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Novo premiê da Tunísia toma posse após renúncia de islamitas

Mehdi Jomaa tomou posse à frente de um governo interino até a realização das eleições neste ano

Então Ministro da Indústria, Mehdi Jomaa sorri em seu escritório em Túnis, na Tunísia (Anis Mili/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 16h38.

Túnis - O novo primeiro-ministro da Tunísia , Mehdi Jomaa, tomou posse nesta sexta-feira à frente de um governo interino até a realização das eleições neste ano, depois da renúncia do premiê Ali Larayedh, do governista partido islamita Ennahda, como parte de um acordo para a conclusão da transição do país para a democracia.

Jomaa, ex-ministro da Indústria, vai comandar um gabinete não-partidário, depois que os islamitas e seus opositores secularistas chegaram a um compromisso para pôr fim à crise política, passados três anos do levante contra o governo autocrata de Zine el-Abidine Ben Ali.

Depois da revolta contra Ben Ali, em 2011, a pequena nação norte-africana está mais perto de estabelecer uma democracia plena do que outros países da " Primavera Árabe ", especialmente o Egito, cujo presidente islamita foi deposto pelos militares e irá a julgamento.

Antes de se tornar ministro, Jomaa dirigia uma empresa de peças do setor aeroespacial, em Paris, e agora terá de adotar reformas econômicas pedidas por credores internacionais do país para conter o déficit, além de enfrentar a crescente ameaça de militantes islamitas.

"Eu não sou um fazedor de milagres, mas prometo fazer o melhor que puder... nós estamos fazendo tudo o que for possível para superar os problemas, para reformar o que pudermos reformar, e trazer a estabilidade de volta", disse Jomaa a repórteres no palácio presidencial.

O ex-premiê Larayedh, um islamita que passou anos na prisão durante o regime de Ben Ali, renunciou na quinta-feira. Jomaa vai formar seu gabinete nos próximos dias.

Desde o acordo firmado no fim do ano passado para a entrega do poder a um governo de tecnocratas, a Tunísia obteve progressos. A Assembleia Nacional está votando uma nova Constituição e foi nomeada uma comissão eleitoral de nove membros.

Mas muitos tunisianos estão preocupados com a alta do custo de vida e alguns veem poucas oportunidades econômicas três anos depois do levante que inspirou revoltas contra governos autocratas havia muito tempo no poder no Egito, Líbia e Iêmen.

Um dos países mais seculares do mundo árabe, a Tunísia está às voltas desde o levante popular com divisões sobre o papel do Islã e a ascensão de grupos de militantes. Mas o assassinato de dois líderes oposicionistas no ano passado foi o estopim de uma crise.

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Jomaa, ex-ministro da Indústria, vai comandar um gabinete não-partidário, depois que os islamitas e seus opositores secularistas chegaram a um compromisso para pôr fim à crise política, passados três anos do levante contra o governo autocrata de Zine el-Abidine Ben Ali.

Depois da revolta contra Ben Ali, em 2011, a pequena nação norte-africana está mais perto de estabelecer uma democracia plena do que outros países da " Primavera Árabe ", especialmente o Egito, cujo presidente islamita foi deposto pelos militares e irá a julgamento.

Antes de se tornar ministro, Jomaa dirigia uma empresa de peças do setor aeroespacial, em Paris, e agora terá de adotar reformas econômicas pedidas por credores internacionais do país para conter o déficit, além de enfrentar a crescente ameaça de militantes islamitas.

"Eu não sou um fazedor de milagres, mas prometo fazer o melhor que puder... nós estamos fazendo tudo o que for possível para superar os problemas, para reformar o que pudermos reformar, e trazer a estabilidade de volta", disse Jomaa a repórteres no palácio presidencial.

O ex-premiê Larayedh, um islamita que passou anos na prisão durante o regime de Ben Ali, renunciou na quinta-feira. Jomaa vai formar seu gabinete nos próximos dias.

Desde o acordo firmado no fim do ano passado para a entrega do poder a um governo de tecnocratas, a Tunísia obteve progressos. A Assembleia Nacional está votando uma nova Constituição e foi nomeada uma comissão eleitoral de nove membros.

Mas muitos tunisianos estão preocupados com a alta do custo de vida e alguns veem poucas oportunidades econômicas três anos depois do levante que inspirou revoltas contra governos autocratas havia muito tempo no poder no Egito, Líbia e Iêmen.

Um dos países mais seculares do mundo árabe, a Tunísia está às voltas desde o levante popular com divisões sobre o papel do Islã e a ascensão de grupos de militantes. Mas o assassinato de dois líderes oposicionistas no ano passado foi o estopim de uma crise.

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