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Nova Zelândia respeita 2 minutos de silêncio por vítimas de terremoto

País lembrou os mortos e desabrigados e o ato solene foi presidido pelo primeiro-ministro neozelandês, John Key

População lotou as igrejas ao completar uma semana do momento exato em que a terra tremeu pelo terremoto de 6,3 graus de magnitude na escala Richter (Getty Images)

População lotou as igrejas ao completar uma semana do momento exato em que a terra tremeu pelo terremoto de 6,3 graus de magnitude na escala Richter (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de março de 2011 às 06h53.

Sydney - A Nova Zelândia respeitou dois minutos de silêncio nesta terça-feira em memória das vítimas do terremoto de Christchurch, que deixou ao menos 155 mortos, embora haja a previsão de que o número final chegará a 240.

Às 12h51 do horário local (20h51 de segunda-feira em Brasília), o país lembrou os mortos e desabrigados na cidade, onde o ato solene foi presidido pelo primeiro-ministro neozelandês, John Key.

As bandeiras foram hasteadas a meio mastro em todo o país e a população lotou as igrejas ao completar uma semana do momento exato em que a terra tremeu pelo terremoto de 6,3 graus de magnitude na escala Richter.

Na "zona zero", as autoridades revisaram novamente a apuração de vítimas fatais, elevando o número a 155.

O diretor do serviço legista, Neil Maclean, comunicou em entrevista coletiva que até o momento foram identificados 16 cadáveres e que seus familiares já foram contatados, informou a emissora "TVNZ".

Maclean acrescentou que a Polícia revelará a identidade de outros 12 mortos na quarta-feira.

As autoridades neozelandesas não informaram por enquanto se há estrangeiros entre as vítimas, embora tenham dito que esperam que haja cidadãos de cerca de 20 nações.

Espanha e Tailândia, no entanto, confirmaram uma vítima fatal cada uma, e as Filipinas, que tinham dois mil cidadãos em Christchurch, rezam por 11 desaparecidos.

Os membros das equipes de socorro, que estão há sete dias removendo os escombros em busca de corpos, descartam encontrar sobreviventes.

As tarefas se viram dificultadas por constantes réplicas, sobretudo por uma de 4,3 graus na manhã desta terça-feira que novamente abriu fendas na calçada e levou centenas de cidadãos a abandonar suas casas pelo temor de outro terremoto.

O primeiro-ministro da Nova Zelândia se comprometeu a reconstruir a cidade e criar uma comissão de investigação para esclarecer por que tantos edifícios desabaram como castelos de cartas em uma área propensa à atividade sísmica como Christchurch, que há seis meses sofreu um tremor de 7 graus de magnitude.

"Temos que dar respostas ao povo e aprender lições com esta experiência. Talvez seja uma ação natural, mas devemos isso ao povo", indicou o líder neozelandês.

A catástrofe também afetará a economia, que levará vários meses para se recuperar, já que serão altas as cifras destinadas a indenizações e reconstrução.

O ministro das Finanças, Bill English, adiantou que o Produto Interno Bruto não crescerá pelo até menos junho, e alguns analistas advertiram que a fatura pelo tremor de terra poderá chegar a US$ 12 bilhões.

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