Mundo

Musk atribui problemas em entrevista com Trump a ataque cibernético

Anúncio sobre conversa entre o candidato republicano e o bilionário foi feito na semana passada

Montagem com o empresário Elon Musk e o ex-presidente Donald Trump (AFP)

Montagem com o empresário Elon Musk e o ex-presidente Donald Trump (AFP)

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 13 de agosto de 2024 às 09h27.

Tudo sobreDonald Trump
Saiba mais

O bilionário Elon Musk afirmou nesta segunda-feira, 12, que o início da transmissão no X da entrevista com o candidato republicano à Casa Branca, Donald Trump, foi afetado por um ataque cibernético em massa.

O que havia sido anunciado como uma conversa "sem limites" começou com mais de meia hora de atraso, e vários usuários não conseguiram ouvi-la ao vivo, criando uma situação embaraçosa para os dois magnatas.

"Parece que está havendo um ataque DDOS em massa contra o X. Estamos trabalhando para acabar com ele," publicou Musk, dono da plataforma, referindo-se a um ataque cibernético conhecido como de negação de serviço, desenhado para sobrecarregar os servidores de uma empresa e derrubar um site.

"Este ataque em massa ilustra a oposição de muitas pessoas a simplesmente ouvir o que o presidente Trump tem a dizer", criticou o magnata quando a entrevista -  que estava marcada para as 21h00, horário de Brasília, na conta de Trump - finalmente pôde começar. Cerca de 20 minutos depois, o chat reunia mais de 1 milhão de usuários.

A aparente dificuldade técnica, que aconteceu após Musk ter demitido boa parte do quadro de funcionários, lembrou o apoio que o magnata deu a Ron DeSantis, cujo lançamento de campanha na plataforma também foi marcado por problemas técnicos.

"Nós testamos o sistema hoje com 8 milhões de ouvintes simultâneos", ressaltou Musk logo após anunciar o ataque. Ele prometeu publicar a gravação da conversa na íntegra o quanto antes.

Retorno ao X

Trump foi banido do Twitter depois que uma multidão de apoiadores do republicano invadiu o Capitólio dos Estados Unidos, em janeiro de 2021, mas Musk reativou a conta do ex-presidente após comprar a plataforma e mudar seu nome para X.

Uma enxurrada de mensagens divulgadas hoje, entre vídeos de campanha e a promoção da entrevista, sinalizou o retorno ao X de Trump, que busca fortalecer sua campanha desde a entrada da democrata Kamala Harris na disputa.

Musk, que já foi eleitor do Partido Democrata, vem apoiando Trump desde a tentativa de assassinato do ex-presidente durante um comício, no mês passado. Considerado pela revista Forbes a pessoa mais rica do mundo, o dono do X emergiu como uma voz importante na política americana, mas é acusado de transformar a plataforma em um amplificador das teorias da conspiração da direita.

O magnata é um dos críticos mais ferrenhos dos democratas e aproveita seus mais de 194 milhões de seguidores no X para atacar os esforços liberais para promover a diversidade e inclusão, além de criticar a gestão da fronteira com o México pela Casa Branca.

Horas antes da entrevista de hoje, o comissário europeu de Assuntos Digitais, Thierry Breton, enviou uma carta a Musk para lembrá-lo de suas obrigações de moderação. O magnata respondeu com um meme insultante.

A União Europeia "deveria cuidar de seus próprios assuntos, e não tentar interferir nas eleições presidenciais americanas", acrescentou o porta-voz de Trump.

Acompanhe tudo sobre:elon-muskDonald Trump

Mais de Mundo

Trump diz que vai 'precisar de um Musk' pra fechar o ministério de Educação em entrevista no X

Ucrânia relata grande avanço em Kursk, na Rússia – Putin diz que dará resposta 'digna'

Com ameaça de ataque do Irã, Exército de Israel afirma estar 'no mais elevado nível de prontidão'

Maduro exige 'mão de ferro' após protestos que deixaram 25 mortos na Venezuela

Mais na Exame