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Novas mortes de imigrantes aumentam pressão por ação da UE

A chegada de imigrantes vindos do norte da África tem crescido nas últimas duas décadas

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2013 às 10h39.

Roma - Itália e Malta pressionaram seus parceiros europeus neste sábado a tomar atitudes para conter a crise de imigrantes que o premiê de Malta disse estar transformando o mar Mediterrâneo em um cemitério, após mais um barco afundar próximo à Sicília, matando dezenas de pessoas.

Barcos das marinhas italiana e maltesa recuperaram 34 corpos e resgataram 206 imigrantes depois do naufrágio na sexta-feira do barco em que estavam, a 60 milhas náuticas da costa da Sicília, e resgataram outros 200 em incidentes diferentes neste sábado.

O desastre de sábado aconteceu pouco mais de uma semana depois de centenas de pessoas vindas da Eritreia e Somália se afogarem quando barco em que estavam afundou a menos de um quilômetro de Lampedusa, uma pequena ilha entre a Sicília e Tunísia que se tornou o principal ponto de entrada na Europa para barcos de imigrantes.

A chegada de imigrantes vindos do norte da África tem crescido nas últimas duas décadas, com muitos realizando a viagem no verão, quando o Mediterrâneo está mais calmo.

Este ano, a crise se intensificou devido à instabilidade no Egito, a guerra civil na Síria e o caos na Líbia, ponto de partida de muitos dos barcos.

"Eu não sei quantas pessoas mais precisam morrer no mar antes que algo seja feito", disse o premiê de Malta, Joseph Muscat, em uma entrevista à BBC. Ele disse que iria se unir à Itália para pressionar o Conselho Europeu a agir.

"O fato é que do jeito que estão as coisas, estamos apenas fazendo um cemitério de nosso mar Mediterrâneo", disse ele.

Enquanto ele falava, barcos de patrulha italianos resgatavam mais 235 pessoas, incluindo crianças, de mais barcos migratórios em dificuldades próximos a Lampedusa. Equipes de resgate na própria ilha recuperaram mais 19 corpos do barco afundado na semana passada, aumentando o número de mortos para 358.

O premiê italiano, Enrico Letta, já havia pressionado para que a crise seja incluída na pauta do próximo encontro do Conselho Europeu, marcado para 24 e 25 de outubro, embora a Europa há muito se esforce para dar uma resposta compreensiva para a crise.

"Não podemos continuar assim", disse Letta em entrevista à rádio Europe 1 neste sábado. "Estamos numa situação em que os acontecimentos no norte da África, Eritreia, Somália, Síria nos deixa diante de uma emergência real." De acordo com estimativas do Alto Comissariado para Refugiados da ONU, cerca de 32 mil imigrantes chegaram ao sul da Itália e Malta até agora neste ano, dois terços dos quais entraram com pedidos de asilo.

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Roma - Itália e Malta pressionaram seus parceiros europeus neste sábado a tomar atitudes para conter a crise de imigrantes que o premiê de Malta disse estar transformando o mar Mediterrâneo em um cemitério, após mais um barco afundar próximo à Sicília, matando dezenas de pessoas.

Barcos das marinhas italiana e maltesa recuperaram 34 corpos e resgataram 206 imigrantes depois do naufrágio na sexta-feira do barco em que estavam, a 60 milhas náuticas da costa da Sicília, e resgataram outros 200 em incidentes diferentes neste sábado.

O desastre de sábado aconteceu pouco mais de uma semana depois de centenas de pessoas vindas da Eritreia e Somália se afogarem quando barco em que estavam afundou a menos de um quilômetro de Lampedusa, uma pequena ilha entre a Sicília e Tunísia que se tornou o principal ponto de entrada na Europa para barcos de imigrantes.

A chegada de imigrantes vindos do norte da África tem crescido nas últimas duas décadas, com muitos realizando a viagem no verão, quando o Mediterrâneo está mais calmo.

Este ano, a crise se intensificou devido à instabilidade no Egito, a guerra civil na Síria e o caos na Líbia, ponto de partida de muitos dos barcos.

"Eu não sei quantas pessoas mais precisam morrer no mar antes que algo seja feito", disse o premiê de Malta, Joseph Muscat, em uma entrevista à BBC. Ele disse que iria se unir à Itália para pressionar o Conselho Europeu a agir.

"O fato é que do jeito que estão as coisas, estamos apenas fazendo um cemitério de nosso mar Mediterrâneo", disse ele.

Enquanto ele falava, barcos de patrulha italianos resgatavam mais 235 pessoas, incluindo crianças, de mais barcos migratórios em dificuldades próximos a Lampedusa. Equipes de resgate na própria ilha recuperaram mais 19 corpos do barco afundado na semana passada, aumentando o número de mortos para 358.

O premiê italiano, Enrico Letta, já havia pressionado para que a crise seja incluída na pauta do próximo encontro do Conselho Europeu, marcado para 24 e 25 de outubro, embora a Europa há muito se esforce para dar uma resposta compreensiva para a crise.

"Não podemos continuar assim", disse Letta em entrevista à rádio Europe 1 neste sábado. "Estamos numa situação em que os acontecimentos no norte da África, Eritreia, Somália, Síria nos deixa diante de uma emergência real." De acordo com estimativas do Alto Comissariado para Refugiados da ONU, cerca de 32 mil imigrantes chegaram ao sul da Itália e Malta até agora neste ano, dois terços dos quais entraram com pedidos de asilo.

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