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Nova York prorroga toque de recolher e protestos continuam; veja fotos

A morte de George Floyd acendeu protestos contra o racismo nos Estados Unidos; Em Nova York, mais de mil pessoas foram presas e toque de recolher é ampliado

Manifestações em Nova York pela morte de George Floyd: cidade teve o toque de recolher ampliado em razão dos tumultos e mais de duas mil pessoas já foram presas na cidade (Mike Segar/Reuters)

Manifestações em Nova York pela morte de George Floyd: cidade teve o toque de recolher ampliado em razão dos tumultos e mais de duas mil pessoas já foram presas na cidade (Mike Segar/Reuters)

Ligia Tuon

Ligia Tuon

Publicado em 2 de junho de 2020 às 18h18.

Última atualização em 2 de junho de 2020 às 18h25.

A cidade de Nova York (Estados Unidos) continua tomada por protestos contra o racismo e a violência policial, que estouraram após o caso George Floyd, um homem negro morto por policiais brancos na última semana em Minneapolis (Minnesota). 

Desde que as manifestações se iniciaram, na semana passada, mais de duas mil pessoas já foram presas e 700 delas só na última segunda-feira, dia em que Nova York foi tomada pela violência, com saques e confrontos entre manifestantes e policiais registrados por toda a cidade.

Como resultado, o toque de recolher será mantido até domingo, anunciou o prefeito Bill de Blasio nesta terça-feira (2). A medida foi imposta já na segunda-feira das 23h00 às 05h00, mas não foi respeitada. A partir de hoje, começará mais cedo, às 20h00, quando ainda estiver claro, e terminará às 05h00.

A violência da última noite não desanimou as pessoas, que foram às ruas novamente nesta terça. Novas manifestações foram convocadas, incluindo uma próxima ao quartel da polícia no sul de Manhattan, junto à ponte do Brooklyn.

O que está acontecendo nos Estados Unidos

Majoritariamente pacíficas, as manifestações em todo o país acontecem por causa da morte de George Floyd, um homem negro de 46 anos, pelas mãos de policiais brancos em Minneapolis há uma semana.

Porém, pequenos grupos de manifestantes aproveitaram para destruir vitrines de bancos e comércios, além de roubarem lojas luxuosas, principalmente de artigos esportivos e eletrodomésticos.

O governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, disse nesta terça em uma coletiva de imprensa que o prefeito subestimou a situação. "Não usaram força policial suficiente" para proteger o comércio, disse Cuomo. "O que aconteceu nesta última noite em Nova York é indesculpável", ressaltou.

Cuomo quer enviar membros da Guarda Nacional para reforçar a vigilância da cidade, mas isso deve ser solicitado pelo prefeito, que defende que o contingente policial de 38.000 agentes é suficiente para controlar a situação.

Muitas cidades do país decretaram toque de recolher para enfrentar a violência, entre elas Los Angeles, Houston e Washington DC.

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