No deserto, artista transforma umidade relativa do ar em reservatórios de água
SunGlacier, uma estrutura em forma de folha, pretende acabar com problemas da falta de água em regiões muito secas
Da Redação
Publicado em 2 de janeiro de 2012 às 14h51.
São Paulo - Construir uma geleira no deserto parece impossível, mas o artista Ap Verheggen, juntamente com especialistas da Cofely Refrigeration, realizaram com sucesso os primeiros testes para provar o contrário.
A disponibilidade de água em países do Oriente Médio é crítica. Para acabar com problemas da falta deste recurso, Verheggen criou uma enorme estrutura em forma de folha chamada SunGlacier, que condensará a umidade relativa do ar no deserto para criar gelo e reservatórios de água.
O design é inspirado em uma folha – quem melhor aproveita a energia solar. A parte superior é coberta com painéis solares com 200 m2 de superfície. A energia conduzida é usada pelos condensadores do lado oposto que resfriarão a umidade relativa do ar presente na região. A umidade do ar vai congelar na superfície, criando gelo.
Verheggen, conhecido por projetos anteriores no Ártico [que atraiu a atenção mundial], em cooperação com a Cofely Refrigeration, especialista em técnica de resfriamento, provou que é possível criar uma geleira em um deserto em uma "simulação climática".
Eles descobriram que é possível criar gelo em condições extremas de calor e seca. Usando a energia solar na forma mais adequada, ele pode até ser feito sem adição de água. Este é um passo importante para realizar o projeto.
Verheggen enfrentou derretimentos das geleiras na Groenlândia no ano passado em seu projeto anterior: Cool(e)motion. Ele questionou se era possível criar uma geleira em outro local.
Para explorar os limites do que é possível, o artista escolheu a seca extrema do deserto. A obra de arte vai retirar o necessário para produzir gelo a partir do ar. O projeto é apoiado pela UNESCO-IHE, o instituto de formação de água da ONU, do qual Ap Verheggen é o embaixador cultural.
“Nós vivemos como peixes no oceano. Só não enxergamos isso”, disse o artista. "A quantidade absoluta de água no ar de um deserto seco não difere muito dos lugares mais verdes. O conceito de umidade relativa do ar é muitas vezes errado."
A empresa de refrigeração, juntamente com Verheggen conduziram testes para provar que com a energia solar podem ser feitas quantidades enormes de gelo. "Sabíamos que era possível em teoria, agora provamos na realidade, em uma câmara climática especialmente concebida".
As condições extremas do deserto são imitadas dentro da câmara. "Os resultados nos convence de que é possível criar lotes de gelo no deserto."
O recente trabalho do artista trata a relação entre as mudanças climáticas e a cultura humana. Segundo ele, "durante o último projeto, cool(e)motion, pudemos mostrar o quão rápido a cultura dos esquimós deverá mudar como resultado das mudanças climáticas. "
Ao mesmo tempo eu quero incentivar as pessoas a permanecerem positivas sobre o nosso futuro e usar a nossa capacidade criativa para encontrar soluções. Este projeto, portanto, é o próximo passo lógico e o fato de que ele funciona é uma grande notícia. O projeto SunGlacier demonstra a conexão dinâmica entre o clima e a cultura e quer ser um símbolo de esperança e de criatividade. "Com o projeto vamos mostrar que as coisas que parecem impossíveis podem ser possíveis, mesmo com a tecnologia existente."
Depois que todos os testes forem concluídos Verheggen começará sua busca por um local. "Estou convencido de que vamos encontrá-lo em breve", disse ele.
São Paulo - Construir uma geleira no deserto parece impossível, mas o artista Ap Verheggen, juntamente com especialistas da Cofely Refrigeration, realizaram com sucesso os primeiros testes para provar o contrário.
A disponibilidade de água em países do Oriente Médio é crítica. Para acabar com problemas da falta deste recurso, Verheggen criou uma enorme estrutura em forma de folha chamada SunGlacier, que condensará a umidade relativa do ar no deserto para criar gelo e reservatórios de água.
O design é inspirado em uma folha – quem melhor aproveita a energia solar. A parte superior é coberta com painéis solares com 200 m2 de superfície. A energia conduzida é usada pelos condensadores do lado oposto que resfriarão a umidade relativa do ar presente na região. A umidade do ar vai congelar na superfície, criando gelo.
Verheggen, conhecido por projetos anteriores no Ártico [que atraiu a atenção mundial], em cooperação com a Cofely Refrigeration, especialista em técnica de resfriamento, provou que é possível criar uma geleira em um deserto em uma "simulação climática".
Eles descobriram que é possível criar gelo em condições extremas de calor e seca. Usando a energia solar na forma mais adequada, ele pode até ser feito sem adição de água. Este é um passo importante para realizar o projeto.
Verheggen enfrentou derretimentos das geleiras na Groenlândia no ano passado em seu projeto anterior: Cool(e)motion. Ele questionou se era possível criar uma geleira em outro local.
Para explorar os limites do que é possível, o artista escolheu a seca extrema do deserto. A obra de arte vai retirar o necessário para produzir gelo a partir do ar. O projeto é apoiado pela UNESCO-IHE, o instituto de formação de água da ONU, do qual Ap Verheggen é o embaixador cultural.
“Nós vivemos como peixes no oceano. Só não enxergamos isso”, disse o artista. "A quantidade absoluta de água no ar de um deserto seco não difere muito dos lugares mais verdes. O conceito de umidade relativa do ar é muitas vezes errado."
A empresa de refrigeração, juntamente com Verheggen conduziram testes para provar que com a energia solar podem ser feitas quantidades enormes de gelo. "Sabíamos que era possível em teoria, agora provamos na realidade, em uma câmara climática especialmente concebida".
As condições extremas do deserto são imitadas dentro da câmara. "Os resultados nos convence de que é possível criar lotes de gelo no deserto."
O recente trabalho do artista trata a relação entre as mudanças climáticas e a cultura humana. Segundo ele, "durante o último projeto, cool(e)motion, pudemos mostrar o quão rápido a cultura dos esquimós deverá mudar como resultado das mudanças climáticas. "
Ao mesmo tempo eu quero incentivar as pessoas a permanecerem positivas sobre o nosso futuro e usar a nossa capacidade criativa para encontrar soluções. Este projeto, portanto, é o próximo passo lógico e o fato de que ele funciona é uma grande notícia. O projeto SunGlacier demonstra a conexão dinâmica entre o clima e a cultura e quer ser um símbolo de esperança e de criatividade. "Com o projeto vamos mostrar que as coisas que parecem impossíveis podem ser possíveis, mesmo com a tecnologia existente."
Depois que todos os testes forem concluídos Verheggen começará sua busca por um local. "Estou convencido de que vamos encontrá-lo em breve", disse ele.