Mundo

Novo referendo no Reino Unido revogaria "Brexit", diz pesquisa

Pesquisa da empresa ComRes revelou que 55% dos indagados respaldaria agora a opção de continuar dentro da União Europeia

Brexit: apenas 30% dos consultados manifestou sua confiança em que Theresa May obterá um bom acordo de saída (Yves Herman/Reuters)

Brexit: apenas 30% dos consultados manifestou sua confiança em que Theresa May obterá um bom acordo de saída (Yves Herman/Reuters)

E

EFE

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 11h08.

Londres - Um hipotético novo referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE) revogaria o "Brexit", a decisão adotada por este país em 2016 de deixar o bloco comunitário, segundo revela uma pesquisa divulgada nesta sexta-feira.

A pesquisa, elaborada ontem pela empresa ComRes para o tabloide britânico "Daily Mirror" com entrevistas com mais de mil pessoas, revelou que 55% dos indagados respaldaria agora a opção de continuar dentro da UE, frente a 45% que optaria pela saída.

No referendo europeu realizado em 23 de junho de 2016, 52% da população optou pela saída do país, frente ao 48% que se mostrou partidário de continuar fazendo parte do bloco.

Os consultados, no entanto, mostraram pouca vontade de voltar às urnas sobre esse assunto, segundo o jornal, já que apenas 43% foi partidário de uma nova consulta, frente ao 51% contrário a esta ideia.

Em outro âmbito, apenas 30% dos consultados manifestou sua confiança em que a primeira-ministra britânica, Theresa May, obterá um bom acordo para o "Brexit" nas negociações com a UE, comparado com o 65% que opinou o contrário.

Esta pesquisa é divulgada um dia depois de o político britânico Nigel Farage, ex-líder do Partido da Independência do Reino Unido (UKIP), afirmar que talvez uma segunda consulta sobre a UE corroboraria a vitória do "Brexit".

Essas declarações de uma das figuras mais destacadas a favor da saída ressuscitaram neste país o debate sobre a conveniência de realizar uma segunda consulta.

Segundo opinou ontem o polêmico político à emissora britânica "Channel 5", uma nova votação sobre a continuidade na UE "terminaria com os lamentos" dos opositores da saída, prevista para março de 2019.

Farage considerou que "a porcentagem que votaria a favor da saída na próxima vez seria muito maior que o que houve na última vez".

Perante o rebuliço gerado pelas suas declarações, o político ressaltou, em declarações ao jornal "Daily Telegraph", que "não quer um segundo referendo", embora "tema que o parlamento imponha essa opção ao país".

Por sua parte, a primeira-ministra britânica reforçou que um segundo referendo representaria uma traição aos eleitores e derivaria em um acordo ruim com Bruxelas.

Acompanhe tudo sobre:BrexitReino UnidoUnião Europeia

Mais de Mundo

Violência após eleição presidencial deixa mais de 20 mortos em Moçambique

38 pessoas morreram em queda de avião no Azerbaijão, diz autoridade do Cazaquistão

Desi Bouterse, ex-ditador do Suriname e foragido da justiça, morre aos 79 anos

Petro anuncia aumento de 9,54% no salário mínimo na Colômbia