Nomes tradicionais da política brasileira deixarão o Senado em 2011
Estão fora Marco Maciel, Tasso Jereissati, Heráclito Fortes, Aloízio Mercadante e Arthur Virgílio
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.
Brasília - Nomes tradicionais da política brasileira como Marco Maciel (DEM), Tasso Jereissati (PSDB), Heráclito Fortes (DEM), Aloízio Mercadante (PT) e Arthur Virgílio (PSDB), entre outros, deixarão o Senado a partir de fevereiro de 2011, já que não se reelegeram nesse domingo (3). No caso de Mercadante, ele disputou o governo de São Paulo e perdeu em primeiro turno para Geraldo Alckmin (PSDB).
Maciel, por exemplo, foi eleito senador pela primeira vez em 1983. O parlamentar, oriundo da Arena, participou ativamente do processo de redemocratização do país e ocupou cargos importantes nesse período como ministro do governo Sarney e vice-presidente de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) por dois mandatos.
Os tucanos Arthur Virgílio e Tasso Jereissati, que tentaram a reeleição ao Senado, foram nos oito anos de governo Lula alguns dos mais combativos parlamentares de oposição. Ambos participaram de articulações de votação de temas importantes no Senado, como a derrubada da Contribuição sobre a Movimentação Financeira (CPMF).
O Senado também perderá parlamentares importantes da base governista, que deixaram seus mandatos para concorrer a governos estaduais, como Aloízio Mercadante (PT-SP), Ideli Salvatti (PT-SC) e Hélio Costa (PMDB-MG). Mercadante é o atual líder do partido e já ocupou a liderança do governo na Casa.
Salvatti, por sua vez, era líder do governo no Congresso, responsável pela articulação para aprovar a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), no primeiro semestre. Caso permaneça no cargo ao retornar para o fim de mandato, terá como missão negociar a aprovação do Projeto de Lei Orçamentária (LOA) para o próximo governo.
O candidato derrotado ao governo de Minas, Hélio Costa (PMDB-MG), é outro senador que ocupou cargos estratégicos no governo Lula. Foi, por exemplo, ministro das Comunicações, quando coordenou a implantação do sistema de sinal digital no país.
Em contrapartida, o Senado ganha nomes importantes na nova legislatura e terá a representação de três ex-presidentes: José Sarney (PMDB-AP), Fernando Collor (PTB-AL) e Itamar Franco (PPS-MG). Também foram eleitos nomes de peso como Aécio Neves (PSDB), ex-governador de Minas Gerais e ex-presidente da Câmara dos Deputados.
Outros ex-governadores que assumirão vagas no Senado são Roberto Requião (PMDB-PR), Eduardo Braga (PMDB-AM), Blairo Maggi (PR-MT), Marcelo Miranda (PMDB-TO), Jorge Viana (PT-AC) e Ivo Cassol (PP-RO).
Outro nome importante na renovação do Senado é o de Marta Suplicy (PT-SP), ex-prefeita de São Paulo. No início do segundo mandato, Marta foi ministra do Turismo do governo Lula. Ela deixou o primeiro escalão do governo para disputar, em 2008, a prefeitura de São Paulo, quando perdeu para Gilberto Kassab (DEM).
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