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Novo método de eleição na Itália causa erros, anulações e atrasos

O novo método eleitoral italiano é tão confuso que cédulas erradas foram enviadas para um colégio eleitoral em Roma

Primeiro-ministro italiano Paolo Gentiloni vota em Roma (REUTERS/Remo Casilli/Reuters)

Primeiro-ministro italiano Paolo Gentiloni vota em Roma (REUTERS/Remo Casilli/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de março de 2018 às 09h46.

Roma - Os italianos votam neste domingo nas eleições gerais do país com um sistema novo e confuso, que provocou atrasos em colégios de Palermo e anulações de votos em Roma porque as cédulas estavam erradas.

Os italianos acodem às urnas com um sistema eleitoral chamado "Rosatellum bis" que foi aprovado nos últimos meses e que serve para escolher os 630 deputados e 315 senadores, além de premiar as coalizões.

Este método é misto e consiste em que 36% das cadeiras de ambas as câmaras são atribuídas com um sistema majoritário baseado em circunscrições uninominais e 64% restantes de forma proporcional em candidaturas plurinominais.

O cidadão, quando se aproxima do colégio eleitoral, recebe por parte do presidente da mesa duas cédulas, uma rosa para a Câmara dos Deputados e outra amarela para o Senado.

As cédulas contêm em primeiro lugar os nomes dos candidatos que concorrem às distintas circunscrições uninomiais e embaixo as listas que os apoiam junto a quatro nomes de candidatos às circunscrições plurinominais, por isso que as cédulas em cada colégio eleitoral são diferentes.

Isto fez com que em Palermo 200 mil cédulas fossem colocadas em vários colégios com nomes equivocados.

O erro foi descoberto durante a madrugada e a delegação do Governo ordenou a reimpressão, mas nem todas chegaram a tempo e às 9h local (5h, em Brasília), duas horas após o horário previsto de abertura dos colégios italianos, havia alguns em Palermo que permaneciam fechados, mas eles já foram abertos.

Paralelamente, em um colégio de Roma um cidadão avisou ao presidente da mesa que os nomes dos candidatos ao Senado estavam errados, por isso que a votação ficou suspendida temporariamente até que foram entregues as cédulas corretas.

No entanto, o presidente da mesa abriu uma urna na qual já tinham votado 36 pessoas e anulou esses votos. A imprensa italiana informou que essas pessoas foram contactadas para que possam voltar para votar.

A forma de escolher os membros do próximo Parlamento da Itália tampouco é singela. Há três possibilidades: votar só em um candidato para uma circunscrição uninominal, em cujo caso também apoia o partido ou a toda a coalizão da qual faz parte.

Também é possível marcar uma cruz só no partido, e se apoia também o candidato da circunscrição uninominal, mas não toda a coalizão, e votar tanto no candidato da circunscrição uninominal como na formação que o apoia.

Até o momento, votaram o presidente da República, Sergio Mattarella, o secretário-geral do governamental Partido Democrata (PD), Matteo Renzi, e o atual primeiro-ministro em funções, Paolo Gentiloni.

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