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Obama pede sanções contra Rússia e mais apoio contra EI

Barack Obama pediu que países aumentem sanções contra a Rússia por suas ações na Ucrânia, além de pedir que países se unam contra o Estado Islâmico

O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa na Assembleia Geral da ONU (Presidência do Peru/Fotos Públicas)

O presidente dos EUA, Barack Obama, discursa na Assembleia Geral da ONU (Presidência do Peru/Fotos Públicas)

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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2014 às 13h54.

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quarta-feira que os países aumentem suas sanções contra a Rússia por suas ações na Ucrânia, que desafiaram "a ordem mundial do pós-guerra" criada pelas Nações Unidas, além de solicitar que mais nações se somem ao "lado correto da história".

Em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Obama pediu ainda que os países, especialmente os árabes, se unam na luta para "desmantelar a rede da morte" que representa o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

"Pedimos a outros países a se unirem a nós no lado correto da história, porque embora possam fazer pequenos avanços com uma escopeta, finalmente se perderão se suficientes vozes apoiam a liberdade das nações e povos de tomar suas próprias decisões", disse Obama em seu discurso perante a Assembleia Geral da ONU.

O líder assegurou que seu governo seguirá "impondo custos" à Rússia pela crise na Ucrânia, mas se Moscou cumprir os termos do cessar-fogo recentemente alcançado em Minsk, levantará as sanções que impôs em coordenação com a União Europeia (UE).

"Se a Rússia mudar o rumo (...) levantaremos nossas sanções e daremos as boas-vindas ao papel da Rússia na hora de enfrentar desafios comuns", garantiu Obama.

O líder lembrou que depois que a Primeira Guerra Mundial acabou com "a vida de milhões", se formou a Sociedade de Nações e mais tarde as Nações Unidas "para assegurar que nenhum país pode subjugar seus vizinhos e reivindicar seu território".

"As ações da Rússia na Ucrânia desafiam esta ordem de pós-guerra. Nos Estados Unidos achamos que as nações grandes não podem intimidar às pequenas, que o povo deve poder escolher seu próprio futuro. Estas são ideias simples, mas é preciso defendê-las", sentenciou.

Em seu discurso, Obama também pediu aos países, especialmente os árabes, a se unirem na luta para "desmantelar a rede da morte" que o Estado Islâmico (EI) representa e previu que a ideologia desse grupo jihadista "murchará e morrerá".

"Hoje, peço ao mundo para se unir neste esforço. Aqueles que se uniram ao EI deveriam abandonar o campo de batalha enquanto puderem (...) porque não sucumbiremos a suas ameaças e demonstraremos que o futuro pertence a aqueles que constroem não os que destroem", disse ele.

"A ideologia do Estado Islâmico ou Al Qaeda ou Boko Haram murchará e morrerá", previu o líder.

Para isso, assegurou, é necessário que o mundo, "especialmente as comunidades muçulmanas, rejeitem explicitamente a ideologia da Al Qaeda e do EI".

Ele afirmou que, apesar dos ataques aéreos que seu país lançou contra posições do EI no Iraque e na Síria, os "Estados Unidos não estão e nunca estarão em guerra contra o Islã", já que essa religião "ensina a paz" e porque "milhões de americanos muçulmanos são parte do tecido" de seu país.

"Rejeitamos qualquer sugestão de um choque de civilizações", ressaltou. "Nenhum Deus pode aprovar este terror. Nenhuma reivindicação pode justificar estas ações. Não pode haver raciocínio nem negociação com este tipo de terror", acrescentou.

Ele lembrou que hoje presidirá uma sessão extraordinária do Conselho de Segurança da ONU sobre a ameaça dos combatentes estrangeiros que se unem ao EI e que esse órgão "aprovará uma resolução" sobre a "responsabilidade dos Estados" a respeito.

"Mas as resoluções devem ir seguidas de compromissos tangíveis, para que possamos assumir responsabilidades quando nos fiquemos curtos. O ano que vem, devemos estar preparados para anunciar os passos concretos que tenhamos tomado para resistir ideologias extremistas", pediu.

Atualmente, mais de 50 países já se uniram à coalizão internacional contra o EI que o governo americano impulsiona.

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