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Obama está decidido a reduzir violência armada, diz Biden

Governo do presidente norte-americano estuda unir medidas executivas e projetos legislativos para combater massacres como o ocorrido em Sandy Hook


	O presidente Barack Obama quer receber pacote de recomendações para lidar com a questão armamentista até o fim de janeiro
 (AFP / Brendan Smialowski)

O presidente Barack Obama quer receber pacote de recomendações para lidar com a questão armamentista até o fim de janeiro (AFP / Brendan Smialowski)

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Da Redação

Publicado em 9 de janeiro de 2013 às 19h56.

Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, está "determinado a agir" contra a violência armada no país e cogita usar seus poderes executivos para adotar medidas que evitem a repetição de massacres como o que ocorreu no mês passado em uma escola primária de Connecticut, disse o vice-presidente, Joe Biden, nesta quarta-feira.

Biden abriu uma reunião na Casa Branca com vítimas da violência e com militantes do controle das armas, como parte do seu esforço para preparar um pacote de recomendações que Obama deseja receber até o fim do mês.

O governo cogita conciliar medidas executivas com projetos legislativos e espera tomar as primeiras medidas rapidamente, segundo Biden.

"Não seremos apanhados pela ideia de que se não fizermos tudo não vamos fazer nada", disse Biden a jornalistas antes da reunião. "Há um consenso bastante amplo sobre três, quatro ou cinco coisas no campo da segurança com armas que podem e devem ser feitas." A rede de supermercados Wal-Mart, maior vendedora de armas de fogo dos Estados Unidos, recuou de sua posição anterior e decidiu enviar um representante para conversar com Biden na quinta-feira.

"Subestimamos a expectativa de participar da reunião de quinta-feira pessoalmente, então estamos enviando um representante apropriado para participar", disse um porta-voz da rede, David Tovar.

Depois do massacre em Newtown, Obama pediu a Biden que apresentasse ideias para conter a violência armada no país. O presidente deve apresentar várias dessas propostas no seu discurso do Estado da União, tradicionalmente proferido no fim de janeiro.


Obama diz que espera aprovar novas medidas de controle ainda no primeiro ano do seu segundo mandato. Mas a questão do controle de armas causa polêmica nos Estados Unidos, onde o direito à posse de armas de fogo está garantido pela Constituição.

Também na quinta-feira, Biden deve se reunir com a poderosa Associação Nacional do Rifle.

"Estamos fazendo contatos com todas as partes, independentemente de qual lado do debate fiquem", disse ele. "Mas o presidente vai agir. Há portarias executivas, ação executiva que pode ser tomada." Biden acrescentou que nenhuma dessas medidas foi definida por enquanto e que projetos legislativos também estão sendo analisados.

Uma força-tarefa comandada pelo vice-presidente está analisando uma legislação que proíba rifles de assalto, mas levando em conta também a forma como filmes e videogames violentos influem nos massacres, e se há acesso adequado a serviços psiquiátricos.

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