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Nuvem de gafanhotos — desta vez gigantes — volta a ameaçar Argentina

Insetos estão se aproximando das províncias de Santa Fé, Entre Rios, San Luis e de Pergamino, próximo a Buenos Aires

Gafanhotos: nos últimos meses, duas nuvens de gafanhotos no Paraguai e na Argentina já haviam despertado alertas nas lavouras (Baz Ratner/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de agosto de 2020 às 18h07.

Última atualização em 21 de agosto de 2020 às 19h12.

Após as grandes nuvens de gafanhotos relatadas pelo país há alguns meses, a Argentina decretou, por meio do Serviço de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), um novo alerta fitossanitário na quarta-feira, 19, devido à incidência de uma nova espécie do inseto que circula no país — que é quase três vezes maior do que as que normalmente circulam nas lavouras locais.

O nome do inseto é Tropidacris collaris, conhecido como tucura quebrachera. Segundo o Senasa, o alerta vai até 31 de março de 2021 e tem como objetivo implementar medidas de manejo coordenado junto aos produtores para diminuir o impacto dos gafanhotos.

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Na definição do Senasa, as tucuras são insetos que "comem muito, alimentando-se de quase todas as plantas, incluindo plantações, pastagens e flora nativa", e, portanto, "podem afetar a atividade agropecuária de forma direta e a pecuária de forma indireta, pois reduz a disponibilidade de recursos forrageiros."

Os insetos estão se aproximando das províncias de Santa Fé, Entre Rios, San Luis e de Pergamino, próximo a Buenos Aires, afirma a Senasa, e causaram danos em lavouras de soja, milho, algodão e sorgo, além de matas nativas e pastagens.

Nos últimos meses, duas nuvens de gafanhotos no Paraguai e na Argentina já haviam despertado alertas nas lavouras. Os gafanhotos ameaçavam, inclusive, chegar ao estado do Rio Grande do Sul.

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