Novo ataque com agente tóxico é profundamente preocupante, diz May
A primeira-ministra britânica afirmou que não economizará esforços para esclarecer os novos casos de envenenamento pelo agente tóxico Novichok
EFE
Publicado em 5 de julho de 2018 às 11h50.
Berlim - A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May , qualificou de "profundamente preocupante" o novo ataque com o agente tóxico de procedência russa Novichok em território britânico, do qual se soube ontem, e que deixou duas pessoas gravemente doentes.
Em declaração em Berlim junto com a chanceler alemã, Angela Merkel, com quem deve se reunir esta tarde para abordar a saída do Reino Unido da UE, May prometeu que a Polícia britânica "não economizará esforços para esclarecer o que aconteceu".
De acordo com a Polícia, o novo caso de envenenamento com um agente tóxico de procedência russa, aconteceu no dia 30 de junho no condado de Wiltshire, sul da Inglaterra, perto de Salisbury, onde o ex-agente duplo Sergei Skripal e sua filha Yulia foram atacados há três meses.
May, em declaração esta manhã, já tinha se solidarizado com os dois intoxicados por Novichok e prometeu todo seu apoio à comunidade de Wiltshire, que "tem que lidar com as consequências de duas pessoas expostas ao agente químico".
"Todos os meus pensamentos estão com as vítimas e a população de Amesbury e Salisbury. Depois da descarada e temerária tentativa de assassinato dos Skripals com Novichok em março, a comunidade mostrou uma tremenda força, paciência e resistência", disse.
Os dois afetados, identificados como Charlie Rowley e Dawn Sturgess, estão hospitalizados em estado crítico, e as forças de segurança trabalham com a hipótese de que eles não eram o alvo deliberado de um ataque, mas um efeito colateral da ação contra os Skripal.
Como represália ao ataque de março, o Reino Unido e muitos outros países ocidentais expulsaram vários diplomatas russos dos seus territórios apesar de Moscou ter negado qualquer vínculo com os fatos.
May agradeceu hoje expressamente em Berlim à chanceler pelo "apoio da Alemanha nas recentes semanas".