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Obama promete não espionar chanceler alemã Merkel

Em uma entrevista para a emissora estatal de televisão alemã ZDF, Obama disse que "não quer prejudicar" a relação com o país

Presidente dos EUA, Barack Obama, cumprimenta a chanceler alemã, Angela Merkel: "Enquanto eu for presidente dos EUA, a chanceler da Alemanha não precisa se preocupar com isso", disse o americano (Jewel Samad/AFP)
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Da Redação

Publicado em 19 de janeiro de 2014 às 08h31.

Berlim - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , prometeu neste sábado que os serviços de inteligência do país não vão mais investigar a chanceler da Alemanha, Angela Merkel . Em uma entrevista para a emissora estatal de televisão alemã ZDF, Obama disse que "não quer prejudicar" a relação com o país em função de um "sistema de vigilância que, de alguma forma, impediria o tipo de comunicação e confiança que nós temos". "Enquanto eu for presidente dos EUA, a chanceler da Alemanha não precisa se preocupar com isso", garantiu.

Falando um dia após ter anunciado uma reformulação nas práticas de vigilância dos EUA, Obama comentou que o país está melhor equipado do que a maioria dos seus aliados para monitorar o fluxo de dados ao redor do mundo e, assim, tem uma maior responsabilidade de respeitar os direitos de privacidade. "Nossas capacidades são significativamente maiores do que as de muitos outros países. De certa forma, nós apoiamos muitas das necessidades de segurança e defesa de países ao redor do mundo", comentou.

O presidente norte-americano reconheceu que esse maior poder de vigilância traz junto maiores responsabilidades quando se trata de proteção à privacidade, mas disse que "não faz sentido" ter um serviço de inteligência "se você está limitado às coisas que pode ler no New York Times ou na Der Spiegel (uma das mais importantes revistas alemãs)".

Em outubro do ano passado, informações sigilosas vazadas para a imprensa revelaram que Merkel e outros 35 líderes globais foram monitorados pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos EUA. Na ocasião, a chanceler alemã afirmou que o caso ameaçava a relação entre os dois países.

Neste domingo, o ministro de Justiça da Alemanha, Heiko Maas, declarou em uma entrevista para o jornal local Bild am Sonntag que as mudanças anunciadas por Obama no sistema de coleta de dados dos EUA não são suficientes. "A confiança perdida só será recuperada quando nós assinarmos um acordo legal obrigatório que proteja todos os cidadãos", disse. Na sexta-feira o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, havia elogiado a reforma prometida pelo líder norte-americano, mas ressaltado que "a lei alemã precisa ser respeitada no solo alemão, especialmente pelos nossos aliados mais próximos".

Segundo Seibert, a Alemanha vai continuar negociando com os EUA as bases para uma "nova e clara" cooperação para os serviços de inteligência. Autoridades alemãs têm dito que desejam incluir medidas rígidas de proteção de dados em um acordo comercial que está sendo costurado entre os EUA e a União Europeia. Fonte: Associated Press.

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Berlim - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , prometeu neste sábado que os serviços de inteligência do país não vão mais investigar a chanceler da Alemanha, Angela Merkel . Em uma entrevista para a emissora estatal de televisão alemã ZDF, Obama disse que "não quer prejudicar" a relação com o país em função de um "sistema de vigilância que, de alguma forma, impediria o tipo de comunicação e confiança que nós temos". "Enquanto eu for presidente dos EUA, a chanceler da Alemanha não precisa se preocupar com isso", garantiu.

Falando um dia após ter anunciado uma reformulação nas práticas de vigilância dos EUA, Obama comentou que o país está melhor equipado do que a maioria dos seus aliados para monitorar o fluxo de dados ao redor do mundo e, assim, tem uma maior responsabilidade de respeitar os direitos de privacidade. "Nossas capacidades são significativamente maiores do que as de muitos outros países. De certa forma, nós apoiamos muitas das necessidades de segurança e defesa de países ao redor do mundo", comentou.

O presidente norte-americano reconheceu que esse maior poder de vigilância traz junto maiores responsabilidades quando se trata de proteção à privacidade, mas disse que "não faz sentido" ter um serviço de inteligência "se você está limitado às coisas que pode ler no New York Times ou na Der Spiegel (uma das mais importantes revistas alemãs)".

Em outubro do ano passado, informações sigilosas vazadas para a imprensa revelaram que Merkel e outros 35 líderes globais foram monitorados pela Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos EUA. Na ocasião, a chanceler alemã afirmou que o caso ameaçava a relação entre os dois países.

Neste domingo, o ministro de Justiça da Alemanha, Heiko Maas, declarou em uma entrevista para o jornal local Bild am Sonntag que as mudanças anunciadas por Obama no sistema de coleta de dados dos EUA não são suficientes. "A confiança perdida só será recuperada quando nós assinarmos um acordo legal obrigatório que proteja todos os cidadãos", disse. Na sexta-feira o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert, havia elogiado a reforma prometida pelo líder norte-americano, mas ressaltado que "a lei alemã precisa ser respeitada no solo alemão, especialmente pelos nossos aliados mais próximos".

Segundo Seibert, a Alemanha vai continuar negociando com os EUA as bases para uma "nova e clara" cooperação para os serviços de inteligência. Autoridades alemãs têm dito que desejam incluir medidas rígidas de proteção de dados em um acordo comercial que está sendo costurado entre os EUA e a União Europeia. Fonte: Associated Press.

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