Nigéria quer que tropas dos EUA lutem contra Boko Haram
O presidente da Nigéria, Goodluck Jonathan, deixou a entender em seu pedido que o Boko Haram criou ligações com o movimento Estado Islâmico.
Da Redação
Publicado em 13 de fevereiro de 2015 às 17h33.
Johanesburgo - O presidente da Nigéria , Goodluck Jonathan, afirmou nesta sexta-feira que pediu ao Exército dos Estados Unidos que envie soldados para o norte do país africano, uma região dominada por militantes islamitas.
O dirigente deixou a entender em seu pedido que o Boko Haram criou ligações com o movimento Estado Islâmico.
Na primeira entrevista com a mídia ocidental neste ano, cinco semanas antes de enfrentar uma eleição disputada, o presidente afirmou que ele tem feito o pedido aos EUA desde o começo de 2014.
Ao citar relatórios de inteligência, Goodluck Jonathan também sugeriu que os militantes do Boko Haram criaram laços com o Estado Islâmico, grupo jihadista cuja liderança tem base no Iraque e na Síria.
"Eles não estão lutando contra o Estado Islâmico? Por que eles não podem vir para a Nigéria?" disse ele, referindo-se à campanha aérea norte-americana.
"Olha, eles são nossos amigos. Se a Nigéria tem um problema, então eu espero que os EUA venham e nos ajudem."
Os EUA mantêm uma base de drones no Chade, a partir da qual conduzem voos de vigilância para monitorar o Boko Haram.
O país também forneceu treinamento e alguns equipamentos para as forças armadas nigerianas.
Alguns legisladores norte-americanos têm pedido um envolvimento mais profundo.
A seita islamita ainda estava lutando com arcos e flechas quando Jonathan herdou a presidência em 2010, após a morte de seu antecessor.
Depois de quase seis anos de invasões de bases militares e delegacias de polícia, Boko Haram está agora equipado com tanques, veículos blindados e canhões antiaéreos.
O grupo também ganha força com recrutas jovens, muitas vezes abduzidos de maneira forçada de aldeias no nordeste da Nigéria.
Quase 20 mil pessoas morreram no conflito, de acordo com o Conselho de Relações Exteriores em Nova York.
Os combates já desalojaram cerca de 1,5 milhão de pessoas. Até o final do ano passado, o Boko Haram ocupava uma faixa do tamanho da Bélgica na Nigéria.
Ultimamente, a dinâmica mudou contra os militantes. Tropas do Chade entraram na Nigéria, correndo atrás do Boko Haram e liberando o exército nigeriano para perseguir os militantes em seus redutos.
Dentro de seis a oito semanas, o presidente disse que "nós seremos capazes de assumir todos os territórios que eles estão mantendo".
Mas isso, segundo ele, poderia abrir caminho para uma nova fase, menos previsível do conflito. É nessa etapa que ele quer a participação das tropas dos EUA.
Para reforçar seu caso, ele disse que o Boko Haram está recebendo treinamento e fundos do Estado Islâmico.
"Eles estão fornecendo treinamento e fundos", disse. "Você pode ver o que o Estado Islâmico está fazendo para países poderosos como os EUA e outros que ainda se reúnem para enfrentá-los. O Boko Haram, a Nigéria tem enfrentado sozinha".
O Estado Islâmico aceitou promessas de fidelidade de grupos no Egito, Norte da África, Iêmen e Paquistão, mas até agora não estabeleceu uma relação formal com o Boko Haram.
O grau de cooperação entre a liderança do Estado Islâmico e estas filiais varia, mas raramente vai além da cooperação em matéria de propaganda e alguns financiamentos.
Autoridades norte-americanas disseram ver admiração mútua entre os dois grupos, mas suspeitam que o Estado Islâmico está relutante em fazer uma parceria com o Boko Haram.
Fonte: Associated Press.
Johanesburgo - O presidente da Nigéria , Goodluck Jonathan, afirmou nesta sexta-feira que pediu ao Exército dos Estados Unidos que envie soldados para o norte do país africano, uma região dominada por militantes islamitas.
O dirigente deixou a entender em seu pedido que o Boko Haram criou ligações com o movimento Estado Islâmico.
Na primeira entrevista com a mídia ocidental neste ano, cinco semanas antes de enfrentar uma eleição disputada, o presidente afirmou que ele tem feito o pedido aos EUA desde o começo de 2014.
Ao citar relatórios de inteligência, Goodluck Jonathan também sugeriu que os militantes do Boko Haram criaram laços com o Estado Islâmico, grupo jihadista cuja liderança tem base no Iraque e na Síria.
"Eles não estão lutando contra o Estado Islâmico? Por que eles não podem vir para a Nigéria?" disse ele, referindo-se à campanha aérea norte-americana.
"Olha, eles são nossos amigos. Se a Nigéria tem um problema, então eu espero que os EUA venham e nos ajudem."
Os EUA mantêm uma base de drones no Chade, a partir da qual conduzem voos de vigilância para monitorar o Boko Haram.
O país também forneceu treinamento e alguns equipamentos para as forças armadas nigerianas.
Alguns legisladores norte-americanos têm pedido um envolvimento mais profundo.
A seita islamita ainda estava lutando com arcos e flechas quando Jonathan herdou a presidência em 2010, após a morte de seu antecessor.
Depois de quase seis anos de invasões de bases militares e delegacias de polícia, Boko Haram está agora equipado com tanques, veículos blindados e canhões antiaéreos.
O grupo também ganha força com recrutas jovens, muitas vezes abduzidos de maneira forçada de aldeias no nordeste da Nigéria.
Quase 20 mil pessoas morreram no conflito, de acordo com o Conselho de Relações Exteriores em Nova York.
Os combates já desalojaram cerca de 1,5 milhão de pessoas. Até o final do ano passado, o Boko Haram ocupava uma faixa do tamanho da Bélgica na Nigéria.
Ultimamente, a dinâmica mudou contra os militantes. Tropas do Chade entraram na Nigéria, correndo atrás do Boko Haram e liberando o exército nigeriano para perseguir os militantes em seus redutos.
Dentro de seis a oito semanas, o presidente disse que "nós seremos capazes de assumir todos os territórios que eles estão mantendo".
Mas isso, segundo ele, poderia abrir caminho para uma nova fase, menos previsível do conflito. É nessa etapa que ele quer a participação das tropas dos EUA.
Para reforçar seu caso, ele disse que o Boko Haram está recebendo treinamento e fundos do Estado Islâmico.
"Eles estão fornecendo treinamento e fundos", disse. "Você pode ver o que o Estado Islâmico está fazendo para países poderosos como os EUA e outros que ainda se reúnem para enfrentá-los. O Boko Haram, a Nigéria tem enfrentado sozinha".
O Estado Islâmico aceitou promessas de fidelidade de grupos no Egito, Norte da África, Iêmen e Paquistão, mas até agora não estabeleceu uma relação formal com o Boko Haram.
O grau de cooperação entre a liderança do Estado Islâmico e estas filiais varia, mas raramente vai além da cooperação em matéria de propaganda e alguns financiamentos.
Autoridades norte-americanas disseram ver admiração mútua entre os dois grupos, mas suspeitam que o Estado Islâmico está relutante em fazer uma parceria com o Boko Haram.
Fonte: Associated Press.