O mundo chega hoje a 3 milhões de casos de coronavírus
Só a cidade de Nova York registrou até agora mais casos e mais mortes do que a soma dos países do Hemisfério Sul
Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2020 às 06h20.
Última atualização em 27 de abril de 2020 às 06h31.
A pandemia do novo coronavírus está batendo hoje a marca de 3 milhões de casos no mundo. Às 7h desta segunda-feira, os dados compilados pela universidade americana Johns Hopkins apontavam 2,980 milhões de casos confirmados. Os números mostram a manutenção do ritmo de avanço dos casos nas últimas quatro semanas.
Desde que a Organização Mundial da Saúde recebeu da China o primeiro alerta de um surto da covid-19 na cidade de Wuhan, em 31 de dezembro de 2019, passaram-se 93 dias para o mundo chegar a 1 milhão de casos confirmados da doença, marca atingida em 2 de abril. O segundo milhão de casos foi registrado 13 dias depois, em 15 de abril. E o terceiro milhão está sendo batido 12 dias depois, nesta segunda-feira.
Embora a presença do novo coronavírus já tenha sido constatada em 185 países e regiões, sua distribuição ao redor do mundo tem sido desigual. Os casos de subnotificação impedem um retrato fiel da realidade, mas os dados disponíveis apontam que os países situados no Hemisfério Norte representam hoje 95% dos casos confirmados e 97% do total de 206.640 mortes. Nove entre as dez maiores economias do mundo estão no Hemisfério Norte, que concentra 92% do PIB global.
Já os países localizados abaixo da linha do Equador, onde se encontra a maior parte do Brasil, representam 5% dos casos confirmados e 3% dos óbitos. Esses países abrigam 12% da população do mundo, pouco mais de 900 milhões de pessoas. Ao todo, os países do Hemisfério Sul registram até agora cerca de 151.000 casos e 7.000 mortes por covid-19.
Nos Estados Unidos, o país com maior número de casos confirmados até agora, só a cidade de Nova York, que tem 8,4 milhões de habitantes, já contabilizou 158.000 casos e 11.700 mortes. No estado de Nova York, são 288.000 casos e 17.000 mortes. A boa notícia é que, ontem, o número de óbitos no estado americano caiu abaixo de 400 pela primeira vez no mês de abril, sinalizando que foi atingido o pico.
Ao todo, os Estados Unidos respondem por 32% dos casos e 23% dos óbitos por covid-19 no mundo. O elevado número de casos em relação ao de óbitos pode ser explicado pelo avanço dos testes para verificar a presença do coronavírus. Os Estados Unidos são o país que mais realizaram testes até agora – quase 5,5 milhões, segundo o site Worldometers. No Brasil, foram realizados 292.000 testes.
A Europa representa quase a metade dos casos confirmados no mundo (47%), mas tem uma fatia proporcionalmente maior de óbitos (60%).
Já a Ásia, região onde foram descobertos os primeiros casos de covid-19 e que concentra 60% da população global, está hoje numa situação mais confortável: 12% dos casos confirmados e 7% das mortes.
A África, apesar do avanço da pandemia em países como África do Sul, Egito e Marrocos, praticamente ainda não entrou nas estatísticas: representa apenas 1% do total do mundo, tanto em número de casos confirmados como em número de mortes.
A América do Sul, com o Brasil à frente, representa 4% dos casos confirmados e 3% das mortes. Segundo balanço do Ministério da Saúde, o Brasil tinha até ontem 61.888 casos confirmados e 4.205 óbitos.