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Obama enfatiza benefícios econômicos da reforma imigratória

Em um discurso amplamente voltado para a geração de empregos, Obama disse que os EUA podem fortalecer sua economia atraindo mais trabalhadores qualificados do exterior

Barack Obama: "Nosso país fica mais forte quando aproveitamos os talentos e a engenhosidade de imigrantes empenhados e esperançosos" (Kevin Lamarque/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2013 às 09h13.

Washington - O presidente dos EUA , Barack Obama, aproveitou seu discurso do Estado da União, na terça-feira, para enfatizar os benefícios econômicos de uma reforma nas leis de imigração, e pediu ao Congresso que envie uma nova legislação para sanção dentro de poucos meses.

Num discurso amplamente voltado para a geração de empregos, Obama disse que os EUA podem fortalecer sua economia atraindo mais trabalhadores qualificados do exterior e estabelecendo critérios para a concessão de cidadania para estrangeiros que tenham se instalado ilegalmente no país.

"Nosso país fica mais forte quando aproveitamos os talentos e a engenhosidade de imigrantes empenhados e esperançosos", disse Obama.

Ao contrário de outras propostas de Obama, a reforma da imigração tem chances de ser aprovada no Congresso, por causa da crescente influência do eleitorado hispânico nos EUA.

"Vamos resolver isso. Enviem-me nos próximos meses uma lei abrangente da reforma imigratória, e eu vou sancioná-la imediatamente, e a América ficará melhor por causa disso", afirmou.


Na eleição de novembro, Obama teve mais de 70 por cento dos votos entre os hispânicos, segundo as pesquisas, o que o ajudou a vencer em Estados estratégicos como Flórida e Nevada. Castigados nas urnas, os republicanos temem ser relegados à irrelevância se não conseguirem atrair esse grupo, que deverá representar quase um terço da população dos EUA até meados deste século, segundo o Centro Hispânico Pew.

"As declarações do presidente são mais um lembrete de que o que parecia politicamente impossível há apenas um ano está agora ao alcance, ainda que por um momento passageiro, já que os democratas têm uma dívida política a pagar, e os republicanos, um partido a salvar", disse Cheryl Little, que dirige a entidade Americanos por Justiça para os Imigrantes, de Miami.

Outros fatores podem contribuir. A imigração ilegal declinou fortemente desde a última vez em que o Congresso abordou esse tema, em 2007, o que se deve em grande parte à desaceleração econômica dos EUA. Isso atenua os temores de que os estrangeiros estejam ocupando empregos de norte-americanos ou perturbando comunidades no país.

Ao mesmo tempo, empresas e grupos trabalhistas cada vez mais reclamam dos limites impostos pelo atual sistema. Firmas de alta tecnologia alegam que o restritivo programa de concessão de vistos dificulta a inovação, por limitar o número de trabalhadores qualificados que podem ser contratados no exterior.

O senador republicano Marco Rubio, político hispânico escalado para apresentar a resposta oficial do seu partido ao discurso presidencial, também enfatizou os benefícios econômicos da reforma.

"Podemos também ajudar nossa economia a crescer se tivermos um sistema legal de imigração que nos permita atrair e assimilar os melhores e mais brilhantes do mundo", disse Rubio, um filho de cubanos que tenta forjar um projeto bipartidário de reforma da imigração no Senado.

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Washington - O presidente dos EUA , Barack Obama, aproveitou seu discurso do Estado da União, na terça-feira, para enfatizar os benefícios econômicos de uma reforma nas leis de imigração, e pediu ao Congresso que envie uma nova legislação para sanção dentro de poucos meses.

Num discurso amplamente voltado para a geração de empregos, Obama disse que os EUA podem fortalecer sua economia atraindo mais trabalhadores qualificados do exterior e estabelecendo critérios para a concessão de cidadania para estrangeiros que tenham se instalado ilegalmente no país.

"Nosso país fica mais forte quando aproveitamos os talentos e a engenhosidade de imigrantes empenhados e esperançosos", disse Obama.

Ao contrário de outras propostas de Obama, a reforma da imigração tem chances de ser aprovada no Congresso, por causa da crescente influência do eleitorado hispânico nos EUA.

"Vamos resolver isso. Enviem-me nos próximos meses uma lei abrangente da reforma imigratória, e eu vou sancioná-la imediatamente, e a América ficará melhor por causa disso", afirmou.


Na eleição de novembro, Obama teve mais de 70 por cento dos votos entre os hispânicos, segundo as pesquisas, o que o ajudou a vencer em Estados estratégicos como Flórida e Nevada. Castigados nas urnas, os republicanos temem ser relegados à irrelevância se não conseguirem atrair esse grupo, que deverá representar quase um terço da população dos EUA até meados deste século, segundo o Centro Hispânico Pew.

"As declarações do presidente são mais um lembrete de que o que parecia politicamente impossível há apenas um ano está agora ao alcance, ainda que por um momento passageiro, já que os democratas têm uma dívida política a pagar, e os republicanos, um partido a salvar", disse Cheryl Little, que dirige a entidade Americanos por Justiça para os Imigrantes, de Miami.

Outros fatores podem contribuir. A imigração ilegal declinou fortemente desde a última vez em que o Congresso abordou esse tema, em 2007, o que se deve em grande parte à desaceleração econômica dos EUA. Isso atenua os temores de que os estrangeiros estejam ocupando empregos de norte-americanos ou perturbando comunidades no país.

Ao mesmo tempo, empresas e grupos trabalhistas cada vez mais reclamam dos limites impostos pelo atual sistema. Firmas de alta tecnologia alegam que o restritivo programa de concessão de vistos dificulta a inovação, por limitar o número de trabalhadores qualificados que podem ser contratados no exterior.

O senador republicano Marco Rubio, político hispânico escalado para apresentar a resposta oficial do seu partido ao discurso presidencial, também enfatizou os benefícios econômicos da reforma.

"Podemos também ajudar nossa economia a crescer se tivermos um sistema legal de imigração que nos permita atrair e assimilar os melhores e mais brilhantes do mundo", disse Rubio, um filho de cubanos que tenta forjar um projeto bipartidário de reforma da imigração no Senado.

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