Negociações no Oriente Médio indicam sucesso e desafio
Secretário de Estado norte-americano John Kerry anunciou nesta sexta-feira a retomada das negociações entre israelenses e palestinos
Da Redação
Publicado em 21 de julho de 2013 às 12h11.
Washington - Quando o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou na sexta-feira que israelenses e palestinos haviam concordado em tentar retomar as negociações de paz depois de três anos, ele o fez de forma solitária, ao anoitecer, no aeroporto da capital da Jordânia.
A imagem indica tanto o seu feito quanto seu desafio. Poucos teriam apostado no êxito de Kerry quando ele começou os contatos há quase seis meses para reiniciar o diálogo. Contudo, ao anunciar a conquista, nem palestinos nem israelenses estavam ao seu lado.
Numa aparição curta no aeroporto internacional da Jordânia, Kerry disse à imprensa que israelenses e palestinos tinham estabelecido as bases para retomar negociações diretas.
Embora reconhecesse que o acordo ainda estava sendo "formalizado", ele declarou que se tudo saísse como esperado os negociadores dos dois lados recomeçariam o diálogo em Washington nos próximos dias.
A aparição solitária de Kerry, depois de quatro dias de conversas diretas com autoridades palestinas e contatos telefônicos com os israelenses, pode simplesmente ser o reflexo de um período específico: Ramadã, para os muçulmanos, e o Sabá, dos judeus.
No entanto, uma autoridade norte-americana disse que a aparição solitária pode também ser vista como um sinal de que nem israelenses nem palestinos estão de fato comprometidos com a retomada do diálogo como o secretário de Estado dos EUA.
"De certa forma, o anúncio reflete o quanto os dois lados estão investindo nisso e o quanto eles estão dispostos a correr riscos. Aparentemente, não muito", declarou a autoridade, sob condição de anonimato.
Mesmo antes de se tornar secretário de Estado, Kerry sinalizava um grande interesse em tentar resolver o conflito de mais de seis décadas entre israelenses e palestinos.
No seu primeiro fim de semana como secretário, no início de fevereiro, ele telefonou para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e para o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para enfatizar o seu "compromisso pessoal" em buscar a paz no Oriente Médio.
Apesar da devoção de Kerry ao tema --ele realizou seis missões na região em quatro meses--, analistas consideraram que não houve avanços significativos para a paz.
Os principais temas que precisam ser negociados incluem fronteiras, o destino de refugiados palestinos, o futuro dos assentamentos judaicos na Cisjordânia e o status de Jerusalém.
Os dois antecessores do presidente Barack Obama, Bill Clinton e George W. Bush, fracassaram nas tentativas de encerrar o conflito.
Washington - Quando o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, anunciou na sexta-feira que israelenses e palestinos haviam concordado em tentar retomar as negociações de paz depois de três anos, ele o fez de forma solitária, ao anoitecer, no aeroporto da capital da Jordânia.
A imagem indica tanto o seu feito quanto seu desafio. Poucos teriam apostado no êxito de Kerry quando ele começou os contatos há quase seis meses para reiniciar o diálogo. Contudo, ao anunciar a conquista, nem palestinos nem israelenses estavam ao seu lado.
Numa aparição curta no aeroporto internacional da Jordânia, Kerry disse à imprensa que israelenses e palestinos tinham estabelecido as bases para retomar negociações diretas.
Embora reconhecesse que o acordo ainda estava sendo "formalizado", ele declarou que se tudo saísse como esperado os negociadores dos dois lados recomeçariam o diálogo em Washington nos próximos dias.
A aparição solitária de Kerry, depois de quatro dias de conversas diretas com autoridades palestinas e contatos telefônicos com os israelenses, pode simplesmente ser o reflexo de um período específico: Ramadã, para os muçulmanos, e o Sabá, dos judeus.
No entanto, uma autoridade norte-americana disse que a aparição solitária pode também ser vista como um sinal de que nem israelenses nem palestinos estão de fato comprometidos com a retomada do diálogo como o secretário de Estado dos EUA.
"De certa forma, o anúncio reflete o quanto os dois lados estão investindo nisso e o quanto eles estão dispostos a correr riscos. Aparentemente, não muito", declarou a autoridade, sob condição de anonimato.
Mesmo antes de se tornar secretário de Estado, Kerry sinalizava um grande interesse em tentar resolver o conflito de mais de seis décadas entre israelenses e palestinos.
No seu primeiro fim de semana como secretário, no início de fevereiro, ele telefonou para o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e para o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, para enfatizar o seu "compromisso pessoal" em buscar a paz no Oriente Médio.
Apesar da devoção de Kerry ao tema --ele realizou seis missões na região em quatro meses--, analistas consideraram que não houve avanços significativos para a paz.
Os principais temas que precisam ser negociados incluem fronteiras, o destino de refugiados palestinos, o futuro dos assentamentos judaicos na Cisjordânia e o status de Jerusalém.
Os dois antecessores do presidente Barack Obama, Bill Clinton e George W. Bush, fracassaram nas tentativas de encerrar o conflito.