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Negados recursos dos candidatos excluídos no Egito

Para o advogado do islamita, Abdel Monem Abdel Maqsud, a decisão da comissão foi "política" e na opinião dele esta "destrói os processos eleitorais

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 17h56.

Cairo - A Comissão Eleitoral egípcia descartou nesta terça-feira todos os recursos apresentados pelos dez candidatos previamente excluídos das eleições presidenciais, informaram nesta terça-feira à Agência Efe fontes oficiais.

Desta forma, ficam de fora da disputa eleitoral três dos principais favoritos, o candidato principal da Irmandade Muçulmana, Khairat al Shater, o ex-vice-presidente Omar Suleiman, e o xeque salafista Hazem Abu Ismail.

Após uma longa reunião, os cinco membros do órgão eleitoral, presidido pelo juiz Farouk Sultan, decidiram por unanimidade rejeitar os recursos pelas mesmas razões pelas quais tinham rejeitado as candidaturas.

O dirigente da Irmandade Muçulmana foi afastado pela condenação de quase dez anos que recebeu durante o regime do ex-mandatário Hosni Mubarak e que o desabilitava a exercer seus direitos políticos e civis.

Para o advogado do islamita, Abdel Monem Abdel Maqsud, a decisão da comissão foi "política" e na opinião dele esta "destrói os processos eleitorais.

Em declarações à TV catariana "Al Jazeera", ele considerou que "o Governo ignorou as decisões da Justiça", Shater foi libertado no ano passado após o triunfo da revolução que derrubou do poder Hosni Mubarak.

Por sua vez, Abu Ismail foi hoje pessoalmente à sede da comissão eleitoral da mesma forma que fizesse na véspera e criticou sua desqualificação da corrida eleitoral, motivada pela suspeita de que sua mãe tenha adquirido a nacionalidade americana.

Este ponto contradiz com a Constituição egípcia, que estipula que o presidente da República e seus pais só podem ser egípcios.

No caso de Suleiman, "número dois" no antigo regime de Mubarak, a comissão decidiu por retirá-lo da corrida presidencial por não apresentar o número suficiente de avais nas 15 províncias egípcias.

Para concorrer ao pleito, os candidatos devem apresentar ao menos 30 mil assinaturas de cidadãos de 15 províncias egípcias, ou dispor do apoio de um partido com ao menos uma cadeira no Parlamento, ou ter o respaldo de ao menos 30 deputados

À espera da decisão final sobre Shater, o ex-secretário-geral da Liga Árabe Amr Moussa e o islamita moderado Abdel Moneim Abul Futuh despontam agora como grandes favoritos para as presidenciais, cujo primeiro turno será nos dias 23 e 24 de maio.

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Desta forma, ficam de fora da disputa eleitoral três dos principais favoritos, o candidato principal da Irmandade Muçulmana, Khairat al Shater, o ex-vice-presidente Omar Suleiman, e o xeque salafista Hazem Abu Ismail.

Após uma longa reunião, os cinco membros do órgão eleitoral, presidido pelo juiz Farouk Sultan, decidiram por unanimidade rejeitar os recursos pelas mesmas razões pelas quais tinham rejeitado as candidaturas.

O dirigente da Irmandade Muçulmana foi afastado pela condenação de quase dez anos que recebeu durante o regime do ex-mandatário Hosni Mubarak e que o desabilitava a exercer seus direitos políticos e civis.

Para o advogado do islamita, Abdel Monem Abdel Maqsud, a decisão da comissão foi "política" e na opinião dele esta "destrói os processos eleitorais.

Em declarações à TV catariana "Al Jazeera", ele considerou que "o Governo ignorou as decisões da Justiça", Shater foi libertado no ano passado após o triunfo da revolução que derrubou do poder Hosni Mubarak.

Por sua vez, Abu Ismail foi hoje pessoalmente à sede da comissão eleitoral da mesma forma que fizesse na véspera e criticou sua desqualificação da corrida eleitoral, motivada pela suspeita de que sua mãe tenha adquirido a nacionalidade americana.

Este ponto contradiz com a Constituição egípcia, que estipula que o presidente da República e seus pais só podem ser egípcios.

No caso de Suleiman, "número dois" no antigo regime de Mubarak, a comissão decidiu por retirá-lo da corrida presidencial por não apresentar o número suficiente de avais nas 15 províncias egípcias.

Para concorrer ao pleito, os candidatos devem apresentar ao menos 30 mil assinaturas de cidadãos de 15 províncias egípcias, ou dispor do apoio de um partido com ao menos uma cadeira no Parlamento, ou ter o respaldo de ao menos 30 deputados

À espera da decisão final sobre Shater, o ex-secretário-geral da Liga Árabe Amr Moussa e o islamita moderado Abdel Moneim Abul Futuh despontam agora como grandes favoritos para as presidenciais, cujo primeiro turno será nos dias 23 e 24 de maio.

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