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Obama aumentou ataques cibernéticos contra o Irã

O ciberataque, destinado a impedir que o Irã fabrique armas nucelares, semeou a confusão na usina de Natanz

O capitão John Kirby, se negou a comentar em detalhes a matéria, mas disse que Obama e o secretário de Defesa, Leon Panetta, priorizam a capacidade cibernética (Reprodução)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de junho de 2012 às 17h18.

Washington - O presidente americano, Barack Obama , aumentou os ciberataques contra o programa nuclear iraniano, inclusive depois que o vírus Stuxnet foi difundido acidentalmente em 2010, segundo a edição desta sexta-feira do The New York Times.

A operação começou no governo do presidente George W. Bush com o nome de "Olympic Games" (Jogos Olímpicos) e é o primeiro ciberataque lançado contra outro país pelos Estados Unidos que se tem conhecimento usando códigos falsos desenvolvidos por Israel, diz o Times.

O jornal nova-iorquino destaca que o artigo está baseado em 18 meses de entrevistas com altos funcionários e ex-autoridades dos americanas, europeias e israelenses, e adaptado do livro "Confront and Conceal: Obama's Secret Wars and Surprising Use of American Power," (Confrontar e esconder: as guerras secretas de Obama e o surpreendente uso do poder americano) de David Sanger, que será publicado na próxima semana).

O ciberataque, destinado a impedir que o Irã fabrique armas nucelares e a dissuadir Israel de um ataque militar preventivo contra Teerã, semeou a confusão na usina nuclear iraniana de Natanz, segundo o Times.

Contudo, altos membros da administração consideraram suspendê-lo, depois que o Stuxnet - um complexo vírus de informática desenvolvido em conjunto com Israel - "escapou" e começou a aparecer nos sistemas de informática de vários países, afirma o Times.

De qualquer maneira, Obama ordenou a continuação dos ataques e, uma semana depois do vazamento do Stuxnet, uma nova versão do vírus fez cair temporariamente 1.000 das 5.000 centrífugas nucleares com que o Irã contava nesse momento, segundo o jornal.

Os especialistas suspeitavam há tempos que o Stuxnet, projetado para atacar os sistemas de controle de informática fabricados pela gigante alemã Siemens, era de origem americana e israelense, mas nenhum dos dois países tinha admitido participar da operação.

Um porta-voz do Pentágono, o capitão John Kirby, se negou a comentar em detalhes a matéria, mas disse que Obama e o secretário de Defesa, Leon Panetta, priorizam a capacidade cibernética.

"Como dissemos reiteradamente - e o presidente e o secretário deixaram claro - o setor cibernético é um domínio que requer uma constante avaliação e uma constante consideração e em que precisamos melhorar o leque de capacidades que temos no ciberespaço", disse Kirby aos jornalistas.

O ocidente acusa o Irã de buscar armas nucleares no âmbito de um programa civil, feito que Teerã nega, insistindo que seu programa tem objetivos exclusivamente pacíficos.

A matéria do Times foi publicada dias depois que especialistas do laboratório russo Kaspersky, uma importante empresa de software de anti-vírus, descobriu "Flame," um sofisticado vírus, várias vezes maior que Stuxnet, que também parece ter como objetivo o Irã.

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Washington - O presidente americano, Barack Obama , aumentou os ciberataques contra o programa nuclear iraniano, inclusive depois que o vírus Stuxnet foi difundido acidentalmente em 2010, segundo a edição desta sexta-feira do The New York Times.

A operação começou no governo do presidente George W. Bush com o nome de "Olympic Games" (Jogos Olímpicos) e é o primeiro ciberataque lançado contra outro país pelos Estados Unidos que se tem conhecimento usando códigos falsos desenvolvidos por Israel, diz o Times.

O jornal nova-iorquino destaca que o artigo está baseado em 18 meses de entrevistas com altos funcionários e ex-autoridades dos americanas, europeias e israelenses, e adaptado do livro "Confront and Conceal: Obama's Secret Wars and Surprising Use of American Power," (Confrontar e esconder: as guerras secretas de Obama e o surpreendente uso do poder americano) de David Sanger, que será publicado na próxima semana).

O ciberataque, destinado a impedir que o Irã fabrique armas nucelares e a dissuadir Israel de um ataque militar preventivo contra Teerã, semeou a confusão na usina nuclear iraniana de Natanz, segundo o Times.

Contudo, altos membros da administração consideraram suspendê-lo, depois que o Stuxnet - um complexo vírus de informática desenvolvido em conjunto com Israel - "escapou" e começou a aparecer nos sistemas de informática de vários países, afirma o Times.

De qualquer maneira, Obama ordenou a continuação dos ataques e, uma semana depois do vazamento do Stuxnet, uma nova versão do vírus fez cair temporariamente 1.000 das 5.000 centrífugas nucleares com que o Irã contava nesse momento, segundo o jornal.

Os especialistas suspeitavam há tempos que o Stuxnet, projetado para atacar os sistemas de controle de informática fabricados pela gigante alemã Siemens, era de origem americana e israelense, mas nenhum dos dois países tinha admitido participar da operação.

Um porta-voz do Pentágono, o capitão John Kirby, se negou a comentar em detalhes a matéria, mas disse que Obama e o secretário de Defesa, Leon Panetta, priorizam a capacidade cibernética.

"Como dissemos reiteradamente - e o presidente e o secretário deixaram claro - o setor cibernético é um domínio que requer uma constante avaliação e uma constante consideração e em que precisamos melhorar o leque de capacidades que temos no ciberespaço", disse Kirby aos jornalistas.

O ocidente acusa o Irã de buscar armas nucleares no âmbito de um programa civil, feito que Teerã nega, insistindo que seu programa tem objetivos exclusivamente pacíficos.

A matéria do Times foi publicada dias depois que especialistas do laboratório russo Kaspersky, uma importante empresa de software de anti-vírus, descobriu "Flame," um sofisticado vírus, várias vezes maior que Stuxnet, que também parece ter como objetivo o Irã.

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