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Netanyahu defende que Israel possa impor qualquer acordo de paz com Hezbollah

O premiê também deixou claro que um de seus principais objetivos é cortar o “suprimento de oxigênio” do Irã para o grupo xiita

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu discursa em uma cerimônia para lançar a pedra fundamental de um memorial aos israelenses mortos nos ataques de outubro de 2023 por militantes palestinos, no Parlamento, que abre sua sessão de inverno em Jerusalém em 28 de outubro de 2024 (Debbie Hill/AFP)

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu discursa em uma cerimônia para lançar a pedra fundamental de um memorial aos israelenses mortos nos ataques de outubro de 2023 por militantes palestinos, no Parlamento, que abre sua sessão de inverno em Jerusalém em 28 de outubro de 2024 (Debbie Hill/AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 4 de novembro de 2024 às 06h46.

Última atualização em 4 de novembro de 2024 às 06h55.

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O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, enfatizou novamente no domingo, 3, durante uma visita à fronteira com o Líbano, a importância de Israel ser capaz de “impor” qualquer possível acordo de cessar-fogo com o grupo xiita libanês Hezbollah.

Em uma mensagem de vídeo, Netanyahu opinou que a “chave” para restaurar a paz, com ou sem um acordo, é levar o Hezbollah para o norte do rio Litani, impedir suas tentativas de se rearmar e “responder com firmeza” a qualquer tentativa do grupo de atacar Israel.

“Simplificando: fazer cumprir, fazer cumprir, fazer cumprir”, declarou Netanyahu, uma mensagem semelhante à que ele transmitiu na semana passada durante a visita do mediador dos Estados Unidos para o conflito no Líbano, Amos Hochstein, e que parecia sugerir que Israel quer se reservar o direito de atacar o Líbano novamente se o Hezbollah não cumprir as exigências de uma possível trégua.

O premiê também deixou claro que um de seus principais objetivos é cortar o “suprimento de oxigênio” do Irã para o Hezbollah por meio da Síria, depois que as Forças de Defesa de Israel bombardearam algumas passagens na fronteira sírio-libanesa por onde, segundo ele, o grupo xiita transporta armas.

Durante essa visita ao norte de Israel, a segunda desde o início da invasão israelense ao sul do Líbano no começo do mês passado, Netanyahu se reuniu com vários comandantes e enviou uma mensagem de apoio aos reservistas, depois que a eclosão da guerra na Faixa de Gaza e, em seguida, a ofensiva no Líbano forçaram a convocação de um número sem precedentes de soldados da reserva.

O primeiro-ministro disse que seu gabinete trabalha em um plano nacional para apoiar as famílias dos reservistas israelenses.

Na última quinta-feira, após a reunião de Netanyahu em Jerusalém com Hochstein, seu gabinete emitiu uma breve mensagem deixando claro para os EUA que qualquer acordo para encerrar o conflito no Líbano deve permitir que Israel o aplique.

“A questão principal não é a papelada de um acordo ou de outro, mas a capacidade e a determinação de Israel de aplicá-lo e de lidar com qualquer ameaça à sua segurança procedente do Líbano”, disse o gabinete do primeiro-ministro israelense na ocasião.

A mensagem parecia se referir à exigência, levantada nas últimas semanas pela imprensa israelense e americana, de que o possível cessar-fogo com o grupo xiita Hezbollah também deveria permitir que Israel use o espaço aéreo libanês e que suas tropas estejam “ativamente” envolvidas na garantia do cumprimento do acordo, algo que parece difícil de ser aceito pelas autoridades libanesas.

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