Novo "primeiro-ministro" do Vaticano assume funções
O novo secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, assume seu posto, em substituição ao cardeal Tarcisio Bertone
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2013 às 11h07.
Cidade do Vaticano - O novo secretário de Estado do Vaticano , Pietro Parolin, 58 anos e ex-núncio na Venezuela, assume nesta terça-feira seu posto, em substituição ao cardeal Tarcisio Bertone, em cerimônia presidida pelo papa Francisco .
Monsenhor Pietro Parolin, o novo "primeiro-ministro" e número 2 do Vaticano, colaborará com o Papa na tarefa de reformar a Igreja e seu governo, a Cúria.
A nomeação de Parolin, embaixador do Vaticano na Venezuela desde 2009, foi recebida favoravelmente. Ele é considerado um homem modeste, acessível, aberto e competente.
Terá menos poder que seus predecessores, já que se encarregará, principalmente, da diplomacia vaticana.
"É uma grande escolha, um homem eficiente, bom negociador, muito equilibrado", declarou o monsenhor Jean-Louis Tauran, atual ministro para o dialogo interreligioso e antigo chefe diplomático de João Paulo II.
Segundo fontes internas, Parolin deverá compartilhar o cargo com o "moderator Curiae", um coordenador entre os vários ministérios da Cúria Romana, um cargo que não foi criado, mas que o pontífice está delineando.
A posse de Parolin marca o início de uma nova era no Vaticano e do pontificado de Francisco, que deseja colocar em andamento a reforma da Cúria Romana.
Designado em agosto para o cargo, o novo número dois da Santa Sé surpreendeu por suas declarações sobre o celibato, ao afirmar que não é um dogma, e pela facilidade de acesso à imprensa.
Francisco, que respeita a tradição de que o Papa estrangeiro nomeia um italiano como braço direito, também aposta em favorecer o diálogo direto com sua equipe de trabalho.
A saída de Bertone, um salesiano sem experiência na gestão de assuntos diplomáticos e que está prestes a completar 79 anos, acontece após uma série de escândalos que atingiram a Igreja Católica nos últimos anos: pedofilia, Vatileaks e reforma das finanças do Vaticano.
Sua gestão foi marcada por rivalidades e intrigas nas altas esferas do Vaticano. Ele foi acusado de erros de administração, favoritismo e de adotar decisões questionáveis, embora sua honestidade nunca tenha sido colocada em xeque.
Apesar das acusações, Bento XVI o manteve até o fim em seu cargo.
Poliglota, considerado particularmente jovem para este posto, ele nasceu na região de Veneto, no nordeste da Itália. Seu pai era o dono de uma loja de ferragens e sua mãe era professora.
Ordenado sacerdote em abril de 1980, o padre Pietro Parolin estudou na Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma e em 1983 entrou para a Academia Pontifícia Eclesiástica, encarregada de formar o corpo diplomático da Santa Sé.
Seu primeiro cargo foi na Nigéria (de 1986 a 1989) e depois esteve no México, até novembro de 1992, quando o papa João Paulo II o nomeou para o posto de vice-secretário para as relações com o Estado, verdadeiro "número três" da diplomacia vaticana.
Na Secretaria de Estado, esteve a cargo das relações com os Estados, entre eles Espanha, Andorra, Itália e a República de San Marino.
O novo secretário de Estado do Vaticano trabalhou em vários assuntos delicados, como as relações com a China comunista, Vietnã e Israel.
Depois de passar pouco menos de sete anos a serviço dos secretários de Estado Angelo Sodano e Tarcisio Bertone, Bento XVI o nomeou em agosto de 2009 como núncio apostólico na Venezuela.
Bispo desde 2009, sua gestão das relações com a Venezuela estiveram marcadas pelas tensões entre o episcopado venezuelano e o governo de Hugo Chávez, falecido em março passado.
Cidade do Vaticano - O novo secretário de Estado do Vaticano , Pietro Parolin, 58 anos e ex-núncio na Venezuela, assume nesta terça-feira seu posto, em substituição ao cardeal Tarcisio Bertone, em cerimônia presidida pelo papa Francisco .
Monsenhor Pietro Parolin, o novo "primeiro-ministro" e número 2 do Vaticano, colaborará com o Papa na tarefa de reformar a Igreja e seu governo, a Cúria.
A nomeação de Parolin, embaixador do Vaticano na Venezuela desde 2009, foi recebida favoravelmente. Ele é considerado um homem modeste, acessível, aberto e competente.
Terá menos poder que seus predecessores, já que se encarregará, principalmente, da diplomacia vaticana.
"É uma grande escolha, um homem eficiente, bom negociador, muito equilibrado", declarou o monsenhor Jean-Louis Tauran, atual ministro para o dialogo interreligioso e antigo chefe diplomático de João Paulo II.
Segundo fontes internas, Parolin deverá compartilhar o cargo com o "moderator Curiae", um coordenador entre os vários ministérios da Cúria Romana, um cargo que não foi criado, mas que o pontífice está delineando.
A posse de Parolin marca o início de uma nova era no Vaticano e do pontificado de Francisco, que deseja colocar em andamento a reforma da Cúria Romana.
Designado em agosto para o cargo, o novo número dois da Santa Sé surpreendeu por suas declarações sobre o celibato, ao afirmar que não é um dogma, e pela facilidade de acesso à imprensa.
Francisco, que respeita a tradição de que o Papa estrangeiro nomeia um italiano como braço direito, também aposta em favorecer o diálogo direto com sua equipe de trabalho.
A saída de Bertone, um salesiano sem experiência na gestão de assuntos diplomáticos e que está prestes a completar 79 anos, acontece após uma série de escândalos que atingiram a Igreja Católica nos últimos anos: pedofilia, Vatileaks e reforma das finanças do Vaticano.
Sua gestão foi marcada por rivalidades e intrigas nas altas esferas do Vaticano. Ele foi acusado de erros de administração, favoritismo e de adotar decisões questionáveis, embora sua honestidade nunca tenha sido colocada em xeque.
Apesar das acusações, Bento XVI o manteve até o fim em seu cargo.
Poliglota, considerado particularmente jovem para este posto, ele nasceu na região de Veneto, no nordeste da Itália. Seu pai era o dono de uma loja de ferragens e sua mãe era professora.
Ordenado sacerdote em abril de 1980, o padre Pietro Parolin estudou na Universidade Pontifícia Gregoriana de Roma e em 1983 entrou para a Academia Pontifícia Eclesiástica, encarregada de formar o corpo diplomático da Santa Sé.
Seu primeiro cargo foi na Nigéria (de 1986 a 1989) e depois esteve no México, até novembro de 1992, quando o papa João Paulo II o nomeou para o posto de vice-secretário para as relações com o Estado, verdadeiro "número três" da diplomacia vaticana.
Na Secretaria de Estado, esteve a cargo das relações com os Estados, entre eles Espanha, Andorra, Itália e a República de San Marino.
O novo secretário de Estado do Vaticano trabalhou em vários assuntos delicados, como as relações com a China comunista, Vietnã e Israel.
Depois de passar pouco menos de sete anos a serviço dos secretários de Estado Angelo Sodano e Tarcisio Bertone, Bento XVI o nomeou em agosto de 2009 como núncio apostólico na Venezuela.
Bispo desde 2009, sua gestão das relações com a Venezuela estiveram marcadas pelas tensões entre o episcopado venezuelano e o governo de Hugo Chávez, falecido em março passado.