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Fusões e aquisições continuarão aquecidas na Europa em 2006

2005 registrou o melhor desempenho dos últimos cinco anos. Especialistas afirmam que região entrará numa fase de fusões entre empresas de portes semelhantes

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 12 de outubro de 2010 às 18h38.

A onda de fusões e aquisições que percorre a Europa não deverá arrefecer neste ano. Segundo os especialistas, o ciclo europeu entrará numa nova fase, que pode gerar acordos entre empresas de portes semelhantes alguns gigantescos principalmente nas áreas de serviços financeiros, indústria farmacêutica e telecomunicações.

Um exemplo da dimensão que as fusões podem atingir neste ano foi a compra, no último trimestre de 2005, da operadora britânica de telefonia móvel O2 pela espanhola Telefónica. O negócio alcançou 26,3 bilhões de euros. "Acredito que poderemos assistir a meia dúzia ou mais de fusões semelhantes neste ano", afirmou ao americano The Wall Street Journal Tony Burgess, chefe da área de Fusões e Aquisições para a Europa do Deutsche Bank. Segundo Burgess, o total de negócios pode alcançar 1,3 trilhão de dólares neste ano na região.

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O volume ficará longe do recorde de 1,7 trilhão de dólares em fusões e aquisições européias, registrado em 2000, mas significará um avanço sobre o resultado de 2005 1,139 trilhão, cifra 37% maior que a de 2004, segundo a consultoria Thomson Financial.

O que sustentou a expansão do ano passado foram as aquisições que as empresas efetuaram fora de seu país de origem, bem como o aquecimento das operações de private equity. Neste ano, porém, os especialistas afirmam que a Europa entrará em um novo ciclo de fusões e aquisições, marcado por negócios entre empresas de porte semelhante.

A disputa das siderúrgicas européias ThyssenKrupp e Arcelor pela maior produtora de aço do Canadá a Dofasco é uma das batalhas empresariais aguardadas para este ano, de acordo com Carlos Fierro, chefe da área de Fusões e Aquisições da Lehman Bros. para a Europa. As pretendentes fizeram ofertas em torno de 4 bilhões de dólares pela empresa.

A disponibilidade de caixa das companhias européias é o principal combustível da recente onda de acordos. Parte desses recursos deve-se às baixas taxas de juros mundiais. Isso contribui para que os fundos de private equity sejam mais competitivos na disputa por ativos. No ano passado, os recursos desses fundos, na Europa, somaram o recorde de 34,3 bilhões de euros, contra 5,5 bilhões em 2004.

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