Exame Logo

Novo governador da Sicília demite 21 jornalistas

Os profissionais custavam 3,2 milhões por ano

O novo governador da Sicília (sul), Rosario Crocetta: a equipe tinha salários exorbitantes, principalmente considerando-se que a Sicília está à beira da falência, argumentou (Marcello Paternostro/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de novembro de 2012 às 15h08.

Roma - O novo governador da Sicília (sul), Rosario Crocetta, decidiu demitir 21 jornalistas no cargo de chefe de redação que trabalhavam na região e custavam 3,2 milhões por ano, informou a imprensa local nesta terça-feira.

Contratados por seu antecessor, a equipe de jornalistas era mais numerosa do que a empregada pelo então primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.

Os salários dos jornalistas vão de 4 a 6.000 euros e até 12.000 euros para o assessor de imprensa na região da Sicília.

Mas esta era uma equipe com salários exorbitantes, principalmente considerando-se que a Sicília está à beira da falência.

"Com 3,2 milhões podemos pagar os salários de 200 trabalhadores temporários, que ganham 600 euros por mês e que não têm nem mesmo recursos para comprar o leite para as crianças", declarou Crocetta, recém-eleito governador da Sicília, que foi eleito em outubro contra todos os prognósticos neste reduto da direita.

Os jornalistas eram encarregados de escrever comunicados de imprensa, organizar coletivas e produzir um jornal on-line.

"Com 21 chefes de redação, poderíamos produzir ao mesmo tempo os jornais La Repubblica e Corriere della Sera (os dois maiores jornais do país)", brincou Crocetta.

Os jornalistas alertaram que exigem o cumprimento do contrato de trabalho nacional e pediram a defesa do sindicato.

"Eu não estou intimidado. Quando estava no comando da cidade de Gela consegui demitir da prefeitura a esposa de um chefe da máfia. Não tenho medo de nada", declarou.

Veja também

Roma - O novo governador da Sicília (sul), Rosario Crocetta, decidiu demitir 21 jornalistas no cargo de chefe de redação que trabalhavam na região e custavam 3,2 milhões por ano, informou a imprensa local nesta terça-feira.

Contratados por seu antecessor, a equipe de jornalistas era mais numerosa do que a empregada pelo então primeiro-ministro italiano, Silvio Berlusconi.

Os salários dos jornalistas vão de 4 a 6.000 euros e até 12.000 euros para o assessor de imprensa na região da Sicília.

Mas esta era uma equipe com salários exorbitantes, principalmente considerando-se que a Sicília está à beira da falência.

"Com 3,2 milhões podemos pagar os salários de 200 trabalhadores temporários, que ganham 600 euros por mês e que não têm nem mesmo recursos para comprar o leite para as crianças", declarou Crocetta, recém-eleito governador da Sicília, que foi eleito em outubro contra todos os prognósticos neste reduto da direita.

Os jornalistas eram encarregados de escrever comunicados de imprensa, organizar coletivas e produzir um jornal on-line.

"Com 21 chefes de redação, poderíamos produzir ao mesmo tempo os jornais La Repubblica e Corriere della Sera (os dois maiores jornais do país)", brincou Crocetta.

Os jornalistas alertaram que exigem o cumprimento do contrato de trabalho nacional e pediram a defesa do sindicato.

"Eu não estou intimidado. Quando estava no comando da cidade de Gela consegui demitir da prefeitura a esposa de um chefe da máfia. Não tenho medo de nada", declarou.

Acompanhe tudo sobre:DemissõesDesempregoEuropagestao-de-negociosItáliaMídiaPaíses ricosPiigsServiços

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame