O presidente russo Vladimir Putin: "existem todos os motivos para acreditar que (as armas químicas) não foram utilizadas pelo Exército sírio" (Mikhail Klimentyev/AFP)
Da Redação
Publicado em 15 de setembro de 2013 às 12h13.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rejeitou a alegação do presidente russo, Vladimir Putin, de que os rebeldes sírios foram responsáveis pelo ataque com gás químico em 21 de agosto, mas, em entrevista transmitida neste domingo, disse ver de modo positivo o papel diplomático de Putin na crise.
Obama, em entrevista no programa "This Week With George Stephanopolous" da emissora ABC, defendeu o manejo da crise síria por Putin e rejeitou as críticas de sua abordagem hesitante do assunto com um argumento sobre estilo.
O presidente norte-americano também disse que ele e o novo presidente iraniano, Hassan Rouhani, trocaram cartas acerca da situação na Síria e que os iranianos entendem que a preocupação norte-americana com um Irã potencialmente armado com arsenal nuclear "é um assunto muito mais amplo" para os EUA.
Obama e Putin se tornaram aliados improvavéis em relação à Síria depois que as ameaças norte-americanas de iniciar investida militar contra a Síria por causa do ataque com as armas químicas gerou uma iniciativa diplomática que levou a um acordo estrutural no sábado que visa a assumir o controle dos estoques de gás venenoso da Síria.
Obama disse ver o envolvimento de Putin como útil e completou que qualquer acordo sobre a Síria deve incluir uma maneira verificável de garantir que o país entregue toda sua capacidade de armas químicas.
"Acho que há uma forma de eu e o Sr. Putin, embora tenhamos muitas diferenças, desempenharmos um papel importante nisso", disse Obama. "E acho positivo que ele esteja envolvido, e que diga que irá assumir a responsabilidade por pressionar seu aliado, o regime de Assad, a lidar com essas armas químicas".