Negociações sobre saída do Reino Unido chegam à reta final
O primeiro-ministro britânico, cuja inesperada visita foi anunciada nesta mesma segunda-feira, irá se reunir com Hollande no final da tarde
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2016 às 13h43.
As visitas desta segunda-feira a Paris do presidente do Conselho Europeu , Donald Tusk, e do primeiro-ministro britânico , David Cameron, iniciam a reta final de uma discussão sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), antes de uma conferência prevista para esta quinta e sexta-feira em Bruxelas.
Tusk, que cancelou todos os seus encontros desta semana para defender a proposta destinada a evitar a saída do Reino Unido da União Europeia ("Brexit"), reuniu-se ao meio-dia, do horário local, com o presidente francês François Hollande. Viajará, em seguida, a Berlim, Praga e Budapeste para tentar consolidar um processo que o mesmo qualifica de "muito frágil".
Após sua reunião com Hollande, Tusk se limitou a declarar brevemente aos jornalistas que espera chegar a um acordo.
O primeiro-ministro britânico, cuja inesperada visita foi anunciada nesta mesma segunda-feira por Londres e confirmada por Paris, irá se reunir com Hollande no final da tarde.
Esta reunião acontece "depois do encontro entre o primeiro-ministro e a chanceler alemã Angela Merkel, na sexta-feira, e antes de reuniões com deputados europeus amanhã (terça-feira) em Bruxelas", indicou Downing Street.
O Reino Unido negocia as condições de sua adesão à UE e esperar conseguir um acordo, nesta semana, na conferência europeia de Bruxelas, antes do referendo previsto para daqui a alguns meses.
Donald Tusk apresentou, no dia 2 de fevereiro, um pré-acordo para responder às reivindicações britânicas e evitar o "Brexit", mas continuam pendentes várias questões difíceis, desde a imigração até a soberania política, passando pela economia.
A França advertiu que não considera modificar os tratados europeus para adaptá-los às exigências britânicas.
Hollande, que preferiu não fazer declarações depois da reunião com Tusk, havia afirmado que "não é aceitável revisar o fundacional dos compromissos europeus".
A França emitiu uma série de objeções às diversas garantias prometidas à Grã-Bretanha pelos países que não fazem parte da zona euro, em particular as que dizem respeito à "City", com o intuito de que esta não seja afetada por um reforço da moeda única.
Problemas políticos "suspensos"
A França recusará, em particular, qualquer medida que permita aos nove países que não adotaram a moeda única bloquear decisões dos 19 membros da zona euro.
"Não pode haver nenhum veto por parte dos países que não fazem parte da zona euro", advertiu Hollande, cujo país deseja continuar a integração da União Econômica e Monetária (UEM).
A proteção dos interesses dos países que não são membros da eurozona é uma questão que deve "ser solucionada e que é essencial para a Grã-Bretanha", reiterou em Bruxelas, nesta segunda-feira, o ministro britânico das Relações Exteriores, Philip Hammond.
O projeto de acordo preparado por Donald Tusk será submetido, na quinta e sexta-feira, aos chefes de Estado e de governo da UE.
Os negociadores europeus contribuíram com "esclarecimentos técnicos e jurídicos", mas "problemas políticos continuam suspensos", indicou à AFP uma fonte europeia.
Philip Hammond confirmou, no domingo, que as negociações continuariam até o último minuto, dado que certas decisões só "podem ser tomadas pelos chefes de Estado e de governo" reunidos.
Cameron, que prometeu organizar um referendo sobre a permanência ou não de seu país na UE, realizado provavelmente em junho, reiterou, na sexta-feira, em território alemão, que acredita na possibilidade de chegar a um acordo.
"No que diz respeito ao lugar da Grã-Bretanha na UE, sempre confiei que, juntos, podemos obter as reformas que respondam às expectativas britânicas e funcionem também para toda a Europa", disse Cameron ante Angela Merkel.
As visitas desta segunda-feira a Paris do presidente do Conselho Europeu , Donald Tusk, e do primeiro-ministro britânico , David Cameron, iniciam a reta final de uma discussão sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia (UE), antes de uma conferência prevista para esta quinta e sexta-feira em Bruxelas.
Tusk, que cancelou todos os seus encontros desta semana para defender a proposta destinada a evitar a saída do Reino Unido da União Europeia ("Brexit"), reuniu-se ao meio-dia, do horário local, com o presidente francês François Hollande. Viajará, em seguida, a Berlim, Praga e Budapeste para tentar consolidar um processo que o mesmo qualifica de "muito frágil".
Após sua reunião com Hollande, Tusk se limitou a declarar brevemente aos jornalistas que espera chegar a um acordo.
O primeiro-ministro britânico, cuja inesperada visita foi anunciada nesta mesma segunda-feira por Londres e confirmada por Paris, irá se reunir com Hollande no final da tarde.
Esta reunião acontece "depois do encontro entre o primeiro-ministro e a chanceler alemã Angela Merkel, na sexta-feira, e antes de reuniões com deputados europeus amanhã (terça-feira) em Bruxelas", indicou Downing Street.
O Reino Unido negocia as condições de sua adesão à UE e esperar conseguir um acordo, nesta semana, na conferência europeia de Bruxelas, antes do referendo previsto para daqui a alguns meses.
Donald Tusk apresentou, no dia 2 de fevereiro, um pré-acordo para responder às reivindicações britânicas e evitar o "Brexit", mas continuam pendentes várias questões difíceis, desde a imigração até a soberania política, passando pela economia.
A França advertiu que não considera modificar os tratados europeus para adaptá-los às exigências britânicas.
Hollande, que preferiu não fazer declarações depois da reunião com Tusk, havia afirmado que "não é aceitável revisar o fundacional dos compromissos europeus".
A França emitiu uma série de objeções às diversas garantias prometidas à Grã-Bretanha pelos países que não fazem parte da zona euro, em particular as que dizem respeito à "City", com o intuito de que esta não seja afetada por um reforço da moeda única.
Problemas políticos "suspensos"
A França recusará, em particular, qualquer medida que permita aos nove países que não adotaram a moeda única bloquear decisões dos 19 membros da zona euro.
"Não pode haver nenhum veto por parte dos países que não fazem parte da zona euro", advertiu Hollande, cujo país deseja continuar a integração da União Econômica e Monetária (UEM).
A proteção dos interesses dos países que não são membros da eurozona é uma questão que deve "ser solucionada e que é essencial para a Grã-Bretanha", reiterou em Bruxelas, nesta segunda-feira, o ministro britânico das Relações Exteriores, Philip Hammond.
O projeto de acordo preparado por Donald Tusk será submetido, na quinta e sexta-feira, aos chefes de Estado e de governo da UE.
Os negociadores europeus contribuíram com "esclarecimentos técnicos e jurídicos", mas "problemas políticos continuam suspensos", indicou à AFP uma fonte europeia.
Philip Hammond confirmou, no domingo, que as negociações continuariam até o último minuto, dado que certas decisões só "podem ser tomadas pelos chefes de Estado e de governo" reunidos.
Cameron, que prometeu organizar um referendo sobre a permanência ou não de seu país na UE, realizado provavelmente em junho, reiterou, na sexta-feira, em território alemão, que acredita na possibilidade de chegar a um acordo.
"No que diz respeito ao lugar da Grã-Bretanha na UE, sempre confiei que, juntos, podemos obter as reformas que respondam às expectativas britânicas e funcionem também para toda a Europa", disse Cameron ante Angela Merkel.