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Número de menores que cruzaram fronteira dos EUA cresceu 77%

Número de menores que cruzaram sozinhos a fronteira entre México e Estados Unidos cresceu 77% em 2014

Fronteira entre EUA e México: 68.541 menores foram detidos entre outubro de 2013 e setembro de 2014 (John Moore/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 09h43.

Washington - O número de menores que cruzaram sozinhos a fronteira entre México e Estados Unidos cresceu 77% em 2014, após ser registrada uma das piores crises migratórias das últimas décadas.

Ao todo, 68.541 menores foram detidos quando tentavam entrar nos EUA entre 1 de outubro de 2013 e 30 de setembro deste ano, frente aos 38.759 do ano anterior, segundo o último relatório do Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça (CBP, sigla em inglês).

O aumento se deve principalmente à crise migratória da primavera e do verão, que chegou à maior intensidade em junho, quando mais de 10 mil menores de idade vindos de Honduras, El Salvador, Guatemala e México cruzaram a sós a fronteira sul dos Estados Unidos.

Esse movimento diminuiu nos meses seguintes perante as medidas adotadas pelo governo de Barack Obama, que classificou a situação como "crise humanitária", e as mensagens das autoridades dos países de origem para alertar sobre os perigos da viagem, além da chegada das altas temperaturas.

Em julho, o número de menores detidos ao atravessar a fronteira foi reduzido à metade, 5.501, enquanto em agosto o número foi de 3.141, detalhou o secretário de Segurança Nacional, Jeh Johnson, na quinta-feira, em uma conferência no Centro de Estudos Internacionais e Estratégicos (CSIS, sigla em inglês) de Washington.

Em setembro, continuou a tendência e o número de menores que cruzaram sozinhos a fronteira foi reduzido a 2.424, anunciou Johnson.

"No final de junho e em julho, milhões de americanos viram as imagens de centros cheios de crianças", lembrou, para ressaltar que agora a entrada de menores desacompanhados está "em seu número mais baixo desde janeiro de 2013".

Johnson reconheceu que embora "o pior tenha passado", os fatores econômicos e sociais que provocaram a migração de junho "continuem a existir".

"A pobreza e a violência, fatores para sair de Honduras, Guatemala e El Salvador, seguem existindo. A economia de nosso país, um fator para virem, está melhorando. Ainda podemos e devemos fazer muito", concluiu.

São Paulo – A Letônia é o país que tem as piores condições para receber imigrantes , segundo o índice MIPEX, produzido em parceira entre o British Council e a organização europeia para políticas de imigração Migration Policy Group, revisado periodicamente. O ranking avaliou países europeus, o Canadá e os Estados Unidos. Recentemente, a pesquisa também incluiu o Japão (que ficou em 29º lugar do ranking) e a Austrália (que figurou em quinto lugar). Foram analisados 33 países no total e, por conta desta metodologia, nenhum país da América Latina apareceu no ranking. O estudo aplicou uma nota de até 100 para sete áreas principais: mobilidade no mercado de trabalho, possibilidade de reunir a família no país, educação, participação do imigrante na política, residência de longo prazo, acesso à nacionalidade e políticas contra discriminação. Nenhuma nação alcançou a nota máxima. Confira nas fotos ao lado e confira os piores países para ser imigrante segundo a classificação geral, além da nota em cada um dos critérios estudados.
  • 2. 33º) Letônia – 31 pontos

    2 /12(Wikimedia Commons)

  • Veja também

    Mobilidade no mercado de trabalho: 36
    Possibilidade de reunir a família: 46
    Residência de longo prazo: 59
    Políticas contra discriminação: 25
    Participação política: 18
    Acesso à nacionalidade: 15
    Educação: 17
  • 3. 32º) Chipre – 35 pontos

    3 /12(Getty Images)

  • Mobilidade no mercado de trabalho: 21
    Possibilidade de reunir a família: 39
    Residência de longo prazo: 37
    Políticas contra discriminação: 59
    Participação política: 25
    Acesso à nacionalidade: 32
    Educação: 33
  • 4. 31º) Eslováquia – 36 pontos

    4 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 21
    Possibilidade de reunir a família: 53
    Residência de longo prazo: 50
    Políticas contra discriminação: 59
    Participação política: 21
    Acesso à nacionalidade: 27
    Educação: 24
  • 5. 30º) Malta – 37 pontos

    5 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 43
    Possibilidade de reunir a família:
    48
    Residência de longo prazo:
    64
    Políticas contra discriminação:
    36
    Participação política:
    25
    Acesso à nacionalidade:
    26
    Educação:
    16
  • 6. 29º) Japão – 38 pontos

    6 /12(Kiyoshi Ota/Getty Images)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 62
    Possibilidade de reunir a família:
    51
    Residência de longo prazo:
    58
    Políticas contra discriminação:
    14
    Participação política:
    27
    Acesso à nacionalidade:
    33
    Educação:
    19
  • 7. 28º) Lituânia – 40 pontos

    7 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 46
    Possibilidade de reunir a família:
    59
    Residência de longo prazo:
    57
    Políticas contra discriminação:
    55
    Participação política:
    25
    Acesso à nacionalidade:
    20
    Educação:
    17
  • 8. 27º) Bulgária – 41 pontos

    8 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 40
    Possibilidade de reunir a família: 51
    Residência de longo prazo: 57
    Políticas contra discriminação: 80
    Participação política: 17
    Acesso à nacionalidade: 24
    Educação: 15
  • 9. 26º) Polônia – 42 pontos

    9 /12(Wikimedia Commons)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 48
    Possibilidade de reunir a família: 67
    Residência de longo prazo: 65
    Políticas contra discriminação: 36
    Participação política: 13
    Acesso à nacionalidade: 35
    Educação: 29
  • 10. 25º) Áustria – 42 pontos

    10 /12(Getty Images)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 56
    Possibilidade de reunir a família: 41
    Residência de longo prazo: 58
    Políticas contra discriminação: 40
    Participação política: 33
    Acesso à nacionalidade: 22
    Educação: 44
  • 11. 24º) Suíça – 43 pontos

    11 /12(Mike Hewitt/Getty Images)

    Mobilidade no mercado de trabalho: 53
    Possibilidade de reunir a família: 40
    Residência de longo prazo: 41
    Políticas contra discriminação: 31
    Participação política: 59
    Acesso à nacionalidade: 36
    Educação: 45
  • 12. Agora veja a ponta contrária do ranking

    12 /12(Sean Gallup/Getty Images)

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