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Nova incursão chinesa em águas japonesas aumenta tensão

Os navios, dois de vigilância e um terceiro da administração pesqueira, navegaram durante sete horas a 20 km do arquipélago disputado pelos dois países

Barco da guarda costeira (abaixo) acompanha navio de patrulha chinês nas águas próximas às disputadas ilhas Senkaku: as ilhas podem possuir importantes reservas de hidrocarbonetos (Japan Coast Guard/AFP)
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Da Redação

Publicado em 24 de setembro de 2012 às 11h12.

Tóquio - Três navios de organismos oficiais chineses entraram nesta segunda-feira em águas territoriais de um arquipélago japonês reivindicado por Pequim, no mais recente episódio de até agora uma preocupante disputa entre os dois gigantes asiáticos.

Os navios, dois de vigilância e um terceiro da administração pesqueira, navegaram durante sete horas a uns 20 km de duas ilhas Senkaku, Kubashima e Wotsurijima, no Mar da China Oriental, anunciou a Guarda Costeira japonesa, que vigia as costas do arquipélago.

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Outros seis barcos chineses patrulhavam um pouco mais distante, nas imediações do limite dos 22 km que marcam a fronteira das águas territoriais japonesas.

O governo japonês enviou imediatamente através dos canais diplomáticos um firme protesto, indicou o porta-voz do governo, Osamu Fujimura.

Por outra parte, cerca de 80 pesqueiros taiuaneses zarparam nesta segunda-feira em direção ao questionado arquipélago a partir do nordeste de Taiwan, que também reivindica as ilhas.

Há várias semanas, Pequim e Tóquio enviam estas "expedições" navais em torno do arquipélago de Senkaku (Diaoyu para os chineses), situado 200 km a nordeste das costas de Taiwan e 400 km a oeste da ilha de Okinawa (sul do Japão).

Além de seu inegável valor estratégico, as ilhas talvez possuam importantes reservas de hidrocarbonetos submarinas.

No começo de setembro, a compra de três delas pelo governo japonês de seu proprietário particular, também japonês, irritou os chineses.


Pequim decidiu imediatamente enviar seis navios para o arquipélago, enquanto começava em toda a China uma semana de manifestações antijaponesas por vezes violentas.

O primeiro-ministro japonês, Yoshihiko Noda, advertiu que a intransigência da China poderá afetar sua própria economia, a do Japão e globalmente a economia mundial, em uma entrevista ao Wall Street Journal.

Os dois países são muito interdependente economicamente, com um volume de intercâmbios de 343 bilhões de dólares no ano passado.

Por fim, as autoridades chinesas puseram fim às manifestações de ruas antijaponesas, mas sem variar sua posição em relação ao litígio territorial.

Neste contexto, Pequim anunciou na véspera o adiamento da cerimônia comemorativa do 40º aniversário da normalização das relações entre China e Japão, prevista para 27 de setembro.

Em uma tentativa de diminuir a tensão, o Japão anunciou que enviará seu vice-chanceler à China nesta segunda-feira para uma visita de dois dias destinadas a suavizar a tensão diplomática causada por uma disputa territorial.

O vice-chanceler Chikao Kawai se reunirá com seu colega chinês para discutir uma ampla lista de questões bilaterais baseadas na atual situação, segundo uma fonte da chancelaria.

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