Obama insiste em saída de Assad e desativação de Guantánamo
O presidente americano reafirmou que seu homólogo sírio, Bashar al-Assad, deve sair, alertando que não pode haver paz no país sem um governo legítimo
Da Redação
Publicado em 18 de dezembro de 2015 às 20h13.
O presidente americano, Barack Obama , reafirmou nesta sexta-feira que seu homólogo sírio, Bashar al-Assad , deve sair, alertando que não pode haver paz no país sem um governo legítimo, e prometeu trabalhar para a desativação da prisão de Guantánamo, em Cuba.
"Eu acho que Assad terá que sair para que o banho de sangue pare no país, para que todas as partes envolvidas consigam avançar em um caminho não sectário", disse Obama em sua coletiva de imprensa de fim de ano.
"Ele perdeu legitimidade aos olhos do país", reforçou.
Enquanto o presidente dava estas declarações na Casa Branca, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, mantinham uma reunião em Nova York para discutir uma solução política para a guerra que se arrasta há cinco anos.
O Conselho de Segurança da ONU adotou nesta sexta-feira uma resolução que prevê que "no início de janeiro" se iniciem negociações entre o governo e os rebeldes sírios para acabar com a guerra e declarar um cessar-fogo.
Aos jornalistas presentes na coletiva, Obama disse que a continuidade de Assad no poder, depois de ter "massacrado" seus concidadãos, ao invés de conduzir uma transição política, "não é possível".
"Consequentemente, nossa visão é de que você não pode trazer paz à Síria, não pode por fim à guerra civil a menos que tenha um governo reconhecido como legítimo pela maioria do país. Isto não ocorrerá".
O presidente afirmou, ainda, que os esforços de Kerry em Nova York dão "uma oportunidade, mas não para fazer o relógio voltar atrás". "Será difícil superar a devastação que já ocorreu na Síria, mas se trata de uma oportunidade para encontrar uma transição política que mantenha o Estado sírio".
Além disso, a esperança é que "se inicie um cessar-fogo".
Esta suspensão das hostilidades "não será perfeita", afirmou, mas "permitirá que todas as partes se concentrem no que deveria ser uma prioridade, que é destruir o grupo Estado Islâmico e seus aliados na região".
Promessa de campanha
Em outro momento da coletiva, Obama afirmou o desejo de trabalhar no Congresso para fechar o centro de detenção instalado na base naval de Guantánamo, em Cuba, uma de suas promessas desde que chegou à Casa Branca, em 2008.
Obama disse que não assumiria a princípio uma negativa do Congresso de um esforço conjunto, mas sugeriu que poderia agir mediante decretos, como fez com as medidas de alívio migratório, e admitiu que "Guantánamo é um ímã fundamental no recrutamento de jihadistas".
"Acho que é preferível se pudermos fazer algo com o Congresso. Vocês já me viram agir sobre migração, não vou me antecipar no que posso fazer sem o Congresso, sem antes provar o que posso fazer com o Congresso", declarou o presidente.
Obama revelou que levará ao Congresso um plano "sobre como podemos fechar Guantánamo. Não vou assumir que o Congresso dirá não. Penso que é justo dizer que haverá importante resistência em alguns setores a esta ideia".
No entanto, o presidente antecipou que pretende argumentar que "não faz sentido" continuar gastando milhões de dólares "para ter um ambiente seguro para 70 pessoas".
Segundo ele, o governo tem trabalhado sistematicamente para reduzir o número de pessoas detidas em Guantánamo, incluindo aí um processo de "revisão daqueles casos de (pessoas) elegíveis para uma transferência".
A expectativa da Casa Branca, de acordo com Obama, é que no começo do ano que vem seja possível reduzir o número de detidos em Guantánamo "a menos de 100" pessoas.
No Congresso, a bancada do opositor Partido Republicano se opõe terminantemente a qualquer projeto que contemple o fechamento do centro de detenção, mediante a transferência de presos considerados perigosos para o território americano.
Para os republicanos, este cenário transformará os locais de detenção onde estas pessoas estiverem em eventuais alvos de ataques e permitiria, ainda, a estas pessoas a possibilidade de se defender mediante o sistema judicial americano, ao qual não têm acesso em Guantánamo.
O presidente americano, Barack Obama , reafirmou nesta sexta-feira que seu homólogo sírio, Bashar al-Assad , deve sair, alertando que não pode haver paz no país sem um governo legítimo, e prometeu trabalhar para a desativação da prisão de Guantánamo, em Cuba.
"Eu acho que Assad terá que sair para que o banho de sangue pare no país, para que todas as partes envolvidas consigam avançar em um caminho não sectário", disse Obama em sua coletiva de imprensa de fim de ano.
"Ele perdeu legitimidade aos olhos do país", reforçou.
Enquanto o presidente dava estas declarações na Casa Branca, o secretário de Estado americano, John Kerry, e o chanceler russo, Sergei Lavrov, mantinham uma reunião em Nova York para discutir uma solução política para a guerra que se arrasta há cinco anos.
O Conselho de Segurança da ONU adotou nesta sexta-feira uma resolução que prevê que "no início de janeiro" se iniciem negociações entre o governo e os rebeldes sírios para acabar com a guerra e declarar um cessar-fogo.
Aos jornalistas presentes na coletiva, Obama disse que a continuidade de Assad no poder, depois de ter "massacrado" seus concidadãos, ao invés de conduzir uma transição política, "não é possível".
"Consequentemente, nossa visão é de que você não pode trazer paz à Síria, não pode por fim à guerra civil a menos que tenha um governo reconhecido como legítimo pela maioria do país. Isto não ocorrerá".
O presidente afirmou, ainda, que os esforços de Kerry em Nova York dão "uma oportunidade, mas não para fazer o relógio voltar atrás". "Será difícil superar a devastação que já ocorreu na Síria, mas se trata de uma oportunidade para encontrar uma transição política que mantenha o Estado sírio".
Além disso, a esperança é que "se inicie um cessar-fogo".
Esta suspensão das hostilidades "não será perfeita", afirmou, mas "permitirá que todas as partes se concentrem no que deveria ser uma prioridade, que é destruir o grupo Estado Islâmico e seus aliados na região".
Promessa de campanha
Em outro momento da coletiva, Obama afirmou o desejo de trabalhar no Congresso para fechar o centro de detenção instalado na base naval de Guantánamo, em Cuba, uma de suas promessas desde que chegou à Casa Branca, em 2008.
Obama disse que não assumiria a princípio uma negativa do Congresso de um esforço conjunto, mas sugeriu que poderia agir mediante decretos, como fez com as medidas de alívio migratório, e admitiu que "Guantánamo é um ímã fundamental no recrutamento de jihadistas".
"Acho que é preferível se pudermos fazer algo com o Congresso. Vocês já me viram agir sobre migração, não vou me antecipar no que posso fazer sem o Congresso, sem antes provar o que posso fazer com o Congresso", declarou o presidente.
Obama revelou que levará ao Congresso um plano "sobre como podemos fechar Guantánamo. Não vou assumir que o Congresso dirá não. Penso que é justo dizer que haverá importante resistência em alguns setores a esta ideia".
No entanto, o presidente antecipou que pretende argumentar que "não faz sentido" continuar gastando milhões de dólares "para ter um ambiente seguro para 70 pessoas".
Segundo ele, o governo tem trabalhado sistematicamente para reduzir o número de pessoas detidas em Guantánamo, incluindo aí um processo de "revisão daqueles casos de (pessoas) elegíveis para uma transferência".
A expectativa da Casa Branca, de acordo com Obama, é que no começo do ano que vem seja possível reduzir o número de detidos em Guantánamo "a menos de 100" pessoas.
No Congresso, a bancada do opositor Partido Republicano se opõe terminantemente a qualquer projeto que contemple o fechamento do centro de detenção, mediante a transferência de presos considerados perigosos para o território americano.
Para os republicanos, este cenário transformará os locais de detenção onde estas pessoas estiverem em eventuais alvos de ataques e permitiria, ainda, a estas pessoas a possibilidade de se defender mediante o sistema judicial americano, ao qual não têm acesso em Guantánamo.