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Nicolás Maduro anuncia candidatura à reeleição na Venezuela

Aceito a candidatura presidencial pela classe trabalhadora", afirmou o presidente da Venezuela

Maduro: "Estou preparado para permanecer presidente" (Marco Bello/Reuters/Reuters)

Maduro: "Estou preparado para permanecer presidente" (Marco Bello/Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 24 de janeiro de 2018 às 22h10.

Última atualização em 24 de janeiro de 2018 às 22h34.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta quarta-feira que será candidato nas próximas eleições presidenciais, que devem ser realizadas antes de maio, e pediu que os simpatizantes do chavismo formem comitês ao longo do país para conquistar 10 milhões de votos no pleito.

"Aqui neste pátio de sonhos, digo aos senhores, irmãos e irmãs, que sou candidato presidencial para o período entre 2019 e 2015. E juro aos senhores, irmãos trabalhadores, que serei o candidato da classe operária venezuelana", disse Maduro em um evento com transportadores em Caracas, na capital do país.

Maduro já tinha afirmado ontem que estava à disposição do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), presidido por ele, e da coalizão Grande Polo Patriótico (GPP) após a decisão da Assembleia Nacional Constituinte, formada apenas por chavistas, de antecipar as eleições para o primeiro quadrimestre de 2018.

A antecipação das eleições foi criticada por vários governos da região e pela oposição venezuelana, que considerou que a negociação com o chavismo está descartada após a medida.

No evento de hoje, transmitido pela emissora estatal "VTV", os transportadores pediam que Maduro aceitasse ser candidato à reeleição. O atual presidente responde: "Aceito".

"Eu, como presidente, vou governar junto ao povo", completou.

Maduro prometeu chegar a 5 milhões de casas construídas através do programa Grande Missão Moradia na Venezuela. Também disse que irá ampliar os investimentos na economia e nas obras públicas.

Além disso, pediu que seus simpatizantes formem, de maneira "acelerada e disciplinada", comitês de campanha nas empresas, no metrô, nas cidades e ao longo de todo país para obter 10 milhões de votos nas eleições. O número, segundo Maduro, é uma dívida com o falecido presidente Hugo Chávez.

"Eu peço aos senhores, companheiros, que nos organizemos. Temos uma dívida com o presidente Chávez, e a meta é 10 milhões de votos no pleito", indicou Maduro durante o discurso.

O chamado Grupo de Lima, que reúne vários países da região, entre eles o Brasil, publicou ontem uma nota afirmando que a decisão da Assembleia Nacional Constituinte de antecipara s eleições, normalmente marcadas no fim do ano, "impossibilita" a realização de um pleito democrático, transparente e confiáveis.

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