Mundo

Ocupação russa inicia retirada de moradores de Kherson, no sul da Ucrânia

A saída, com a média de 10.000 pessoas a cada 24 horas, deve acontecer por seis dias

KUPIANSK, UKRAINE - SEPTEMBER 30: Ukrainian soldiers prepare to evacuate wounded across a heavily damaged bridge over the Oskil River, on September 30, 2022 in Kupiansk, Ukraine. Ukraine has recaptured thousands of square miles of its northeast Kharkiv region from Russian forces in recent weeks, and is continuing to pour armored vehicles, artillery and rocket systems into this front to recapture the region, while also pushing a separate offensive in the south to reclaim occupied Kherson and Crimea. (Photo by Scott Peterson/Getty Images) (Scott Peterson/Getty Images)

KUPIANSK, UKRAINE - SEPTEMBER 30: Ukrainian soldiers prepare to evacuate wounded across a heavily damaged bridge over the Oskil River, on September 30, 2022 in Kupiansk, Ukraine. Ukraine has recaptured thousands of square miles of its northeast Kharkiv region from Russian forces in recent weeks, and is continuing to pour armored vehicles, artillery and rocket systems into this front to recapture the region, while also pushing a separate offensive in the south to reclaim occupied Kherson and Crimea. (Photo by Scott Peterson/Getty Images) (Scott Peterson/Getty Images)

A

AFP

Publicado em 19 de outubro de 2022 às 09h58.

A administração russa de ocupação de Kherson, sul da Ucrânia, anunciou nesta quarta-feira (19) que iniciou a retirada de moradores da cidade diante do avanço das tropas ucranianas e afirmou que os soldados da Rússia "lutarão até a morte".

"A partir de hoje, todas as estruturas de poder que estão na cidade, a administração civil e militar e todos os ministério, também serão deslocados para a margem esquerda do rio Dnieper", que estabelece o limite com Kherson, afirmou Vladimir Saldo, chefe da administração russa de ocupação, ao canal Rossiya-24.

Quer saber tudo sobre a política internacional? Assine a EXAME e fique por dentro.

Ele afirmou que a evacuação da cidade é uma medida de precaução e que as tropas russas prosseguirão lutando arduamente contra os militares ucranianos. Ninguém vai entregar Kherson. Mas para os moradores não é o ideal permanecer na cidade durante as hostilidades", explicou Saldo, antes de acrescentar que "os militares lutarão até a morte".

O dirigente pró-Rússia também anunciou que a entrada na região de Kherson sob controle russo está proibida para civis "durante sete dias".

Algumas horas antes, as autoridades de ocupação haviam anunciado o início da retirada de civis para a margem esquerda do Dnieper. A imprensa russa exibiu imagens de pessoas entrando em balsas para atravessar este rio.

"Está prevista a retirada de entre 50.000 e 60.000 pessoas para a margem esquerda do Dnieper", afirmou Saldo.

A saída, com a média de 10.000 pessoas a cada 24 horas, deve acontecer por seis dias, a princípio, destacou Saldo, de acordo com as agências de notícias russas.

A administração de ocupação afirmou que os civis, caso desejem, poderão seguir para a Rússia.

O general russo Serguei Surovikin, comandante das operações na Ucrânia, declarou na terça-feira ao canal Rossiya 24 que o exército pretende "garantir antes de mais nada a saída segura da população" de Kherson.

A cidade, capital da região de mesmo nome ocupada pela Rússia há vários meses e anexada em setembro, é alvo de ataques ucranianos contra uma série de infraestruturas, destacou o general.

"As ações posteriores na cidade de Kherson dependerão da situação militar", acrescentou o general Surovikin, antes de reconhecer que "a situação na zona da operação militar especial pode ser descrita como tensa", pois "o inimigo não cede em suas tentativas de atacar as posições das forças russas".

Acompanhe tudo sobre:GuerrasRússiaUcrânia

Mais de Mundo

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país

Rússia lança mais de 100 drones contra Ucrânia e bombardeia Kherson

Putin promete mais 'destruição na Ucrânia após ataque contra a Rússia

Novo líder da Síria promete que país não exercerá 'interferência negativa' no Líbano