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Nova onda de violência no Iraque deixa quase 40 mortos

Desde o início do ano, 200 pessoas morreram em média por mês em atentados no país

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2013 às 11h09.

Bagdá - Uma nova onda de violência no Iraque deixou nesta segunda-feira 26 mortos em uma série de atentados na capital, Bagdá, e em Basra (sul), horas após a morte de 24 policiais na noite de domingo em confrontos em uma região sunita no oeste do país.

Estes incidentes ressuscitam o fantasma da violência religiosa, que deixou dezenas de milhares de mortos após a invasão americana de 2003 no Iraque.

Nesta segunda-feira, sete carros-bomba e um artefato explosivo causaram a morte de ao menos 11 pessoas e deixaram outras 102 feridas em vários locais da capital, segundo fontes médicas e ministeriais.

Além disso, dois carros-bomba explodiram na cidade portuária de Basra, de maioria xiita, provocando a morte de 13 pessoas e deixando 48 feridas, segundo o chefe de serviços médicos municipais, Riyad Abdelamir.

Em Samarra, ao norte da capital iraquiana, a explosão de outro veículo com explosivos matou dois milicianos anti-Al-Qaeda e feriu 12 pessoas.

Até o momento, esta nova série de ataques não foi reivindicada.

Nas últimas semanas, muitos locais de culto sunitas e xiitas foram alvo de ataques, enquanto a tensão aumenta entre o governo de Nuri Al-Maliki, de confissão xiita, e os sunitas, que são minoria no país.

Desde o início do ano, 200 pessoas morreram a cada mês pelos atentados no país, e apenas em abril foram registradas 460 vítimas fatais, segundo um balanço da AFP. Em 2006-2007, os anos mais violentos no Iraque, mais de 1.000 pessoas morriam por mês.


Vinte e quatro policiais morreram na noite de domingo em confrontos na província iraquiana de Al-Anbar (oeste), de acordo com fontes policiais e médicas.

Os incidentes ocorreram durante uma tentativa de resgate de um grupo de policiais que foram sequestrados no sábado e durante o ataque a duas delegacias de polícia por parte de homens armados.

Doze policiais que estavam sequestrados morreram durante a tentativa de resgate e quatro ficaram feridos. Nos ataques contra duas delegacias de polícia, homens armados mataram 12 agentes em Al-Anbar, segundo as fontes.

Mohamed Hadi, um dos agentes sequestrados, disse à AFP que um grupo de homens armados sequestrou vários policiais no sábado na estrada que une Iraque e Jordânia, nesta província de maioria sunita do oeste.

Na noite de domingo, um comando conjunto do exército e da polícia tentou libertar os reféns, que se encontravam detidos em uma zona desértica. Mas durante a operação explodiram confrontos, indicou o tenente-coronel da polícia Majid Al Jlaybaui.

Os ataques contra delegacias de polícia ocorreram na cidade de Haditha, 210 km a noroeste de Bagdá.

A província de Al-Anbar é um dos núcleos de protestos contra um governo que os sunitas começaram em dezembro, que acusam o primeiro-ministro, o xiita Nuri al-Maliki, de acumular o poder e as autoridades de utilizar a legislação antiterrorista contra eles.

O governo fez algumas concessões, libertando prisioneiros e aumentando os salários das milícias Sahwa (milícia sunita que luta contra a Al-Qaeda). No entanto, o problema central não foi resolvido e as manifestações prosseguem.

*Matéria atualizada às 11h09

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Bagdá - Uma nova onda de violência no Iraque deixou nesta segunda-feira 26 mortos em uma série de atentados na capital, Bagdá, e em Basra (sul), horas após a morte de 24 policiais na noite de domingo em confrontos em uma região sunita no oeste do país.

Estes incidentes ressuscitam o fantasma da violência religiosa, que deixou dezenas de milhares de mortos após a invasão americana de 2003 no Iraque.

Nesta segunda-feira, sete carros-bomba e um artefato explosivo causaram a morte de ao menos 11 pessoas e deixaram outras 102 feridas em vários locais da capital, segundo fontes médicas e ministeriais.

Além disso, dois carros-bomba explodiram na cidade portuária de Basra, de maioria xiita, provocando a morte de 13 pessoas e deixando 48 feridas, segundo o chefe de serviços médicos municipais, Riyad Abdelamir.

Em Samarra, ao norte da capital iraquiana, a explosão de outro veículo com explosivos matou dois milicianos anti-Al-Qaeda e feriu 12 pessoas.

Até o momento, esta nova série de ataques não foi reivindicada.

Nas últimas semanas, muitos locais de culto sunitas e xiitas foram alvo de ataques, enquanto a tensão aumenta entre o governo de Nuri Al-Maliki, de confissão xiita, e os sunitas, que são minoria no país.

Desde o início do ano, 200 pessoas morreram a cada mês pelos atentados no país, e apenas em abril foram registradas 460 vítimas fatais, segundo um balanço da AFP. Em 2006-2007, os anos mais violentos no Iraque, mais de 1.000 pessoas morriam por mês.


Vinte e quatro policiais morreram na noite de domingo em confrontos na província iraquiana de Al-Anbar (oeste), de acordo com fontes policiais e médicas.

Os incidentes ocorreram durante uma tentativa de resgate de um grupo de policiais que foram sequestrados no sábado e durante o ataque a duas delegacias de polícia por parte de homens armados.

Doze policiais que estavam sequestrados morreram durante a tentativa de resgate e quatro ficaram feridos. Nos ataques contra duas delegacias de polícia, homens armados mataram 12 agentes em Al-Anbar, segundo as fontes.

Mohamed Hadi, um dos agentes sequestrados, disse à AFP que um grupo de homens armados sequestrou vários policiais no sábado na estrada que une Iraque e Jordânia, nesta província de maioria sunita do oeste.

Na noite de domingo, um comando conjunto do exército e da polícia tentou libertar os reféns, que se encontravam detidos em uma zona desértica. Mas durante a operação explodiram confrontos, indicou o tenente-coronel da polícia Majid Al Jlaybaui.

Os ataques contra delegacias de polícia ocorreram na cidade de Haditha, 210 km a noroeste de Bagdá.

A província de Al-Anbar é um dos núcleos de protestos contra um governo que os sunitas começaram em dezembro, que acusam o primeiro-ministro, o xiita Nuri al-Maliki, de acumular o poder e as autoridades de utilizar a legislação antiterrorista contra eles.

O governo fez algumas concessões, libertando prisioneiros e aumentando os salários das milícias Sahwa (milícia sunita que luta contra a Al-Qaeda). No entanto, o problema central não foi resolvido e as manifestações prosseguem.

*Matéria atualizada às 11h09

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