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Netanyahu afirma que "não está cedendo" ao Hamas em negociação sobre cessar-fogo

Comunicado foi emitido pelo escritório do primeiro-ministro no domingo, mesmo dia que Antony Blinken chega ao país para falar do tema

Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu gives statements to the media inside The Kirya, which houses the Israeli Defence Ministry, after their meeting in Tel Aviv on October 12, 2023. Blinken arrived in a show of solidarity after Hamas's surprise weekend onslaught in Israel, an AFP correspondent travelling with him reported. He is expected to visit Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu as Washington closes ranks with its ally that has launched a withering air campaign against Hamas militants in the Gaza Strip. (Photo by Jacquelyn Martin / POOL / AFP) (Photo by JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP via Getty Images) (JACQUELYN MARTIN/POOL/AFP /Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 19 de agosto de 2024 às 07h49.

Última atualização em 19 de agosto de 2024 às 07h52.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou no domingo, 18, que seu país está “negociando, não cedendo” ao Hamas, ao mesmo tempo que dialoga sobre um possível cessar-fogo com os países mediadores, aos quais apelou para pressionarem o grupo islâmico e não Israel.

"Estamos negociando, não cedendo. Há coisas nas quais podemos ser flexíveis e há coisas nas quais não podemos, e insistimos nelas. Sabemos muito bem diferenciar entre ambas", disse Netanyahu, de acordo com um comunicado de seu escritório.

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"Estamos negociando a libertação de nossos reféns. Esta é acima de tudo uma tarefa moral e nacional. Estamos realizando negociações muito complexas quando do outro lado está uma organização terrorista assassina, desinibida e recalcitrante", acrescentou, no início de uma reunião com seu gabinete.

Estas declarações surgem no mesmo dia em que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, planeja chegar a Israel para promover o acordo de cessar-fogo promovido porWashington através de outros países mediadores, Catar e Egito.

Israel enviou uma equipe de negociações a Doha na última quinta, que após se reunir com os negociadores mostrou “otimismo cauteloso”.

Por seu lado, o Hamas não participou na reunião do Catar e exigiu, em vez disso, que o que já tinha sido acordado fosse implementado diretamente de acordo com a primeira proposta americana no final de maio.

"O Hamas, até o momento, manteve sua recusa. Nem sequer enviou um representante às conversações de Doha. Portanto, a pressão deveria ser dirigida ao Hamas e (ao seu líder Yahya) Sinwar, e não ao governo israelense", disse Netanyahu.

Israel insiste que os pontos que trouxe à mesa em Doha “se baseiam no esboço de 27 de maio” proposto pelo presidente dos EUA, Joe Biden, mas o Hamas continua afirmando que o que foi discutido em Doha não está em conformidade com a proposta original e isso dá origem a às novas exigências israelenses com a cumplicidade americana.

A comunidade internacional apoia amplamente a assinatura de um cessar-fogo após mais de 10 meses de guerra que deixou mais de 40 mil palestinos mortos, 92 mil feridos e 1,9 milhão de deslocados na devastada Faixa de Gaza, onde 111 reféns israelenses ainda estão sequestrados, dos quais ao menos 39 foram declarados mortos.

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