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Argentina liquida dívidas junto ao FMI, quatro anos após a moratória

Após o Brasil quitar seus débitos com o fundo, agora é a vez dos argentinos eliminarem suas pendências financeiras

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

Quatro anos após declarar moratória, em meio a uma grave crise política e econômica, a Argentina quitou, nesta terça-feira (3/1), todas suas dívidas junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI). O valor é estimado em 9,574 bilhões de dólares e foi pago com recursos depositados no Banco Internacional da Basiléia e no Federal Reserve dos Estados Unidos. Com isso, a Argentina torna-se o segundo país sul-americano a encerrar seus débitos com o FMI em menos de um mês. O primeiro foi o Brasil que, em meados de dezembro, pagou cerca de 15 bilhões de dólares devidos ao organismo.

O governo argentino ainda não detalhou a operação, mas a reação dos investidores foi positiva. A Bolsa de Valores de Buenos Aires opera em alta e com um bom volume de negócios. Por volta das 17 horas (horário de Brasília), o índice Merval apresentava uma valorização de 2,12% e marcava 1 588 pontos. Os números mostram uma reação mais positiva do mercado do que em dezembro, quando o presidente argentino, Néstor Kirchner, anunciou a intenção de liquidar os débitos com o FMI. Naquele mês, o índice Merval oscilou na faixa de 1,50% de valorização diária.

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Segundo o jornal argentino El Clarín, a dívida argentina com o Fundo equivale a 6,656 bilhões de Direitos Especiais de Giro (DEG), unidade de medida do FMI que se baseia em uma cesta de moedas que inclui libras esterlinas, dólares, ienes e euros. O país era associado do FMI desde 1956 e um de seus maiores devedores.

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