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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h37.
Washington - A empresa BP disse nesta quarta-feira que está prestes a dominar o vazamento de petróleo no golfo do México, e a Casa Branca celebrou o "começo do fim" dos seus esforços para conter o pior vazamento na história dos Estados Unidos.
Após meses de reveses nos seus esforços para interromper permanentemente o jorro de petróleo no leito marinho, a BP disse que a lama injetada nesta terça-feira está "sufocando" o poço Macondo.
Animada, a empresa já fala em pular a próxima etapa --injetar cimento--, guardando isso para depois que um poço auxiliar terminar de ser escavado, ainda neste mês.
A gigante energética britânica, que perdeu cerca de 40 por cento do seu valor de mercado e teve a imagem muito abalada por causa do incidente, disse ter alcançado um "marco significativo."
"A longa batalha para parar o vazamento e conter o óleo está finalmente chegando ao fim", disse o presidente Barack Obama, cuja aprovação popular também foi abalada pelo episódio.
O vazamento a 1.600 metros de profundidade começou em 20 de abril, quando a plataforma Deepwater Horizon explodiu e afundou, matando 11 funcionários. O petróleo jorrou então ininterruptamente por quase três meses, até um tampamento provisório em 15 de julho.
A operação ora em andamento, chamada de "morte estática", consiste em duas etapas. O poço auxiliar é considerado a solução definitiva, pois interceptará o poço Macondo abaixo da parte danificada, tampando o reservatório de petróleo a 4.000 metros de profundidade abaixo do leito marinho.
Cadê o petróleo?
Enquanto a BP anuncia o sucesso da operação, cientistas do governo disseram que cerca de metade do óleo que vazou foi capturada, queimada, recolhida ou evaporada, e que outro quarto se dispersou naturalmente ou sob a ação de substâncias químicas.
O restante está na superfície ou logo abaixo - na forma de "um brilho leve ou de bolas de piche" -, foi dar à praia ou acabou enterrado sob a areia e sedimentos no fundo do mar.
O acidente causou graves prejuízos ambientais e econômicos na costa sul dos Estados Unidos.
Jane Lubchenco, diretora da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, disse que o óleo remanescente é "desprezível", mas admitiu que o material disperso, mesmo em partículas microscópicas, continua sendo altamente tóxico para as criaturas marinhas.
"Continuamos preocupados com os impactos de longo prazo nos manguezais e na vida selvagem, mas também sob a superfície, e estamos ativamente estudando isso", afirmou ela.
"A quantidade total de óleo foi imensa, e o impacto deve ser considerável, embora a Mãe Natureza esteja ajudando o esforço federal."
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