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Novo ministro das Finanças egípcio diz que tem "missão nacional"

Samir Radwan tem como principal desafio combater o desemprego e a inflação; presidente do país mudou todo o gabinete para tentar conter os protestos

Protesto no Egito contra o presidente Mubarak: mudança em todo o ministério (Chris Hondros/Getty Images)

Protesto no Egito contra o presidente Mubarak: mudança em todo o ministério (Chris Hondros/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2011 às 15h09.

Cairo - O novo ministro das Finanças do Egito, Samir Radwan, tem uma "missão nacional" a cumprir em um momento crucial, mas ainda não recebeu instruções sobre políticas a seguir, disse à Reuters.

Radwan não deu detalhes sobre quaisquer modificações que possa vir a fazer, mas entre as reivindicações cruciais dos milhares de manifestantes que pedem a saída do presidente Hosni Mubarak estão salários mais altos, mais empregos e uma solução para a escalada dos preços.

Radwan enfrentará uma tarefa difícil, depois de uma semana de manifestações sem precedentes contra o governo ter praticamente feito a economia parar e mergulhado o sistema financeiro no caos.

Os bancos e a bolsa de valores ficarão fechados pelo terceiro dia na terça-feira, e, quando reabrirem, podem sofrer pressões, com investidores e egípcios buscando transferir fundos para fora do país.

Radwan disse que começará a trabalhar na terça-feira. Ele tomou posse no novo gabinete na segunda-feira, substituindo Youssef Boutros-Ghali. Mubarak demitiu o gabinete antigo na sexta-feira.

"É uma missão nacional em um momento muito crítico", disse o novo ministro das Finanças à Reuters.

"Ainda não comecei a trabalhar, vou começar amanhã pela manhã. Por enquanto, não recebi instruções do presidente, não há decisões sobre políticas econômicas; ainda é cedo para fazer ou dizer qualquer coisa", ele respondeu quando indagado sobre seus planos.

Samir Radwan tem Ph.D. em economia da Escola de Estudos Orientais e Africanos de Londres. Ele retornou ao Egito em 2004 depois de trabalhar por 28 anos na Organização Internacional do Trabalho (OIT), a agência da Organização das Nações Unidas (ONU) responsável pelos padrões de trabalho.

No Egito, ele foi consultor da Autoridade Geral para Investimentos, o órgão do governo egípcio que incentiva os investimentos estrangeiros e egípcios, e da Autoridade de Supervisão Financeira.

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