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Obama pede análise da pena de morte após má execução

O presidente americano pediu ao secretário de Justiça uma análise da pena de morte, após problema em execução que prolongou o sofrimento de um réu

Presidente dos EUA, Barack Obama: Obama também apontou que a aplicação da pena de morte nos EUA tem "problemas significativos" (Larry Downing/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de maio de 2014 às 18h21.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , disse nesta sexta-feira que pediu ao secretário de Justiça, Eric Holder, uma análise ampla da pena de morte diante dos problemas surgidos em uma execução esta semana em Oklahoma, que prolongaram o sofrimento de um réu que acabou morrendo por ataque cardíaco.

"Pedi que me dessem uma análise das medidas tomadas, e não só neste caso em particular, mas mais amplamente nesta área", afirmou Obama na entrevista coletiva conjunta que ofereceu com a chanceler alemã, Angela Merkel, na Casa Branca.

"Como sociedade devemos fazer perguntas difíceis e profundas" sobre a pena de morte, acrescentou Obama em referência à execução de Clayton Lockett, que na terça-feira morreu de um ataque cardíaco mais de 40 minutos depois de receber a injeção letal e apesar das autoridades penitenciárias tentaram suspender a execução ao perceber que os fármacos não faziam o efeito esperado.

"O que aconteceu em Oklahoma é profundamente perturbador", acrescentou o presidente. Ele se apressou em destacar que o preso, de 38 anos, tinha cometido "crimes terríveis" e reiterou sua opinião que "há certas circunstâncias nas quais o crime é tão terrível que a pena de morte é apropriada". Entre essas circunstâncias o presidente dos Estados Unidos mencionou os massacres coletivos e o homicídio de crianças.

Obama também apontou que a aplicação da pena de morte nos EUA tem "problemas significativos", como a desproporção de condenados negros e de outras minorias, ou o fato de que após a execução, ficou provado que alguns réus eram inocentes.

"Tudo isto abre questões significativas sobre como se aplica a pena de morte", assinalou.

Lockett tinha recebido esse pena por ter atirado em 1999 contra Stephanie Neiman, de 19 anos, e ter ajudado a enterrá-la viva em uma sepultura onde a jovem morreu.

Conforme relatórios emitidos posteriormente pelas autoridades penitenciárias, quando o preparavam para a execução, na terça-feira passada, o réu resistiu e recebeu uma descarga elétrica que causou uma lesão em seu braço.

Como consequência disso e porque tinha uma veia estourada no braço, se a agulha com a mistura de químicos foi injetada na perna. Os compostos não tiveram o efeito esperado e, após 43 minutos nos quais Lockett sofreu convulsões e as autoridades, inclusive, chegaram a suspender a execução, o condenado morreu por conta de um ataque cardíaco.

Nos Estados Unidos, atualmente, há mais de três mil pessoas condenadas a morte. Embora os negros sejam pouco mais de 12% da população, eles representam 41% dos condenados à morte. Desde que a Corte Suprema restabeleceu a pena de morte nos EUA em 1976, foram executadas 1.378 pessoas.

No caso de homicídios inter-raciais, 20 brancos foram executados por ter matado uma pessoa negra. No entanto, 270 negros foram executados pelo homicídio de um branco.

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Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , disse nesta sexta-feira que pediu ao secretário de Justiça, Eric Holder, uma análise ampla da pena de morte diante dos problemas surgidos em uma execução esta semana em Oklahoma, que prolongaram o sofrimento de um réu que acabou morrendo por ataque cardíaco.

"Pedi que me dessem uma análise das medidas tomadas, e não só neste caso em particular, mas mais amplamente nesta área", afirmou Obama na entrevista coletiva conjunta que ofereceu com a chanceler alemã, Angela Merkel, na Casa Branca.

"Como sociedade devemos fazer perguntas difíceis e profundas" sobre a pena de morte, acrescentou Obama em referência à execução de Clayton Lockett, que na terça-feira morreu de um ataque cardíaco mais de 40 minutos depois de receber a injeção letal e apesar das autoridades penitenciárias tentaram suspender a execução ao perceber que os fármacos não faziam o efeito esperado.

"O que aconteceu em Oklahoma é profundamente perturbador", acrescentou o presidente. Ele se apressou em destacar que o preso, de 38 anos, tinha cometido "crimes terríveis" e reiterou sua opinião que "há certas circunstâncias nas quais o crime é tão terrível que a pena de morte é apropriada". Entre essas circunstâncias o presidente dos Estados Unidos mencionou os massacres coletivos e o homicídio de crianças.

Obama também apontou que a aplicação da pena de morte nos EUA tem "problemas significativos", como a desproporção de condenados negros e de outras minorias, ou o fato de que após a execução, ficou provado que alguns réus eram inocentes.

"Tudo isto abre questões significativas sobre como se aplica a pena de morte", assinalou.

Lockett tinha recebido esse pena por ter atirado em 1999 contra Stephanie Neiman, de 19 anos, e ter ajudado a enterrá-la viva em uma sepultura onde a jovem morreu.

Conforme relatórios emitidos posteriormente pelas autoridades penitenciárias, quando o preparavam para a execução, na terça-feira passada, o réu resistiu e recebeu uma descarga elétrica que causou uma lesão em seu braço.

Como consequência disso e porque tinha uma veia estourada no braço, se a agulha com a mistura de químicos foi injetada na perna. Os compostos não tiveram o efeito esperado e, após 43 minutos nos quais Lockett sofreu convulsões e as autoridades, inclusive, chegaram a suspender a execução, o condenado morreu por conta de um ataque cardíaco.

Nos Estados Unidos, atualmente, há mais de três mil pessoas condenadas a morte. Embora os negros sejam pouco mais de 12% da população, eles representam 41% dos condenados à morte. Desde que a Corte Suprema restabeleceu a pena de morte nos EUA em 1976, foram executadas 1.378 pessoas.

No caso de homicídios inter-raciais, 20 brancos foram executados por ter matado uma pessoa negra. No entanto, 270 negros foram executados pelo homicídio de um branco.

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