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Número de mortos em ataque terrorista no Egito passa de 230

Terroristas colocaram artefatos explosivos de fabricação caseira ao redor da mesquita de Al Rauda, situada no distrito de Bear al Abd

Ataque no Sinai: presidente egípcio, Abdul Fatah al Sisi, está reunido com o Conselho de Defesa Nacional para analisar o ataque (STRINGER/AFP)
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AFP

Publicado em 24 de novembro de 2017 às 12h36.

Última atualização em 24 de novembro de 2017 às 14h01.

Ao menos 235 pessoas morreram nesta sexta-feira em um ataque contra uma mesquita no norte do Sinai egípcio realizado por homens armados no momento da grande oração semanal, o atentado mais sangrento ocorrido no Egito nos últimos anos.

O atentado, que ainda não foi reivindicado, aconteceu na mesquita Al-Rawda, no vilarejo de Bir al-Abed, a oeste de Al-Arish, a capital da província do Sinai do Norte, região onde as forças de segurança combatem a facção egípcia do grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

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Segundo autoridades locais, os criminosos explodiram uma bomba antes de abrirem fogo contra as pessoas na mesquita, entre elas membros do exército.

O líder de um grupo de beduínos que combate o EI declarou à AFP que esta mesquita é conhecida como um local de reunião dos sufis, adeptos de uma corrente mística do Islã considerada como herética pelo grupo extremista.

A presidência decretou três dias de luto nacional.

Desde 2013 e a destituição pelas Forças Armadas do presidente islamita Mohamed Mursi, grupos jihadistas, incluindo a facção egípcia do EI, atacam regularmente as forças de segurança egípcias no Sinai do Norte.

Muitos policiais e soldados, bem como civis, já morreram nesses ataques.

A facção local do EI também reivindicou vários ataques contra civis, incluindo cristãos e sufis.

Mais de 100 cristãos, principalmente coptas, foram mortos no último ano em ataques a igrejas ou ataques direcionados no Sinai e em todo o país.

Em fevereiro, os cristãos de Al-Arich fugiram em massa após uma série de ataques violentos contra a sua comunidade.

Os jihadistas também decapitaram um líder sufista no ano passado, acusando-o de praticar magia, e sequestraram vários seguidores do sufismo, liberados após "se arrependerem".

O Egito também é ameaçado por extremistas islâmicos próximos à rede Al-Qaeda que operam a partir da Líbia na fronteira oeste do país.

Um grupo chamado Ansar al-Islam ("Partidários do Islã" em árabe) reivindicou uma emboscada em outubro no deserto egípcio que matou pelo menos 16 policiais.

O exército então realizou ataques aéreos em represália, matando o líder do grupo, Emad al-Din Abdel Hamid, um oficial militar procurado depois de se juntar a um grupo afiliado à Al-Qaeda no reduto jihadista líbio de Derna.

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