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Reino Unido promete futuro bilionário para negócios de energia verde

Segundo especialista da Agência Britânica de Promoção do Comércio e Investimento (UKTI), mercado de baixo carbono deve movimentar 220 bilhões de dólares no país até 2020

Dono de 40% do potencial eólica de toda a Europa, o país é hoje o maior produtor mundial de turbinas de geração offshore (GettyImages)

Vanessa Barbosa

Publicado em 28 de março de 2012 às 19h40.

São Paulo - Na luta contra o aquecimento global, o Reino Unido tem um senhor desafio pela frente, o de reduzir suas emissões de carbono em 80% até 2050. E para cumprir essa meta, o país vem apostando alto nas energias renováveis e se empenhando em desenvolver um ambiente estimulante e atrativo para o desenvolvimento de negócios verdes . Não por acaso, é um dos dez países do mundo que mais investe em inovação e tecnologia verde, segundo ranking do WWF e da consultoria Cleantech.

Em 2011, os investimentos em geração limpa no Reino Unido somaram quase 3,8 bilhões de dólares. Para os próximos dez anos, essa quantia de investimento deverá alcançar 220 bilhões de dólares, segundo afirmou Mark Priest, especialista da Agência Britânica de Promoção do Comércio e Investimento (UKTI), durante o I Fórum Britânico-Brasileiro de Energia Renovável, realizado em São Paulo.

Para atingir essa cifra - necessária para que o país cumpra a meta obrigatória de redução de emissão de gases de efeito estufa - o governo britânico vai ter que oferecer incentivos substanciais. Um exemplo recente disso são os já existentes 860 milhões de libras em incentivos para o sistema de “aquecimento renovável” de residências nos próximos quatro anos. Há mais pela frente.

“Já vemos grandes bancos, como o Morgan Stanley, lançando fundos de private equity para energia renovável, o que prova que investir em geração limpa é um bom negócio”, diz Priest. Segundo o especialista, as oportunidades para negócios verdes no Reino Unido são mais expressivas em áreas como eólica, energia das ondas e das marés, rede de transmissão elétrica e bioenergia.


Dono de 40% do potencial eólico de toda a Europa, o país é hoje o maior produtor mundial de turbinas de geração em alto mar (offshore) e até 2020 pretende instalar mais 32 GW, quase duas vezes o potencial de Itaipu. Já os projetos em terra firme (onshore), somam 5.7 GW em operação e mais 18GW estão em planejamento e implementação para os próximos anos.

De acordo com Priest, o New and Renewable Energy Centre (Narec), um organismo dedicado à aceleração e desenvolvimento de tecnologias limpas de geração de energia no Reino Unido, deve investir 40 milhões de dólares até 2013 em startups no setor. Além dos bons ventos, o país desfruta ainda de 35% de todo potencial europeu para produção de energia elétrica a partir de ondas e marés.

Quando o assunto é bioenergia, as metas impressionam, principalmente porque  o país não tem tradição nessa seara. Para 2020, 17% de toda a área agrícola do Reino Unido deverá ser usada para cultivo de biomassa energética. “É uma mudança significativa no nosso processo agrário”, diz Priest, ressaltando que o Brasil tem muito a ensinar ao Reino Unido no que diz respeito à bioenergia.

Outro desafio que deve gerar oportunidades promissoras é o de conectar todas essas fontes alternativas à rede elétrica nacional. “Boa parte dos recursos estão no norte do Reino Unido, mas a maioria da população se encontra ao sul”, explica Priest.

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São Paulo - Na luta contra o aquecimento global, o Reino Unido tem um senhor desafio pela frente, o de reduzir suas emissões de carbono em 80% até 2050. E para cumprir essa meta, o país vem apostando alto nas energias renováveis e se empenhando em desenvolver um ambiente estimulante e atrativo para o desenvolvimento de negócios verdes . Não por acaso, é um dos dez países do mundo que mais investe em inovação e tecnologia verde, segundo ranking do WWF e da consultoria Cleantech.

Em 2011, os investimentos em geração limpa no Reino Unido somaram quase 3,8 bilhões de dólares. Para os próximos dez anos, essa quantia de investimento deverá alcançar 220 bilhões de dólares, segundo afirmou Mark Priest, especialista da Agência Britânica de Promoção do Comércio e Investimento (UKTI), durante o I Fórum Britânico-Brasileiro de Energia Renovável, realizado em São Paulo.

Para atingir essa cifra - necessária para que o país cumpra a meta obrigatória de redução de emissão de gases de efeito estufa - o governo britânico vai ter que oferecer incentivos substanciais. Um exemplo recente disso são os já existentes 860 milhões de libras em incentivos para o sistema de “aquecimento renovável” de residências nos próximos quatro anos. Há mais pela frente.

“Já vemos grandes bancos, como o Morgan Stanley, lançando fundos de private equity para energia renovável, o que prova que investir em geração limpa é um bom negócio”, diz Priest. Segundo o especialista, as oportunidades para negócios verdes no Reino Unido são mais expressivas em áreas como eólica, energia das ondas e das marés, rede de transmissão elétrica e bioenergia.


Dono de 40% do potencial eólico de toda a Europa, o país é hoje o maior produtor mundial de turbinas de geração em alto mar (offshore) e até 2020 pretende instalar mais 32 GW, quase duas vezes o potencial de Itaipu. Já os projetos em terra firme (onshore), somam 5.7 GW em operação e mais 18GW estão em planejamento e implementação para os próximos anos.

De acordo com Priest, o New and Renewable Energy Centre (Narec), um organismo dedicado à aceleração e desenvolvimento de tecnologias limpas de geração de energia no Reino Unido, deve investir 40 milhões de dólares até 2013 em startups no setor. Além dos bons ventos, o país desfruta ainda de 35% de todo potencial europeu para produção de energia elétrica a partir de ondas e marés.

Quando o assunto é bioenergia, as metas impressionam, principalmente porque  o país não tem tradição nessa seara. Para 2020, 17% de toda a área agrícola do Reino Unido deverá ser usada para cultivo de biomassa energética. “É uma mudança significativa no nosso processo agrário”, diz Priest, ressaltando que o Brasil tem muito a ensinar ao Reino Unido no que diz respeito à bioenergia.

Outro desafio que deve gerar oportunidades promissoras é o de conectar todas essas fontes alternativas à rede elétrica nacional. “Boa parte dos recursos estão no norte do Reino Unido, mas a maioria da população se encontra ao sul”, explica Priest.

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