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Novo presidente do Paraguai acredita que será reconhecido por países vizinhos

Franco nega golpe e disse que irá estabelecer contato com os países vizinhos no "devido momento"

Federico Franco: em sua primeira coletiva, novo presidente do Paraguai admite que situação do país "não é fácil" (Reuters/Mario Valdez)
DR

Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2012 às 11h38.

Assunção - 'Aqui não há golpe', afirmou neste sábado o novo presidente do Paraguai , Federico Franco, que se mostrou confiante em conseguir o reconhecimento dos países vizinhos e prometeu estabelecer contato com eles no 'devido momento'.

Em sua primeira entrevista coletiva à imprensa internacional, Franco admitiu que sua situação do país 'não é fácil' e que 'há inconvenientes com a comunidade internacional', mas defendeu a legalidade do 'julgamento político' que ontem provocou o impeachment de Fernando Lugo.

'Aqui não há golpe, não há quebra institucional. É uma situação legal que a Constituição e as leis do meu país permitem para fazer uma mudança quando a situação se torna inviável', declarou.

'Estou tranquilo', acrescentou, destacando que sua prioridade é agora 'organizar a casa' para 'fazer contato com os países vizinhos em seu devido momento'.

Os governos de Argentina, Equador, Bolívia, República Dominicana e Venezuela qualificaram ontem como 'golpe de Estado' a cassação de Lugo e anunciaram que não vão reconhecer o novo chefe de Estado. Por sua vez, a Costa Rica chegou a oferecer asilo ao presidente destituído.


O Brasil, disseram hoje a Agência Efe fontes do Ministério das Relações Exteriores, está em consultas com os outros parceiros da União de Nações Sul-americanas (Unasul) antes de manifestar sua posição com relação ao novo governo do Paraguai.

Uma missão de chanceleres do bloco sul-americano tentou até ontem mediar a crise no país vizinho, alertando que poderia haver um 'racha' democrático se Lugo não recebesse garantias para sua defesa no julgamento político, devido à velocidade de todo o processo.

'A Unasul vai tomar sua decisão (...) Primeiro temos que receber a notificação (do bloco), os argumentos. O Paraguai é um país soberano, livre e independente. Sabemos da situação de crise, sabemos que os amigos de Unasul vão compreender a situação', afirmou Franco.

'Estou absolutamente seguro de que vão compreender a situação no Paraguai', disse, citando a aparente calmaria nas ruas e o apoio 'unânime' que recebeu da cúpula do poder no Paraguai, tanto da Igreja Católica, como dos partidos políticos.

Em relação à próxima cúpula do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), Franco disse que seu governo não recebeu um 'convite claro', e que não quer 'forçar a situação', pois sua prioridade 'é pôr a casa em ordem'.

Para tal efeito, anunciou novas nomeações ministeriais para a próxima segunda-feira, após as mudanças feitas já na noite de ontem nas pastas de Interior e Relações Exteriores.

Assim que os ministérios estiverem operacionais, o passo seguinte será fazer contato com os presidentes', declarou o novo governante.

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Assunção - 'Aqui não há golpe', afirmou neste sábado o novo presidente do Paraguai , Federico Franco, que se mostrou confiante em conseguir o reconhecimento dos países vizinhos e prometeu estabelecer contato com eles no 'devido momento'.

Em sua primeira entrevista coletiva à imprensa internacional, Franco admitiu que sua situação do país 'não é fácil' e que 'há inconvenientes com a comunidade internacional', mas defendeu a legalidade do 'julgamento político' que ontem provocou o impeachment de Fernando Lugo.

'Aqui não há golpe, não há quebra institucional. É uma situação legal que a Constituição e as leis do meu país permitem para fazer uma mudança quando a situação se torna inviável', declarou.

'Estou tranquilo', acrescentou, destacando que sua prioridade é agora 'organizar a casa' para 'fazer contato com os países vizinhos em seu devido momento'.

Os governos de Argentina, Equador, Bolívia, República Dominicana e Venezuela qualificaram ontem como 'golpe de Estado' a cassação de Lugo e anunciaram que não vão reconhecer o novo chefe de Estado. Por sua vez, a Costa Rica chegou a oferecer asilo ao presidente destituído.


O Brasil, disseram hoje a Agência Efe fontes do Ministério das Relações Exteriores, está em consultas com os outros parceiros da União de Nações Sul-americanas (Unasul) antes de manifestar sua posição com relação ao novo governo do Paraguai.

Uma missão de chanceleres do bloco sul-americano tentou até ontem mediar a crise no país vizinho, alertando que poderia haver um 'racha' democrático se Lugo não recebesse garantias para sua defesa no julgamento político, devido à velocidade de todo o processo.

'A Unasul vai tomar sua decisão (...) Primeiro temos que receber a notificação (do bloco), os argumentos. O Paraguai é um país soberano, livre e independente. Sabemos da situação de crise, sabemos que os amigos de Unasul vão compreender a situação', afirmou Franco.

'Estou absolutamente seguro de que vão compreender a situação no Paraguai', disse, citando a aparente calmaria nas ruas e o apoio 'unânime' que recebeu da cúpula do poder no Paraguai, tanto da Igreja Católica, como dos partidos políticos.

Em relação à próxima cúpula do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai), Franco disse que seu governo não recebeu um 'convite claro', e que não quer 'forçar a situação', pois sua prioridade 'é pôr a casa em ordem'.

Para tal efeito, anunciou novas nomeações ministeriais para a próxima segunda-feira, após as mudanças feitas já na noite de ontem nas pastas de Interior e Relações Exteriores.

Assim que os ministérios estiverem operacionais, o passo seguinte será fazer contato com os presidentes', declarou o novo governante.

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