Muro de Berlim ao redor do mundo como símbolo de liberdade
Do arquipélago de Tonga até Los Angeles, pedaços do muro estão espalhados por todo o planeta, como pedaços de um símbolo paradoxal de liberdade
Da Redação
Publicado em 7 de novembro de 2014 às 11h29.
Berlim - De Seul ao Vaticano , do arquipélago de Tonga até Los Angeles, pedaços do Muro de Berlim , geralmente pichados, estão espalhados por todo o mundo, como pedaços de um símbolo paradoxal de liberdade, 25 anos após a sua derrubada.
"O muro ainda estará de pé daqui a 50 ou 100 anos", havia declarado em janeiro de 1989 o líder da Alemanha Oriental, Erich Honecker.
Dez meses mais tarde, a República Democrática da Alemanha derrubava o "Muro de proteção antifascista" que aprisionou seus cidadãos desde 1961, e os "pica-paus" humanos começavam a sua obra de destruição a golpes de martelo e outros objetos.
Em 1990, a RDA agonizante organizava leilões para vender seus pedaços.
Em Berlim, "o anseio pela liberdade, a democracia e a unidade era tão forte que era preciso fazer desaparecer todos os vestígios que faziam lembrar esta terrível história", explica Anna Kaminsky, diretora de uma obra coletiva de fotografias sobre "O Muro de Berlim no Mundo".
Na verdade, foram necessários 15 anos para que o governo regional apresentasse um conceito global para proteger o que ainda poderia restar da construção, como um testemunho para as gerações futuras.
Por outro lado, centenas de pedaços de concreto, cada um pesando várias toneladas, encontraram um lar em países estrangeiros, onde "lembram a vitória sobre a divisão do mundo e da luta pela liberdade e democracia", acrescenta ela.
"Este é o paradoxo do Muro", comentou à AFP o pintor francês Thierry Noir, que com seus personagens preguiçosos e coloridos foi um dos primeiros artistas a ter pintado a construção em 1984. "Antes nós pintávamos para o fazer cair. Agora nós pintamos o muro para mantê-lo como um tributo à liberdade recém-descoberta na Europa. É muito estranho..."
"Não era uma obra de arte, era uma máquina de matar, que matou mais de 130 pessoas entre 1961 e 1989", lembra.
No entanto, Thierry participa de um projeto de arte que quer "dizer aos jovens, de uma maneira um pouco descontraída, que o muro representava algo realmente horrível."
Em um armazém a céu aberto ao longo do rio Spree, em Berlim, dezenas de pedaços do muro estão à espera de um pintor, amador ou profissional. É possível reservar uma peça on-line, através de uma empresa e, em seguida, pintá-lo, comprá-lo ou vendê-lo.
A empresa recebe um terço do preço de venda, no mínimo 500 euros. Se dentro de seis meses nada acontecer, o painel será disponibilizado para outro pintor.
"Somos totalmente livres para pintar o que quisermos, todo mundo tem sua própria história com o muro", explica à AFP o chefe da empresa, Elmer Prost. "Há também pessoas cuja vida afundou" em 9 de novembro de 1989, observa.
Quatro painéis acabam de ser instalados na Coreia do Sul, como um apelo à reunificação, e outros em Hollywood.
Tais como os das Nações Unidas, do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem em Estrasburgo (França), ou da Biblioteca Ronald Reagan em Simi Valley (Califórnia, EUA), eles querem ser um alerta e um símbolo de liberdade para as gerações futuras.
Uma próxima instalação, em Bratislava, deve comemorar o aniversário da Revolução de Veludo na Checoslováquia, em 16 de novembro.
Berlim - De Seul ao Vaticano , do arquipélago de Tonga até Los Angeles, pedaços do Muro de Berlim , geralmente pichados, estão espalhados por todo o mundo, como pedaços de um símbolo paradoxal de liberdade, 25 anos após a sua derrubada.
"O muro ainda estará de pé daqui a 50 ou 100 anos", havia declarado em janeiro de 1989 o líder da Alemanha Oriental, Erich Honecker.
Dez meses mais tarde, a República Democrática da Alemanha derrubava o "Muro de proteção antifascista" que aprisionou seus cidadãos desde 1961, e os "pica-paus" humanos começavam a sua obra de destruição a golpes de martelo e outros objetos.
Em 1990, a RDA agonizante organizava leilões para vender seus pedaços.
Em Berlim, "o anseio pela liberdade, a democracia e a unidade era tão forte que era preciso fazer desaparecer todos os vestígios que faziam lembrar esta terrível história", explica Anna Kaminsky, diretora de uma obra coletiva de fotografias sobre "O Muro de Berlim no Mundo".
Na verdade, foram necessários 15 anos para que o governo regional apresentasse um conceito global para proteger o que ainda poderia restar da construção, como um testemunho para as gerações futuras.
Por outro lado, centenas de pedaços de concreto, cada um pesando várias toneladas, encontraram um lar em países estrangeiros, onde "lembram a vitória sobre a divisão do mundo e da luta pela liberdade e democracia", acrescenta ela.
"Este é o paradoxo do Muro", comentou à AFP o pintor francês Thierry Noir, que com seus personagens preguiçosos e coloridos foi um dos primeiros artistas a ter pintado a construção em 1984. "Antes nós pintávamos para o fazer cair. Agora nós pintamos o muro para mantê-lo como um tributo à liberdade recém-descoberta na Europa. É muito estranho..."
"Não era uma obra de arte, era uma máquina de matar, que matou mais de 130 pessoas entre 1961 e 1989", lembra.
No entanto, Thierry participa de um projeto de arte que quer "dizer aos jovens, de uma maneira um pouco descontraída, que o muro representava algo realmente horrível."
Em um armazém a céu aberto ao longo do rio Spree, em Berlim, dezenas de pedaços do muro estão à espera de um pintor, amador ou profissional. É possível reservar uma peça on-line, através de uma empresa e, em seguida, pintá-lo, comprá-lo ou vendê-lo.
A empresa recebe um terço do preço de venda, no mínimo 500 euros. Se dentro de seis meses nada acontecer, o painel será disponibilizado para outro pintor.
"Somos totalmente livres para pintar o que quisermos, todo mundo tem sua própria história com o muro", explica à AFP o chefe da empresa, Elmer Prost. "Há também pessoas cuja vida afundou" em 9 de novembro de 1989, observa.
Quatro painéis acabam de ser instalados na Coreia do Sul, como um apelo à reunificação, e outros em Hollywood.
Tais como os das Nações Unidas, do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem em Estrasburgo (França), ou da Biblioteca Ronald Reagan em Simi Valley (Califórnia, EUA), eles querem ser um alerta e um símbolo de liberdade para as gerações futuras.
Uma próxima instalação, em Bratislava, deve comemorar o aniversário da Revolução de Veludo na Checoslováquia, em 16 de novembro.