como conceder às pessoas as ferramentas para ter impacto nas políticas governamentais e como se organizar".
Resta ver também a repercussão na opinião pública do dia de ação. A última pesquisa, publicado na quarta-feira pelo instituto Public Policy Polling, afirmaba que a opinião pública americana parecia se inclinar contra o OWS, com 45% dos pesquisados contrários as suas reivindicações e 33% a favor.