Mulheres dizem que escritora falou sobre suposto estupro de Trump na época
E. Jean Carroll afirma que magnata a agrediu sexualmente em um provador de lojas na década de 1990; Trump respondeu acusação dizendo "ela não faz meu tipo"
Reuters
Publicado em 27 de junho de 2019 às 17h31.
Washington - Duas mulheres apoiaram, em uma entrevista publicada nesta quinta-feira (27), a acusação da escritora E. Jean Carroll de suposta agressão sexual do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , há mais de vinte anos, dizendo que a escritora havia contado da agressão na época em que ela teria ocorrido.
Falando ao jornal New York Times, as duas disseram que Carroll havia contado que Trump havia a subjugado em um provador da loja de departamentos Bergdorf Goodman, em Nova York, no final de 1995 ou início de 1996, e a penetrado a força em um encontro que havia durado sete minutos.
As mulheres, a autora Lisa Birnbach e a ex-âncora de televisão Carol Martin, disseram que deram conselhos opostos após o ataque a Carroll, uma conhecida colunista da revista Elle, sobre se ela deveria ou não denunciar a agressão. Trump nega a acusação, dizendo que o encontro nunca aconteceu.
Mais de uma dezena de mulheres já acusaram Trump, de 73 anos, de ter feito avanços sexuais não apropriados nos anos anteriores ao seu ingresso na política. Trump negou essas acusações e venceu as eleições de 2016 para a Casa Branca.
A acusação de Carroll foi publicada na última sexta-feira em um artigo em revista de Nova York adaptado de suas memórias. Ela não denunciou Trump, na época um bem-sucedido incorporador imobiliário, às autoridades nos anos 1990 por que temia uma desforra.
Ela escreveu que Trump a empurrou contra a parede e pressionou sua boca na dela antes de imobilizá-la pelo braço, empurrá-la contra uma parede e penetrá-la. Uma "luta colossal" aconteceu até que ela conseguisse escapar, escreveu Carroll, de 75 anos.
Representantes da Casa Branca não responderam imediatamente a um pedido de comentário sobre o depoimento das mulheres ao New York Times.