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Novas sanções vão congelar investimentos em projetos russos

Os projetos agora sob ameaça incluem a perfuração de um programa importante da gigante norte-americana Exxon Mobil no Ártico russo

Pressão: as novas medidas são destinadas a pressionar ainda mais o presidente Vladimir Putin em relação às ações da Rússia na Ucrânia (Bloomberg)
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Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2014 às 15h11.

Moscou/Berlim - Novas sanções por parte dos Estados Unidos e da União Europeia contra Moscou vão resultar na suspensão abrupta da exploração de enormes reservas de petróleo no Ártico e de jazidas de óleo não convencional, além de complicar o financiamento de projetos russos, do Mar Cáspio até o Iraque e Gana.

Na sexta-feira, os Estados Unidos impuseram sanções sobre a Gazprom, a Gazprom Neft, Lukoil, Rosneft e Surgutneftegas, impedindo o apoio das empresas ocidentais aos projetos de exploração e produção de petróleo em águas profundas do Ártico ou de xisto. As novas medidas, destinadas a pressionar ainda mais o presidente Vladimir Putin em relação às ações da Rússia na Ucrânia, são uma extensão importante de sanções anteriores, que só proibiram a exportação de equipamentos de alta tecnologia para a indústria de petróleo da Rússia.

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Os projetos agora sob ameaça incluem a perfuração de um programa importante da gigante norte-americana Exxon Mobil no Ártico russo, que começou em agosto como parte de uma joint venture com a russa Rosneft.

Agora, este e dezenas de outros projetos acordados por Rosneft e Gazprom Neft com a Exxon, a anglo-holandesa Shell, com norueguesa Statoil e a italiana ENI têm de ser suspensos.

"Cortar as fontes de tecnologia e de bens e serviços dos Estados Unidos e da União Europeia para esses projetos faz com que seja impossível ou pelo menos extremamente difícil, esses projetos continuarem (...) Não há outros substitutos prontos em outros lugares", disse uma alta autoridade dos EUA em conferência de imprensa na sexta-feira.

As empresas têm 14 dias para parar suas atividades.

A Rússia, segundo maior exportador de petróleo do mundo, conta com suas reservas do Ártico e de petróleo não convencional para sustentar uma produção de cerca de 10,5 milhões de barris por dia de petróleo, em meio ao declínio da produção em campos mais antigos na Sibéria Ocidental.

Valery Nesterov, do banco estatal russo Sberbank, que também sofreu sanções da União Europeia e Estados Unidos, previu sérias complicações. "O que realmente me preocupa são as penalidades para o petróleo não convencional. Empresas russas não têm investido o suficiente em pesquisa e desenvolvimento. Dependem fortemente de tecnologias ocidentais e agora é tarde demais", disse ele.

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