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Não haverá relação especial com UE, diz ministra britânica

A titular para a Irlanda do Norte rejeitou a possibilidade das 2 províncias britânicas que votaram contra o brexit terem uma relação diferente com Bruxelas

Brexit: "As regras da UE são muito claras, a filiação corresponde ao Estado-membro" (Neil Hall / Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2016 às 10h29.

Dublin - Irlanda do Norte e Escócia não terão um status especial na União Europeia (UE) após a saída do Reino Unido do bloco comunitário, afirmou nesta quarta-feira a ministra britânica para a Irlanda do Norte, Theresa Villiers.

Villiers fez essas declarações após se reunir em Belfast com o ministro irlandês de Relações Exteriores, Charlie Flanagan, com quem analisou as consequências do "Brexit" para a ilha.

A titular para a Irlanda do Norte, que fez campanha a favor da ruptura de Londres com Bruxelas, rejeitou assim a possibilidade de as duas províncias britânicas que votaram contra essa opção no referendo de quinta-feira terem uma relação diferente com Bruxelas que Gales ou Inglaterra, que apoiaram a saída.

"As regras da UE são muito claras, a filiação corresponde ao Estado-membro. Trata-se de uma questão nacional, não é possível, de acordo com as normas comunitárias, que só uma parte de um país esteja na UE", ressaltou a política conservadora.

Villiers recalcou que o eleitorado britânico votou para deixar o clube comunitário e advertiu que "essa decisão vai ser respeitada".

Embora tenha indicado que seu governo representará "uma só nação" nas negociações que manterá com Bruxelas para determinar as condições de sua nova relação, Villiers antecipou que defenderá "os interesses particulares" da Irlanda do Norte, como a manutenção de uma área de livre circulação de bens e pessoas na fronteira com a República da Irlanda.

"Acredito que poderemos manter uma fronteira como é hoje em dia, aberta e de livre circulação. Acho que esse objetivo é de interesse para o governo irlandês e britânico", declarou Villiers.

O resultado do referendo sobre o "Brexit" voltou a pôr sobre a mesa a questão da independência da Escócia, enquanto na Irlanda do Norte o nacionalista Sinn Féin pediu a realização de uma consulta sobre a unificação da Irlanda.

Os partidários da permanência do Reino Unido na UE nessas duas regiões britânicas também reivindicaram uma relação especial com Bruxelas para manter seus vínculos com o bloco comunitário.

Neste sentido, Villiers insistiu que, apesar do "Brexit", não há atualmente as condições necessárias para realizar um referendo na Irlanda do Norte.

Em virtude do Acordo de paz da Sexta-Feira Santa (1998), o responsável britânico na região tem poderes para convocar uma consulta se existirem evidências que confirmem uma mudança na opinião pública norte-irlandesa com relação a seu status constitucional.

"Esta é uma questão que revisamos constantemente, mas nada indica agora que tenha ocorrido uma mudança nesse sentido", acrescentou Villiers.

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Dublin - Irlanda do Norte e Escócia não terão um status especial na União Europeia (UE) após a saída do Reino Unido do bloco comunitário, afirmou nesta quarta-feira a ministra britânica para a Irlanda do Norte, Theresa Villiers.

Villiers fez essas declarações após se reunir em Belfast com o ministro irlandês de Relações Exteriores, Charlie Flanagan, com quem analisou as consequências do "Brexit" para a ilha.

A titular para a Irlanda do Norte, que fez campanha a favor da ruptura de Londres com Bruxelas, rejeitou assim a possibilidade de as duas províncias britânicas que votaram contra essa opção no referendo de quinta-feira terem uma relação diferente com Bruxelas que Gales ou Inglaterra, que apoiaram a saída.

"As regras da UE são muito claras, a filiação corresponde ao Estado-membro. Trata-se de uma questão nacional, não é possível, de acordo com as normas comunitárias, que só uma parte de um país esteja na UE", ressaltou a política conservadora.

Villiers recalcou que o eleitorado britânico votou para deixar o clube comunitário e advertiu que "essa decisão vai ser respeitada".

Embora tenha indicado que seu governo representará "uma só nação" nas negociações que manterá com Bruxelas para determinar as condições de sua nova relação, Villiers antecipou que defenderá "os interesses particulares" da Irlanda do Norte, como a manutenção de uma área de livre circulação de bens e pessoas na fronteira com a República da Irlanda.

"Acredito que poderemos manter uma fronteira como é hoje em dia, aberta e de livre circulação. Acho que esse objetivo é de interesse para o governo irlandês e britânico", declarou Villiers.

O resultado do referendo sobre o "Brexit" voltou a pôr sobre a mesa a questão da independência da Escócia, enquanto na Irlanda do Norte o nacionalista Sinn Féin pediu a realização de uma consulta sobre a unificação da Irlanda.

Os partidários da permanência do Reino Unido na UE nessas duas regiões britânicas também reivindicaram uma relação especial com Bruxelas para manter seus vínculos com o bloco comunitário.

Neste sentido, Villiers insistiu que, apesar do "Brexit", não há atualmente as condições necessárias para realizar um referendo na Irlanda do Norte.

Em virtude do Acordo de paz da Sexta-Feira Santa (1998), o responsável britânico na região tem poderes para convocar uma consulta se existirem evidências que confirmem uma mudança na opinião pública norte-irlandesa com relação a seu status constitucional.

"Esta é uma questão que revisamos constantemente, mas nada indica agora que tenha ocorrido uma mudança nesse sentido", acrescentou Villiers.

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