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Obama afirma que votaria em Angela Merkel "se fosse alemão"

A conservadora Merkel não se pronunciou até agora sobre se tentará sua reeleição para um eventual 4º mandato no pleito geral previsto para setembro de 2017

Merkel e Obama: "Se eu fosse daqui, se fosse alemão, seria seu simpatizante e lhe daria o meu voto" (Fabrizio Bensch/Reuters)
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EFE

Publicado em 17 de novembro de 2016 às 16h30.

Berlim - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama , não quis opinar nesta quinta-feira se a chanceler da Alemanha, Angela Merkel , deveria tentar sua reeleição como chefe de governo, mas revelou que, se ele fosse alemão, votaria nela.

"Não me misturo na política alheia. O único que posso dizer é que Merkel é uma aliada extraordinária e seguramente a única entre nossos aliados mais próximos que estava no cargo quando eu cheguei ao meu", disse Obama, que acrescentou que ambos são "veteranos", em um comparecimento conjunto com Merkel após uma reunião em Berlim.

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"Se eu fosse daqui, se fosse alemão, seria seu simpatizante e lhe daria o meu voto", acrescentou Obama, para em seguida acrescentar, com certa ironia, que não tem certeza se tal recomendação seria boa para ela.

A conservadora Merkel não se pronunciou até agora sobre se tentará sua reeleição para um eventual quarto mandato no pleito geral previsto para setembro de 2017, mas espera-se que ela divulgue em breve sua decisão sobre o assunto.

Além disso, o democrata Obama se referiu indiretamente a sua primeira visita a Berlim, ainda como candidato à presidência dos EUA em julho de 2008, e ao fato de que Merkel, que está há 11 anos no cargo, já ocupava a chefia de governo da Alemanha.

Naquela época, Merkel impediu que o então candidato democrata pronunciasse um comício diante do Portão de Brandemburgo, o que o obrigou a buscar um lugar alternativo, pois a chanceler considerou que isto seria uma atitude eleitoreira, e que não caberia a ela se envolver no processo político de outro país.

Isso marcou de certa maneira a relação pessoal entre os dois líderes, ao que seguiu o mal-estar em Berlim pelo escândalo de espionagem em massa por parte dos EUA sobre seus aliados, incluído o telefone celular de Merkel.

Obama, no entanto, definiu em várias ocasiões a chanceler como sua "melhor e mais próxima aliada".

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